São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Universidades
O editorial "Educação inferior" (Opinião, ontem) aponta para os equívocos na atual discussão sobre a titulação dos docentes do ensino superior. Nos países que já atingiram um grau de difusão universitária maior, uma das principais estratégias consistiu em elevar a exigência para os professores. Qualquer recuo na política de estímulo à titulação dos docentes trará grandes prejuízos para o país e seu objetivo de diminuição das desigualdades e de desenvolvimento econômico e social.
PEDRO PAULO A. FUNARI, coordenador do Centro de Estudos Avançados da Unicamp (Campinas, SP)

 

Com respeito à última patetada de nosso Congresso, que deseja eliminar a titulação acadêmica como requisito para a carreira docente universitária, ao menos não podemos acusar os patrocinadores dessa asneira de serem inconsistentes.
Ao mesmo tempo em que as profissões regulamentadas (que exigem algum tipo de diploma) se multiplicam em ritmo desenfreado, as faculdades que emitem esses diplomas se veem cada vez menos obrigadas a garantir qualquer tipo de formação que agregue algum valor aos títulos. Há, hoje, uma aliança nefasta dos barões do ensino pago com os sindicatos, que criam e exploram as mais diversas categorias. É um loteamento das profissões, com o objetivo de cobrar dos trabalhadores pelo ingresso e pelo exercício nessas atividades.
RAUL ABRAMO, físico e professor-visitante na Universidade da Pensilvânia (Nova Jersey, EUA)

Contas de Kassab
Em relação à reportagem "Para TCM, gestão Kassab é mal gerenciada" (Cotidiano, 14/7), salientamos que os parâmetros de assistência à saúde no Brasil são fixados pela portaria nº 1.101/02, do Ministério da Saúde, e serve de base para todo o país.
Ela preconiza, por exemplo, de duas a três consultas médicas por habitante ao ano. Em 2010, só a rede municipal atingiu 2,35 consultas por habitante/ano, um crescimento de 34% em relação a 2004. No mesmo período, o Coeficiente de Mortalidade Infantil caiu de 14 para 11,55 (na zona sul, a variação foi de 15,3 para 11,14. Na zona norte, de 14,8 para 12,29).
A falta de médicos é um problema nacional. Mesmo assim, ampliamos o quadro de 8.606 para 13.607, realizando 26,5 milhões de consultas em 2010. A área de saúde exige melhoria contínua e, certamente, estamos hoje mais perto de uma saúde de qualidade do que estávamos em 2004.
MURILO PIZZOLOTTI, coordenador de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (São Paulo, SP)

Copa e Olimpíada
Se Dilma cancelou o financiamento do BNDES à fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour, então ela deveria, para o bem do dinheiro público e da moralidade, cancelar a Copa-2014 e a Olimpíada-2016 no Brasil. Esses dois eventos serão muito mais prejudiciais ao erário e à moralidade "deste país" do que a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour!
NEY JOSÉ PEREIRA (São Paulo, SP)

Capitalismo
Quem diria que eu viveria o bastante para ver um país comunista salvar a lavoura dos EUA e de muitos países europeus ao comprar, ano após ano, títulos de suas impagáveis dívidas?
Sem os US$ 3 trilhões aplicados pela República Popular da China nesses papéis de difícil recebimento, tenho a impressão de que o capitalismo, com suas bolhas de consumo, e os governos ocidentais, com suas farras de endividamento, teriam ido há tempos para o brejo da história.
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

Publicidade
Com referência à reportagem "Francesa Publicis compra agência DPZ" (Mercado, 12/7), devo informar, a fim de restabelecer a verdade dos fatos, que a personagem do mordomo Alfredo, que até hoje caracteriza a publicidade do papel higiênico Neve, foi criada na década de 1970 pela Salles/Interamericana de Publicidade (hoje parte do Grupo Publicis), da qual eu era diretor-executivo na época. O cliente, cujo atendimento era de minha responsabilidade, era a empresa norte-americana Scott Paper Company, recém-instalada no Brasil e então dirigida por John Supplee, que foi quem aprovou o primeiro comercial.
NEMÉRCIO NOGUEIRA (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA FELIPE VANINI BRUNING - O mordomo Alfredo aparece na relação de casos de sucesso da DPZ, e não como criação da agência.

Fumo
Em relação à reportagem "Servidora da União é acusada de espionar para a Souza Cruz" (Cotidiano, 14/7), que denuncia um suposto envolvimento da Souza Cruz em um caso de espionagem em reunião da OMS, o Sindifumo-SP, entidade representativa das indústrias do setor fumageiro de São Paulo, vem a público registrar que não concorda com nenhuma forma de desvio de conduta ou comportamento antiético, considerando esse um caso isolado e que não representa a conduta de tantas empresas que, sérias e comprometidas, participam da cadeia produtiva do fumo.
Espera-se que fatos como esse não estereotipem instituições engajadas há tempos no perfeito funcionamento das indústrias fumageiras, tão importantes para o nosso país.
SÉRGIO VILAS BÔAS, presidente do Sindifumo-SP (São Paulo, SP)

Trânsito inseguro
Lamento que Barbara Gancia tenha deixado uma importante lacuna no texto "Sempre os mesmos crimes e castigos" (Cotidiano, ontem): a razão pela qual a moça do Tucson ultrapassou o semáforo vermelho. Ela invadiu o sinal porque nossa situação de segurança é tão caótica que somos aconselhados por policiais e profissionais de trânsito a não respeitar sinais fechados após um determinado horário da noite. Dessa forma, evitamos assaltos, sequestros ou assassinatos. E achamos isso natural e óbvio, por mais doentio que pareça.
Essa política de nossas autoridades, de cada vez mais nos aconselhar a fazer algo errado em vez de nos proteger, mostra a situação que nós enfretamos. Isso não ocorre só no Itaim Bibi, mas em toda a Grande São Paulo.
CARLOS VILLARES (São Paulo, SP)

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