São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Senado
"Na foto destaque da primeira página da Folha de sexta (14/8), o título da legenda, "Casa tomada", distorce a informação. Na realidade, os manifestantes não passavam de dez pessoas, cercadas por vários seguranças da Casa e jornalistas."
FRANCISCO MENDONÇA FILHO secretário de imprensa da presidência do Senado (Brasília, DF)

Brasil e Vaticano
"Segundo o sociólogo Luiz Antônio Cunha ["Tratado problemático e inconstitucional", "Tendências/ Debates", 15/8], um Estado laico não pode se envolver em problema religioso.
Contudo, ensina a sociologia que o psicológico, aquilo que envolve fenômenos religiosos, mentais e comportamentais, é uma das expressões do poder nacional, ou seja, área de interesse do Estado soberano, laico ou não, para assegurar o bem-estar comum. Ao Estado cabe realizar tratados com outros para permitir a existência de entes multinacionais que nele atuem. É isso a soberania do Estado.
Ao contrário do que afirma o artigo, o Vaticano não é uma instituição religiosa, é oficialmente um Estado monárquico que realiza concordatas no mundo todo para assegurar direitos a uma instituição religiosa e a seus membros, principalmente com Estados que se laicizaram, a fim de permitir a existência regular da Igreja Católica em tais países. O Estado laico permite a liberdade de culto, mas não é um Estado omisso quanto ao funcionamento regular de instituições religiosas no seu território."
PAULO MARCOS G. LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

 

"A respeito do acordo Brasil-Vaticano, parece que estamos vivendo um tempo semelhante ao de Henrique 8º, em que havia grande interferência de religiosos em assuntos de Estado e de estadistas em assuntos religiosos. Seria muito bom reler (ou ler) a biografia de Thomas Morus. Ele foi um mártir na luta pelo mútuo respeito entre as duas instituições."
GISELLE NEVES MOREIRA DE AGUIAR (Sorocaba, SP)

Igreja
"O leitor Samoel Lourenço Ferreira ("Painel do Leitor", 13/8) agride o leitor Edvanilson de Araújo Lima (12/8) e também ateus e agnósticos, que, segundo ele, deveriam se manter à distância para não serem tachados de preconceituosos e intolerantes.
Alega que as igrejas se mantêm com dízimos e ofertas, não recebendo dinheiro público. Mas será que ele desconhece que essas igrejas recebem dinheiro público na medida em que são isentas de impostos e que isso simplesmente engorda os cofres particulares de seus dirigentes? Portanto, podem e devem ser fiscalizadas pelo poder público."
RUI PITÁGORAS DE LIMA CASTRO (Belo Horizonte, MG)

 

"Com referência a diversas reportagens acerca do desvio de conduta da Igreja Universal, no tocante aos dízimos dos membros da Iurd, gostaria de informar a Folha e seus leitores que a doação de dízimos nas igrejas evangélicas em geral é espontânea e livre de qualquer fiscalização ou tributação pelo Fisco ou qualquer outro órgão de governo, ou seja, as igrejas podem aplicar e investir suas contribuições onde acharem melhor.
Com efeito, pregar o Evangelho através de rádio, TV, jornal e internet custa muito dinheiro, comprar e alugar imóveis para os cultos também custa muito, então dizer que existe desvio de conduta não é verdade, a Constituição do país assegura a inviolabilidade dos dízimos e contribuições das igrejas em geral, não só as evangélicas, o STF já emitiu súmula favorável à imunidade tributária e à isenção de impostos das igrejas.
Temos que tomar muito cuidado para não cometer o erro de crucificar a Iurd por causa da guerra entre emissoras de TV."
CLAUDIO GERIBELLO , presidente da Conferência Nacional das Igrejas Evangélicas do Brasil (São Paulo, SP)

Dilma x Lina
"Constava no currículo de Dilma Rousseff que é economista com doutorado em teoria econômica pela Unicamp. No entanto, desmentido da própria Unicamp indiretamente lhe confere o título de "doutorado em falsidade ideológica".
Qual é então sua credibilidade para contestar Lina Maria Vieira, ex-secretária da Receita Federal, que afirma ter havido um encontro reservado em dezembro passado, ocasião em que Dilma lhe teria solicitado o término de investigações de atos ilícitos da família Sarney?
É interessante notar que, após o encontro, Lina, funcionária de carreira da Receita Federal, foi demitida sob a falsa alegação de queda na arrecadação ocorrida em sua gestão. Esperamos que a verdade prevaleça."
ROBERTO TWIASCHOR (São Paulo)

Lei antifumo
"A lei contra o fumo, que tanta polêmica causa em São Paulo e, agora, no Rio de Janeiro, merece alguns reparos urgentes. Multar o comerciante porque um desavisado ou abusado acendeu um cigarro no seu estabelecimento é um verdadeiro absurdo, permitindo que o causador da multa saia impunemente com sua arma letal nas mãos.
É pacífico o entendimento de que o cigarro é um potencial causador de diversos males, não só para quem o coloca na boca e aspira sua maldita fumaça como também para o chamado fumante passivo, que sofre com a falta de consciência dos ativos. Uma boa medida seria dobrar -ou quintuplicar- o preço dos cigarros e destinar essa diferença para os hospitais públicos, que têm uma grande despesa para tratar as vítimas desse grande mal.
Proibir, sim, mas com critérios inteligentes."
FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)

Operação Parasitas
"Na qualidade de advogado da empresa Halex Istar, sinto-me no dever de complementar o teor da reportagem "Acusados de fraude na saúde "somem" de investigação", de autoria de André Caramante e Rogério Pagnan (Cotidiano, 14/8). Por um lapso, olvidaram os jornalistas de informar que a empresa sofreu minuciosa investigação pela Polícia Civil, no curso da qual não se encontrou um elemento capaz de implicar seus sócios ou executivos nos fatos tidos como criminosos. De igual forma, Receita Federal e Fazenda estadual, após apurada fiscalização na empresa Halex Istar, não lavraram sequer um auto de infração com relação à operação denominada Parasitas."
ADRIANO SALLES VANNI (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista André Caramante - Conforme o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro informou à Justiça, havia necessidade de novas investigações sobre a referida empresa, mas elas não ocorreram.

TV
"Com alarde, a TV Globo anunciou na semana inteira que, no programa "No Limite", os participantes serão instigados a comer olho de cabra. Justo na semana de 11 de agosto, dia de santa Clara, aclamada protetora da televisão. Caso a audiência não corresponda às expectativas, acredito que o diretor vai fazer tal como no filme "Saló ou 120 dias de Sodoma': servir fezes."
MARCELO MOTA BORGES PEREIRA (Santos, SP)

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