São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2004

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AEROPORTOS

Depois de 16 meses de reformas, será aberta em caráter experimental a nova área de embarque do aeroporto de Congonhas. A maior parte dos viajantes passará a ter acesso aos aviões por meio de oito pontes de embarque, como ocorre no aeroporto internacional de Guarulhos. A obra deverá representar um ganho de conforto e segurança para os usuários. Mas ela expressa também uma outra realidade: a impressionante expansão da quantidade de vôos e do fluxo de passageiros em Congonhas.
De uma pista na periferia, o aeroporto paulistano, com o passar do tempo, foi envolvido pela metrópole e tornou-se o mais movimentado da América do Sul, com 600 pousos e decolagens por dia. Porém, o que para o viajante é uma localização conveniente, constitui um transtorno para quem mora nas redondezas.
Nesse sentido, em que pese o ceticismo de alguns moradores, é de esperar que as autoridades aeroportuárias instalem os sistemas de redução de ruídos nas cabeceiras das pistas, como está em estudos. É o mínimo que se pode fazer em prol de quem vive nas cercanias de Congonhas.
É possível, certamente, fazer mais. Os horários de pouso e decolagem, por exemplo, nem sempre são respeitados, o que submete considerável área da cidade a um elevado nível de ruído em horas impróprias. E é preocupante a possibilidade do aumento do tráfego aéreo pressionar por normas ainda mais flexíveis.
É de lamentar também a inexistência de uma linha metro-ferroviária que una o aeroporto de Guarulhos ao centro da capital. O governo do Estado tem estudos nesse sentido que, caso saiam do papel, poderão reparar a situação. De fato, é um sinal de atraso que uma cidade com a importância de São Paulo, com sua população e conhecidas dificuldades de tráfego, não conte com um sistema eficiente e rápido de transporte que a ligue a seu aeroporto internacional.



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