São Paulo, domingo, 16 de dezembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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CPMF
"Rejeitada a proposta de prorrogação da CPMF pela oposição, sintonizada com os interesses da Fiesp e com a amargura de FHC, fica clara a necessidade de cortes no Orçamento da União.
O editorial "Depois da queda" (Opinião, 14/12) trata dessa realidade inescapável.
Os editorialistas poderiam sugerir, por exemplo, o corte nos gastos com rolagem da dívida, reduzindo-se a taxa de juros mais alta do planeta. Mas qual o quê! Também sintonizados com o patamar superior da sociedade, conhecida como "elite", preferiram encontrar um caminho mais "racional': seria necessária a suspensão de gastos novos previstos para 2008, "tais como aumentos reais para servidores e salário mínimo". Brilhante! É claro que alguém tem que pagar a conta. Os mais pobres já perderam os recursos que iriam para a saúde e para o Bolsa Família, e agora, por conta da sugestão da Folha, ficam sujeitos também a perder parte de seus parcos rendimentos com o salário mínimo. Afinal, o ganho da Fiesp e dos rentistas é sagrado!
A decisão do Senado na quinta e o editorial da Folha na sexta são o retrato acabado de uma elite egoísta e insensível para as necessidades dos mais vulneráveis. O Brasil não merece vocês!"
JORGE LUÍS BREDER (Campinas, SP)

Nota da Redação - A Folha, diferentemente do que pregava a Fiesp, defendeu a prorrogação da CPMF, associada à queda paulatina da carga tributária. Extinto o tributo, sugeriu cortes emergenciais em rubricas que já tiveram crescimento expressivo nos últimos anos.

Garibaldi
"Abrir e fechar uma empresa no Brasil é uma tortura, mas o nome de um senador sai de uma empresa (uma rádio, claro!) num piscar de olhos ("Garibaldi declarou ser sócio de rádio", Brasil, 5/12).
O benefício será estendido a todos ou só ao digníssimo senador?"
AROLDO MIRANDA (São Paulo, SP)

Celular
"Ainda não há consenso entre especialistas sobre os (possíveis) prejuízos à saúde do homem causados pelo uso prolongado de telefones celulares. Entretanto, já se sabe quão prejudicial pode ser o despejo indiscriminado de pilhas e baterias no ambiente. Conversas ao celular às vezes são irritantes; atender o telefone em certas ocasiões (no cinema, no teatro, em reuniões) pode ser sinal de má educação, mas falta de educação mesmo demonstrou João Pereira Coutinho (Ilustrada, 12/12, E2) ao jogar seu aparelho no rio Tejo. Tomara que paulistanos não sigam o exemplo e sujem ainda mais o já poluído Tietê."
WILLIAM MAIA (São Paulo, SP)

Desocupação
"A foto escancarada na Primeira Página de 12/12 é o retrato perverso de um país amaldiçoado pela desigualdade social. Pai, mãe e filha -uma família, base da sociedade, segundo a Constituição- açoitada pelas bombas de "efeito moral" do braço armado do Estado que, ao contrário, deveria ampará-los. Mas o que temos é tão-somente um Judiciário cego que os vê como infratores, um Executivo incompetente, que os trata como escória, e um Legislativo apodrecido pela corrupção, que os tem como eleitores."
HUGO FREDERICO VIEIRA NEVES (Florianópolis, SC)

Irã
"Na última segunda-feira, a Folha publicou uma entrevista com John Bolton ["Mudança de regime e ataque militar são as opções para o Irã", Brasil, 10/12], até há pouco tempo representante do governo Bush na ONU. A entrevista é fascinante, quase hipnótica! O homem defende a invasão militar do Irã!
O mais surpreendente, creio eu, foi a total ausência de repercussão em outros órgãos da chamada "grande imprensa". Imaginemos, por pura hipótese, que um ex-chanceler, digamos, de Cuba ou da Venezuela, desse uma entrevista defendendo a imediata invasão, digamos, do Uruguai ou da Bolívia."
NIVALDO SANCHES (São Paulo, SP)

São Francisco
"O texto de dom Luiz Flávio Cappio ("Jejuo também por democracia real", "Tendências/Debates", 12/12) expõe novamente uma triste e previsível verdade: há mentira e jogos de interesse nas obras da transposição do São Francisco. Mas, infelizmente, o pior dos problemas não é esse. Quando alguém toma uma atitude de protesto, o governo, que tantas vítimas já fez com cada real desviado, dessa vez faz dele mesmo a vítima. Ainda aposta na ingenuidade do povo e tenta iludi-lo com devaneios sobre democracia."
DANIEL MAURÍCIO M. DE PAULA (Santos, SP)

Berlim oriental
"Arquitetos, ambientalistas e mercadólogos poderão rebater.
Mas vejo que São Paulo transformou-se numa Berlim Oriental.
Com a Lei Cidade Limpa, sumiram as luzes, as cores, os "outdoors" que davam vida à cidade. Sabe-se lá por quais questões de mercado só são vistos carros de cor preta, cinza (prata) e branca (os táxis) circulando nas ruas.
Agora, descolorida, amorfa, preta e prata (cinza), vejo-me vivendo em uma cidade que, além de feia, tornou-se profundamente triste."
RUBEM PRADO HOFFMANN JR., promotor de Justiça (São Paulo, SP)

TV e escola
"Sobre a nota "Quadro-negro" (coluna Mônica Bergamo, E2, 13/12), acho justa a campanha para que os alunos cobrem dos professores melhor qualidade de ensino; de minha parte, pedirei aos meus alunos que dediquem um pouco mais de tempo aos estudos. Deixando, por exemplo, de assistir à MTV."
ITALO MAMMINI FILHO, professor (São Paulo, SP)

Fortunas
"O texto do procurador Almir Sanches sobre o IGF é contundente. Apenas mostra mais uma faceta da loucura tributária reinante, em que se confunde renda com salário e provisório com permanente."
DENIS SCHAEFER (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Carlos Vogt, secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Campinas, SP); Alaíde e Orestes Quércia (São Paulo, SP); Antunes Filho e grupo de teatro Macunaíma (São Paulo, SP); Peter Athanasiadis, cônsul comercial da Áustria em São Paulo (São Paulo, SP); Elisa V. Lenz Cesar, sócia-proprietária do Hotel Toriba (Campos do Jordão, SP); Maria Apparecida Tricta Sallum Neme e Paulo Dias Neme (São Paulo, SP); FSB Comunicações (Rio de Janeiro, RJ); United Colors of Benetton (São Paulo, SP); Wyeth (São Paulo, SP).

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