São Paulo, sexta-feira, 16 de novembro de 2007 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JOSÉ SARNEY A questão de Essequibo
"PARA QUE A Venezuela está se armando?". Esta é
pergunta que está na cabeça de cada um de nós e constitui
um enigma que ninguém responde
nem entende. Rio Branco, com sua
extraordinária visão de estadista,
tomou como principal tarefa do
seu ministério resolver todos os
problemas de fronteiras do Brasil
dentro de soluções pacíficas, a
maioria delas por meio do mecanismo de arbitragem internacional. Foi o caso da Guiana, naquele
tempo Guiana Inglesa. Defendíamos a tese de que nossas fronteiras
iam até a foz do Orinoco. Foi Joaquim Nabuco o nosso advogado. O
árbitro escolhido foi a Itália, e seu
rei, Vitor Emanuel 3º, decidiu fazer
uma divisão que não fora pedida
entre o Brasil e a Inglaterra. Aceitamos o laudo arbitral. Perdemos
território. A Venezuela, que disputava com a Inglaterra a região a
oeste do rio Essequibo, não aceitou
um outro laudo arbitral de Paris,
em 1899, e considera a área como
uma "zona en reclamación" e nela
não permite que nada seja feito.
jose-sarney@uol.com.br JOSÉ SARNEY escreve às sextas-feiras nesta coluna. Texto Anterior: Rio de Janeiro - Nelson Motta: Letras, números e dígitos Próximo Texto: Frases Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |