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Ingresso de volta
"Assim como Clóvis Rossi ("Devolvam meu ingresso", Opinião,
pág. A2, 15/11), também quero de
volta o meu ingresso do "espetáculo
do crescimento", que não houve.
Além de tudo, ficou muito cara a
compra desse ingresso."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
À luz do dia
"Fernando Rodrigues foi perfeito
em sua coluna de ontem ("Os juízes
e os patrocínios", Opinião, pág. A2).
É desse tipo de jornalismo que o
Brasil precisa.
O jornalista levanta uma discussão que deveria avultar neste momento histórico que vive o país, em
que o tema corrupção ganha destaque somente quando casos dessa
natureza envolvem disputas político-eleitorais.
O caso dos juízes que recebem
benesses daqueles que depois irão
julgar expõe, sob luz de holofote, a
verdadeira natureza da corrupção.
Para que alguém se corrompa é necessário que haja um corruptor -o
qual, nos raros casos de corrupção
desnudados, acaba sempre se safando.
E comprar a "boa vontade" dos
detentores de cargos públicos muitas vezes pode ser feito no limite da
lei. Como diz Fernando Rodrigues,
"à luz do dia"."
EDUARDO GUIMARÃES (São Paulo, SP)
Controladores de vôo
"Uma das especificidades da carreira militar é que militar não cumpre expediente, e sim rotina diária,
que pode ser normal ou especial, o
que é determinado pela autoridade
competente, sendo que, na rotina
especial, fica aquartelado enquanto
for necessário para solucionar um
problema -como acontece agora
nos aeroportos.
Assim, não é verdade que a Aeronáutica "confinou os controladores". Eles estão apenas em rotina especial, cumprindo o dever patriótico, de militar, de resolver um problema que o governo criou e para o
qual eles são a solução momentânea, tal como na guerra, para a qual
são adestrados."
PAULO MARCOS G. LUSTOZA , capitão-de-mar-e-guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)
Ensino religioso
"O artigo de Roseli Fischmann de
14/11 ("Ameaça ao Estado laico", Cotidiano) nos alerta para o que está
sendo tramado nos bastidores do
governo: a possibilidade do retorno
da obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas públicas e um
acordo apressado entre o Brasil e o
Vaticano, que estaria relacionado
com a vinda do papa ao país.
Uma religião, seja ela qual for,
não pertence ao campo do conhecimento. Está relacionada à esfera da
crença, do foro íntimo, por isso
mesmo deve permanecer restrita
aos lares, às igrejas."
ANETE ARAÚJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)
TSE
"Será que o TSE precisa mesmo
de uma sede no DF -ao custo de R$
340 milhões ("TCU contesta contrato de licitação para sede do TSE",
Brasil, 15/11)? Que faz a Justiça
Eleitoral no período de entressafra
a justificar tão elevado investimento?
A Justiça Eleitoral granjeou respeito por sua isenção e comprovada
eficiência. Está na hora de também
contribuir para a austeridade dos
gastos públicos."
NADIR PEREIRA, advogado e jornalista
(Rio de Janeiro, RJ)
Aposentados
"Nossos políticos continuam não
respeitando os idosos aposentados
nem a Constituição, que garante a
preservação do valor do beneficio.
Artimanhas são preparadas pelos
governos de plantão com o intuito
único e visível de defasar os seus
rendimentos.
Como se não bastasse a invenção
do salário mínimo de referência pelo ex-presidente José Sarney, agora
cogita-se, neste governo, a desvinculação total do beneficio ao salário
mínimo.
Se o governo quiser uma idéia genial para a solução justa e eterna do
salário mínimo e para a correção
dos benefícios dos aposentados, aí
vai: apresente e aprove uma lei estipulando o salário mínimo como
sendo x% do salário do presidente."
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)
Ambiente
"Apesar de tudo o que tem acontecido, parece que a imprensa brasileira, de modo geral, ainda não se
tocou da gravidade do problema
que é o desmatamento neste país.
Será que é falta de consciência
dos meios de comunicação ou indiferença? Ou a preocupação é só com
notícias bombásticas, como guerra,
acidentes, violência, política etc.?
Existe maior violência do que
destruir o nosso próprio berço?
Acho que a imprensa, que tem um
papel educativo, deveria gastar um
pouco mais de tempo com a questão
ambiental. As notícias precisam ser
comentadas, avaliadas; o povo precisa aprender sobre as atitudes inconseqüentes, precisa tomar posição. A imprensa deve contribuir para formar opiniões a favor do ambiente. O que se vê nesse sentido é
muito pouco. São pequenas notícias, pouca denúncia. É uma pena.
O país sofre, o mundo sofre e as
pessoas continuam sambando e
vendo novela."
PAULO ROBERTO FLORIANI (Tijucas, SC)
Ponte na Venezuela
"Diferentemente do que informou a coluna assinada pela jornalista Eliane Cantanhêde em 14/11
("Papai Noel que se cuide", Opinião,
pág. A2), a obra da segunda ponte
sobre o rio Orinoco, na Venezuela,
não contou com financiamento do
BNDES à Odebrecht.
O referido empreendimento, no
valor total de US$ 1,185 bilhão, teve
a maior parte dos recursos necessários à sua construção obtida pelo
próprio governo venezuelano -de
fontes internas e externas. Apenas
uma parte mínima, cerca de 10%
desse valor, foi garantida por um
organismo de crédito brasileiro ao
governo da Venezuela, no caso o
Banco do Brasil, conforme contrato
assinado em 2000.
Além da ponte, construída em região sujeita a abalos sísmicos, o empreendimento conta com cerca de
180 quilômetros de rodovias e com
outras pequenas pontes, viadutos e
alças de acesso, obras essas que estão incluídas no valor total do projeto."
MARCO ANTÔNIO ANTUNES , gerente de
comunicação social da construtora Norberto
Odebrecht (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".
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