São Paulo, Segunda-feira, 16 de Agosto de 1999
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PAINEL DO LEITOR


Pobreza do imposto

"Erradicar a pobreza com imposto? Em vez de ser o imposto da pobreza, será a pobreza do imposto, pois os recursos arrecadados não chegarão aos necessitados. Exemplo desse tipo de desvio é a própria CPMF."
Osmar Martins Lemos (São Carlos,SP)

"Para acabar com a pobreza não há necessidade de criar mais impostos. Basta acabar com a corrupção e o desvio de verbas e empregar o dinheiro arrecadado no objetivo proposto."
Benedicto da Cruz Martins (São José do Rio Preto, SP)

Precatórios

"A defesa da desobediência ao pagamento dos precatórios por parte do presidente do Senado é uma atitude irresponsável e leviana."
Marcus Soares (Fortaleza, CE)

"Li o oportuno artigo do presidente da OAB-SP, Rubens Aprobato Machado, sobre a violência que se pretende praticar contra a ordem jurídica e institucional com o descumprimento das decisões judiciais (edição de 13/8).
O que volta a ser questionado é o propalado saneamento das finanças de São Paulo. Afinal, se São Paulo tem dívidas vencidas desde 1996, como o atual governo pode apregoar que "saneou as finanças" do Estado?"
José Renato Costa (São Paulo, SP)

"A política de não pagar é que faz com que os precatórios dêem a falsa impressão de inchaço, pois é fatal que precisem ser remunerados com juros pelos longos períodos de atraso.
Se em um ou outro caso houve "superavaliação", como se apregoa, basta que se faça a revisão, mas a esmagadora maioria das condenações nada tem de irregular."
Rosangela Ignácio Delphino (São Paulo, SP)

Reforma tributária

"Em nome de milhares de produtores rurais que representamos, queremos cumprimentar o jornal pela veiculação das questões que dizem respeito à reforma tributária.
Queremos registrar, também, o nosso especial interesse pela proposta do deputado Marcos Cintra, concebida para simplificar o processo de arrecadação. O posicionamento da Folha é contribuição excepcional para a modernização do país."
Nuri Andraus Gassani, presidente do Sindicato Rural do Distrito Federal (Brasília, DF)

Retrato da miséria

"É deprimente a foto publicada na Folha de 8/8, na primeira página, mostrando a população de São Vicente disputando o conteúdo de um caminhão de lixo. Não existe expressão mais explícita da miséria a que chegou o brasileiro.
Nesse mesmo caderno, a Folha publica um estudo de José Márcio Camargo, da PUC do Rio, mostrando que os pobres, que são a maioria do povo, recebem o menor quinhão das verbas sociais. Desigualdade semelhante existe na saúde.
É fácil concluir que, se quisermos diminuir a miséria e os índices de mortalidade, precisamos parar de usar 80% dos recursos de impostos no pagamento de juros da dívida, desenvolver o país por meio de projetos específicos para a indústria e para a agricultura, tornando-as competitivas, e aplicar mais e melhor na área social, principalmente na educação. Mas para isso é preciso ter coragem de desobedecer ao FMI."
José Aristodemo Pinotti, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP).

Crise de autoridade

"Preocupo-me com a total falta de autoridade e de poder de Fernando Henrique Cardoso. É visível que ele está sendo comandado por ACM."
Orlando Ferreira Lopes (Rio Claro, SP)

Remédios? Fim do mundo!

"Enquanto muita gente fica preocupada com besteiras como o tal "fim do mundo", a indústria farmacêutica multinacional continua a sugar o suado dinheiro dos brasileiros, impondo aumentos sucessivos aos preços dos medicamentos.
Não contentes com isso, vão conseguindo empurrar com a barriga a implantação plena da lei dos medicamentos genéricos."
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)

Filmes com simplicidade

"Sobre o artigo "Voto de castidade", de Otavio Frias Filho (edição de 12/8), pode até ser que o Dogma seja uma jogada de marketing. Mas não importa se os filmes são feitos numa sociedade pré ou pós-industrial, desenvolvida ou não, pois o que encanta neles é justamente a simplicidade e a qualidade dos roteiros.
A qualidade do cinema é que deve ser julgada, e não a situação da sociedade em que ele é produzido."
Valéria Camargo (São Paulo, SP)

Benefícios sem preconceito

"O Nordeste, principalmente o Estado da Bahia, é vítima de preconceito. A decisão da Ford de construir uma fábrica no Estado criou insuportável alvoroço na imprensa, principalmente na Folha.
Esses preconceituosos se esqueceram que, quando a Fiat construiu sua fábrica em Minas Gerais, foram concedidos benefícios superiores a esses que estão sendo concedidos para a Ford e, na ocasião, não houve tanta gritaria."
Antonio Ribeiro de Souza (São Paulo, SP)

Drogas e sexo

"Na edição do dia 9/8 da Folha, há pelo menos dois grandes ensinamentos aos jovens. Primeiramente, o Gabeira (notório defensor da descriminação da maconha) fazendo mil rodeios, citando diversos livros e autores, para deixar uma mensagem nas entrelinhas: a de que a droga não é tão má assim, e que o usuário é vitima de preconceito.
Depois, no "Folhateen", para um jovem que pretende transar com sua namoradinha virgem de 14 anos (repito, 14 anos), a sra. Rosely Sayão dá orientações de como fazê-lo. Isso é o que eu chamo de "mudernidade"."
Rogério Miranda de Souza (Belo Horizonte, MG)

Jovens e ONGs

"Venho congratular-me com o "Folhateen" pela excelente reportagem veiculada na edição de 26/7 a propósito das ONGs (organizações não-governamentais).
A participação do jovem nas atividades de uma ONG permite que ele possa trabalhar efetivamente para a construção do mundo e da sociedade que idealiza, transformando seus sonhos numa força concreta de aperfeiçoamento da nossa realidade.
A vida de ativista de ONG não é fácil, pois contribuir para a criação de um mundo melhor (na ONG ou fora dela) não é tarefa para corações e consciências cansadas e enfraquecidas."
Humberto Mafra (Brasília, DF)

Rodeios

"No Agrofolha de 10/8, apreciei a reportagem sobre a Festa do Peão de Barretos. Mas vem chamando a minha atenção a guerra descabida da União Protetora dos Animais contra os rodeios. Agora, a sra. Vanice Teixeira Orlandi, diretora dessa entidade, saiu até com ironia, dizendo: "Essa história de que sedém não provoca dor é uma afronta à inteligência".
Chegaram a dizer que o sedém maltratava os testículos dos animais, o que é completamente descabido, pois ele é passado somente na virilha e não é mais do que uma corda da grossura de uma caneta. Só instiga os animais a pular: faz cócegas."
Francisco Jacintho da Silveira (Presidente Prudente, SP)



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