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PAINEL DO LEITOR
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Povo brasileiro
"Parabenizo o doutor Cláudio
Guimarães dos Santos pela excelência de suas observações sobre o
caráter do povo brasileiro, sua passividade, sua pseudocordialidade,
seu complexo de inferioridade, sua
baixa autoestima etc. ("Todos cantam a sua terra...", "Tendências/Debates", ontem).
A consequência disso é a espantosa corrupção, que começa nas altas
esferas políticas e se espalha como
"doença contagiosa" por outras esferas, impedindo que o país seja mais
justo com seus filhos."
IVETE B. DOLAN (São Paulo, SP)
"Em seu artigo de ontem, o doutor Cláudio Guimarães dos Santos
afirma que a característica do povo
brasileiro é a sua imensa passividade, à qual se alia um péssimo conceito de si mesmo.
Entretanto a quebradeira de instalações do Congresso e de multinacionais, os facões mostrados contra a implementação de hidrelétricas, os embates com desmatadores
nos seringais, os antigos refúgios
negros à opressão dos brancos e a
renúncia de um reitor quando descobriram o seu "castelo" mostram
que o povo brasileiro não é assim
tão passivo.
Tomemos exemplos
mais recentes: auditórios lotados
no Congresso e no STF sempre que
se debatem temas polarizados, como cotas nas universidades, aborto
e direitos territoriais indígenas."
ANDRÉ FÁBIO MEDEIROS MONTEIRO (Brasília, DF)
Estágios
"A nova lei federal dos estágios
criou sérios problemas para os próprios estagiários. Os resultados não
corresponderam ao que era esperado e aconteceu uma grande queda
na colocação dos alunos, que pode
chegar a 40%.
Os estágios fazem parte da formação profissional do aluno e proporcionam um importante passo
para o primeiro emprego. O sistema
foi criado há mais de 50 anos, com
sucesso absoluto, e já beneficiou
milhares de alunos, inclusive ajudando-os financeiramente a concluírem seus estudos.
A lei deveria criar estímulos para
aumentar cada vez mais o número
de estágios, e não o contrário, como
está acontecendo."
CLÁUDIO FROES PEÑA (Porto Alegre, RS)
Bancos
"Na Folha de ontem, página B3,
mais uma vez o Banco Central, o
Ministério da Fazenda e o seu ministro, Guido Mantega, saíram em
favor dos bancos, pedindo a suspensão do pagamento das poupanças dos cinco planos econômicos
(Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e
Collor 2), prejudicando milhões de
poupadores com direito a receber
suas míseras poupanças.
O BC quer
proteger a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
No mesmo dia, na página B8 (Dinheiro), vê-se o lucro do Santander
-enquanto ministros, deputados e
senadores lesam o povo brasileiro,
como vemos todos os dias na imprensa."
OSVALDO ROSA SOARES (Fernandópolis, SP)
Hospitais psiquiátricos
"Ferreira Gullar já abraçou causas mais nobres que a defesa do lucro de hospitais privados e da indústria farmacêutica ("Uma lei errada", Ilustrada, 12/4).
A lei que acabou com "matadouros", como os de Barbacena (MG)
ou do Juquery (SP), instituindo um
tratamento humanizado para os
doentes mentais em substituição à
segregação, desagradou apenas as
grandes empresas que lucram com
as doenças.
É triste ver um poeta usar sua
sensibilidade para louvar as virtudes de um remédio (Haldol) ou as
instalações "cinco estrelas" de clínicas psiquiátricas.
Não por acaso, seu artigo recebeu
apoio entusiasmado dos lobbies interessados em restaurar a situação
anterior à reforma que instituiu o
tratamento ambulatorial e reservou a internação aos casos mais
graves, durante crises agudas.
Solidários com a angústia e a dor
de quem tem filhos esquizofrênicos, só podemos dizer, com suas
próprias palavras, "que a vida vale a
pena, mesmo que o pão seja caro e a
liberdade pequena".
A liberdade de quem tem sofrimento mental é pequena. A nós, sobretudo aos poetas, cabe aumentá-la, com amor e tolerância."
MARIA ERMÍNIA CILIBERTI, vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia (São Paulo, SP)
Corinthians
"A nota do "Painel FC" a respeito
de novos depoimentos no processo
Corinthians/MSI (Esporte, ontem) tem alguns equívocos. O primeiro é o título ("Procura-se'), que
sugere dificuldades para encontrar
Kia Joorabchian, que tem endereço
certo e sabido e consta do processo,
tem advogado estabelecido no Brasil, a quem foram outorgadas todas
as procurações necessárias, tem assessoria de imprensa conhecida,
que não foi procurada, e tem reiterado que, quando chegar a hora de
ser ouvido, estará à disposição.
O segundo é referir-se a "novos depoimentos". Até agora, Joorabchian
não foi ouvido nenhuma vez."
CARLOS BRICKMANN, assessoria de imprensa de
Kia Joorabchian (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia a
seção "Erramos".
Doações
"Ao dizer que fui "flagrado com
doações de campanha suspeitas", o
senhor Alex Fabiano Nogueira
("Painel do Leitor", ontem) me ofende, pois deve conhecer o significado
de "flagrar" -"apanhar em flagrante,
surpreender".
Como posso ter sido
surpreendido se fui eu que informei
a doação à Justiça eleitoral? O leitor
diz também que sou conhecido por
"lutar contra a cidadania de homossexuais". É uma acusação grave, pois
quer me fazer passar por homofóbico, o que não sou. Ser a favor dos valores cristãos não significa ter fobia
por outro ser humano.
O senhor Nogueira revela sua dúvida sobre como educar seus alunos
para a cidadania. Uma sugestão é
que ele comece por tentar falar apenas a verdade."
CARLOS APOLINARIO, vereador, líder do Democratas na Câmara Municipal (São Paulo, SP)
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