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Briga na escola
"Parabéns a Barbara Gancia pelo
artigo "Escola do crime" (Cotidiano, 14/11), mas a chamada deveria
ser: "É melhor decretar a falência da
responsabilidade dos pais sobre seu
filhos". Meu Deus, o que está acontecendo com o núcleo de nossa sociedade, que é a família? Onde está a
educação, os valores que os pais têm
a obrigação de passar para os seus
filhos? Os pais não podem continuar a se omitir na educação de
seus filhos e esperar que o Estado
resolva todos os problemas."
ADRIANA PECCININI (Piracicaba, SP)
"Nada justifica o ato de vandalismo
cometido pelos "alunos" da escola
estadual em São Paulo. O sr. Mauro
Alves da Silva (Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública)
deveria fazer uma estágio em algumas escolas públicas. Analisar sem
estar presente e vivenciar é divagar.
O sr. procura justificar a violência
por meio das aulas vagas, então poderíamos justificar o roubo, furto
outros delitos devido à pobreza. Parabenizar a Folha porque ouviu os
alunos é de uma inocência fora do
comum, é claro que nenhum deles
vai se declarar culpado. E a versão
dos educadores? Graças a uma visão distorcida como a sua é que cada vez mais adolescentes acreditam
viver em uma sociedade somente
com direitos e nenhum dever."
ANTÔNIO CARLOS FRANCISCO DE OLIVEIRA , professor (Taboão da Serra, SP)
EUA
"Luiz Carlos Bresser-Pereira, em
"Os três desafios de Obama" ("Tendências/Debates", 12/11), lista uma
série de afirmações que fariam inveja ao Conselheiro Acácio. E, logo
de início, profetiza que não se deve
incorrer em engano: "É pouco provável que Obama venha a ser um
bom líder para o mundo". Em seu
artigo não há elementos suficientes
que permitam inferir esse vaticínio
e nem esclarece o que vem a ser "um
bom líder para o mundo". Para milhões de jovens desesperançados
em todo o mundo, mesmo antes da
posse, Obama já é "um bom líder",
como modelo a ser seguido."
HELIO SANTOS (Salvador, BA)
Greve da polícia
"Os direitos do cidadão são ameaçados não por greves pontuais, mas
antes por um Estado que condena
os serviços públicos ao mais completo abandono. Por isso, não podemos abrir mão de mecanismos pelos quais a sociedade, representada
pelos servidores públicos, pode
pressionar um Estado omisso. O direito à greve é, portanto, antes uma
garantia do que uma ameaça à prestação de serviços públicos de qualidade."
DARIO RIBEIRO (São Paulo, SP)
"O direito de greve, que o constituinte de 1988 estendeu ao servidor
público de forma ampla, no meu entender deve ser visto com ressalvas.
O servidor público tem a denominada estabilidade, ou seja, após três
anos de serviço somente pode ser
despedido por burocrático processo administrativo, bem kafkiano.
Na prática, somente quem comete
peculato e outros crimes é mandado embora, entretanto a ineficiência, o mau-caratismo, por exemplo,
como não são crimes nem contravenções, não são motivos para
mandar servidor público para o
olho da rua.
A estabilidade, prerrogativa única do servidor público, não a tem o
empregado da esfera privada. Assim, essa prerrogativa da estabilidade funcional deveria afastar quaisquer greves, e as greves abusivas deveriam ser penalizadas.
A greve do servidor público, ainda
a ser devidamente regulamentada
por lei, e não da forma que o foi, pode ser ligada à sua estabilidade no
emprego, privilégio que diminui
significativamente seu suposto "direito à greve"."
WANDER CORTEZZI (São José do Rio Preto, SP)
Feriado
"No dia 15 de novembro (não sabemos por que ser feriado), comemoramos a "Proclamação da República". Comemorar o quê? O aniversário de um golpe de Estado perpetrado por militares alagoanos? Que
benefício nos trouxe a República?
Falamos em democracia, mas vivemos numa pseudodemocracia hoje
e passamos por duas ditaduras que
deixaram o Brasil quase no fim da
fila, dado o atraso em que vivemos
naqueles tempos.
Por falar em feriado, nós temos
mais dois dias da "Pátria", o 21 de
Abril e o Sete de Setembro. Não é
um exagero? Melhor seria instruir a
população e ensinar a ela a verdadeira história do Brasil, com todas
as suas mazelas, toda a sua podridão, do que comemorar com feriados datas que a população em sua
grande parte desconhece."
CARLOS EDUARDO DE BARROS RODRIGUES (São
Paulo, SP)
Diesel
"Com relação à resposta ("O
Acordo Possível", "Tendências/Debates", 14/11) da procuradora Ana
Cristina Bandeira Lins ao meu artigo "Sentença de Morte" ("Tendências/Debates", 13/11), faço as seguintes indagações:
1) Numa reunião no Ministério
do Meio Ambiente no dia 26/8 na
qual estive presente, a procuradora
declarou publicamente e enfaticamente que a partir de janeiro de
2009 todo o diesel comercializado
no Brasil deveria conter no máximo
50 ppm de enxofre, conforme resolução 315 do Conama. O que a fez
mudar de opinião tão rapidamente?
2) Fui à reunião no Ministério
Público no dia 7/10 de "penetra",
convidado por um dos participantes do encontro, e solicitei à procuradora Ana Cristina que evitasse essa situação incômoda e convidasse
oficialmente para as próximas reuniões entidades da sociedade civil
empenhadas no caso do diesel, já
que o assunto e a discussão não deveriam contemplar apenas os interesses da Petrobras e da indústria
automobilística. Por que nosso pedido não foi atendido e nunca fomos convidados a nenhuma das
reuniões?
3) Por que, no acordo patrocinado pela procuradora, que resultou
na prorrogação por vários anos da
entrada de diesel menos letal no
Brasil, não constou nenhuma compensação por parte da Petrobras e
da indústria automobilística ao SUS
pelos enormes gastos (US$ 400 milhões por ano só em São Paulo) que
terá com doenças respiratórias e
mortes (10 mil por ano), que poderiam ser evitadas caso a resolução
do Conama fosse cumprida?
4) Já que a procuradora demonstra tanto conhecimento do caso, já
que foi tão rápida no acerto que
contemplou as demandas da Petrobras e da indústria automobilística,
por que não revela imediatamente,
e não até o final de 2010 (conforme
suas declarações), quem são os responsáveis que impossibilitaram o
cumprimento da resolução do Conama para que possam responder
administrativa e criminalmente?
ODED GRAJEW , Movimento Nossa São Paulo (São
Paulo, SP)
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