São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Briga na escola
"Parabéns a Barbara Gancia pelo artigo "Escola do crime" (Cotidiano, 14/11), mas a chamada deveria ser: "É melhor decretar a falência da responsabilidade dos pais sobre seu filhos". Meu Deus, o que está acontecendo com o núcleo de nossa sociedade, que é a família? Onde está a educação, os valores que os pais têm a obrigação de passar para os seus filhos? Os pais não podem continuar a se omitir na educação de seus filhos e esperar que o Estado resolva todos os problemas."
ADRIANA PECCININI (Piracicaba, SP)

 

"Nada justifica o ato de vandalismo cometido pelos "alunos" da escola estadual em São Paulo. O sr. Mauro Alves da Silva (Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública) deveria fazer uma estágio em algumas escolas públicas. Analisar sem estar presente e vivenciar é divagar.
O sr. procura justificar a violência por meio das aulas vagas, então poderíamos justificar o roubo, furto outros delitos devido à pobreza. Parabenizar a Folha porque ouviu os alunos é de uma inocência fora do comum, é claro que nenhum deles vai se declarar culpado. E a versão dos educadores? Graças a uma visão distorcida como a sua é que cada vez mais adolescentes acreditam viver em uma sociedade somente com direitos e nenhum dever."
ANTÔNIO CARLOS FRANCISCO DE OLIVEIRA , professor (Taboão da Serra, SP)

EUA
"Luiz Carlos Bresser-Pereira, em "Os três desafios de Obama" ("Tendências/Debates", 12/11), lista uma série de afirmações que fariam inveja ao Conselheiro Acácio. E, logo de início, profetiza que não se deve incorrer em engano: "É pouco provável que Obama venha a ser um bom líder para o mundo". Em seu artigo não há elementos suficientes que permitam inferir esse vaticínio e nem esclarece o que vem a ser "um bom líder para o mundo". Para milhões de jovens desesperançados em todo o mundo, mesmo antes da posse, Obama já é "um bom líder", como modelo a ser seguido."
HELIO SANTOS (Salvador, BA)

Greve da polícia
"Os direitos do cidadão são ameaçados não por greves pontuais, mas antes por um Estado que condena os serviços públicos ao mais completo abandono. Por isso, não podemos abrir mão de mecanismos pelos quais a sociedade, representada pelos servidores públicos, pode pressionar um Estado omisso. O direito à greve é, portanto, antes uma garantia do que uma ameaça à prestação de serviços públicos de qualidade."
DARIO RIBEIRO (São Paulo, SP)

 

"O direito de greve, que o constituinte de 1988 estendeu ao servidor público de forma ampla, no meu entender deve ser visto com ressalvas.
O servidor público tem a denominada estabilidade, ou seja, após três anos de serviço somente pode ser despedido por burocrático processo administrativo, bem kafkiano. Na prática, somente quem comete peculato e outros crimes é mandado embora, entretanto a ineficiência, o mau-caratismo, por exemplo, como não são crimes nem contravenções, não são motivos para mandar servidor público para o olho da rua.
A estabilidade, prerrogativa única do servidor público, não a tem o empregado da esfera privada. Assim, essa prerrogativa da estabilidade funcional deveria afastar quaisquer greves, e as greves abusivas deveriam ser penalizadas.
A greve do servidor público, ainda a ser devidamente regulamentada por lei, e não da forma que o foi, pode ser ligada à sua estabilidade no emprego, privilégio que diminui significativamente seu suposto "direito à greve"."
WANDER CORTEZZI (São José do Rio Preto, SP)

Feriado
"No dia 15 de novembro (não sabemos por que ser feriado), comemoramos a "Proclamação da República". Comemorar o quê? O aniversário de um golpe de Estado perpetrado por militares alagoanos? Que benefício nos trouxe a República?
Falamos em democracia, mas vivemos numa pseudodemocracia hoje e passamos por duas ditaduras que deixaram o Brasil quase no fim da fila, dado o atraso em que vivemos naqueles tempos.
Por falar em feriado, nós temos mais dois dias da "Pátria", o 21 de Abril e o Sete de Setembro. Não é um exagero? Melhor seria instruir a população e ensinar a ela a verdadeira história do Brasil, com todas as suas mazelas, toda a sua podridão, do que comemorar com feriados datas que a população em sua grande parte desconhece."
CARLOS EDUARDO DE BARROS RODRIGUES (São Paulo, SP)

Diesel
"Com relação à resposta ("O Acordo Possível", "Tendências/Debates", 14/11) da procuradora Ana Cristina Bandeira Lins ao meu artigo "Sentença de Morte" ("Tendências/Debates", 13/11), faço as seguintes indagações:
1) Numa reunião no Ministério do Meio Ambiente no dia 26/8 na qual estive presente, a procuradora declarou publicamente e enfaticamente que a partir de janeiro de 2009 todo o diesel comercializado no Brasil deveria conter no máximo 50 ppm de enxofre, conforme resolução 315 do Conama. O que a fez mudar de opinião tão rapidamente?
2) Fui à reunião no Ministério Público no dia 7/10 de "penetra", convidado por um dos participantes do encontro, e solicitei à procuradora Ana Cristina que evitasse essa situação incômoda e convidasse oficialmente para as próximas reuniões entidades da sociedade civil empenhadas no caso do diesel, já que o assunto e a discussão não deveriam contemplar apenas os interesses da Petrobras e da indústria automobilística. Por que nosso pedido não foi atendido e nunca fomos convidados a nenhuma das reuniões?
3) Por que, no acordo patrocinado pela procuradora, que resultou na prorrogação por vários anos da entrada de diesel menos letal no Brasil, não constou nenhuma compensação por parte da Petrobras e da indústria automobilística ao SUS pelos enormes gastos (US$ 400 milhões por ano só em São Paulo) que terá com doenças respiratórias e mortes (10 mil por ano), que poderiam ser evitadas caso a resolução do Conama fosse cumprida?
4) Já que a procuradora demonstra tanto conhecimento do caso, já que foi tão rápida no acerto que contemplou as demandas da Petrobras e da indústria automobilística, por que não revela imediatamente, e não até o final de 2010 (conforme suas declarações), quem são os responsáveis que impossibilitaram o cumprimento da resolução do Conama para que possam responder administrativa e criminalmente?
ODED GRAJEW , Movimento Nossa São Paulo (São Paulo, SP)

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