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CPI da Petrobras
"Eu achava que o senador Cristovam Buarque era uma espécie de
sonhador quando pregava que a
educação é o caminho para o desenvolvimento de um país. Depois de
algum tempo, percebi que ele tinha
razão, que a educação traria desenvolvimento intelectual, ético etc.
Ao saber que ele retirou sua assinatura para a abertura da CPI da
Petrobras ("Governo perde, e oposição cria CPI sobre a Petrobras",
Brasil, ontem), a qual Lula e seus
aliados estão defendendo com
unhas e dentes para que não ocorra,
chego à conclusão de que não sobra
ninguém no Congresso interessado
em defender o povo brasileiro."
LUIS FERNANDO P. SANTOS (São Paulo, SP)
"Sinceramente, não sei por que o
governo está fazendo tanta polêmica contrária à criação da CPI da
Petrobras. Será que não basta o
exemplo de tantas CPIs anteriores
e que acabaram em pizza? Por que
esta deveria ser diferente? Pois, no
final, todos sairão satisfeitos e ninguém será punido, como deu a entender, indiretamente, Fernando
Rodrigues em seu artigo ("Senado à
deriva", Opinião, ontem): "A Casa
virou uma espécie de império do
baixo clero bem remunerado"."
RICHARD ZAJACZKOWSKI (Francisco Beltrão, PR)
Ronaldo x educação
"Causou-me espécie duas declarações de Ronaldo em sua sabatina
na Folha ("Não vou voltar para a
Europa, quero ficar no Brasil", Esporte, ontem): que faz propagandas de cerveja há 15 anos, como se
atleta combinasse com cerveja, e
que não quer que seu filho seja criado entre crianças brasileiras, pois as
europeias têm mais educação.
Quantas crianças de ontem e jovens de hoje esse senhor não induziu ao alcoolismo? Se ele quer que
as crianças brasileiras sejam exemplos de educação, por que não faz
algo por elas, deixando de ser esse
péssimo exemplo no binômio bebida alcoólica x atletas? Isso não se
combina. Que ídolo de papel!"
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)
Como sempre, brilhante a coluna
do sr. Clóvis Rossi ("Brasileiro desiste, sim", Opinião, ontem).
É claro, surgirão muitos querendo crucificar Ronaldo por declarar
preferir educar os filhos na Europa
a fazê-lo no Brasil. Muitos o farão
por pura maldade, uma vez que não
conseguem digerir o sucesso alheio.
Acredito, embora não concorde
com muita coisa, que o atual ministro da Educação tenha o firme propósito de melhorar a educação em
nosso país. Acontece que politiqueiros, encastelados em mordomias imorais, em vez de contribuir
com projetos aperfeiçoados para a
educação, só pensam destruir o
que está sendo proposto.
Se olharmos o atual Congresso,
jamais poderemos vislumbrar melhoras na educação, porquanto um
povo mais bem educado jamais
permitirá esse atual lixo político
que está acabando com nossa esperança de um dia figurarmos entre
os países com melhor educação."
SIDNEI DA SILVA ARRUDA (Rio de Janeiro, RJ)
Enchentes no Nordeste
"Ouvi nos telejornais que o Brasil
vai receber ajuda internacional, inclusive dos Estados Unidos, para
poder socorrer os desabrigados do
Norte e do Nordeste que, sob temporais torrenciais, estão sobrevivendo Deus sabe como. E não pude
deixar de questionar: "Por que é que
um país que doa R$ 4,5 bilhões para
o FMI como forma de ajudar a resolver a crise econômica internacional precisa receber ajuda dessa
mesma comunidade internacional
para salvar os seus habitantes?"
Se você doa algo, é porque tem em
excesso. Se há em disponibilidade,
por que é que o governo federal não
repassa o dinheiro necessário para
socorrer aquelas populações?"
NINA CARDOSO (Londrina, PR)
Segurança pública
"Não é verdade que o ex-secretário Ronaldo Marzagão tenha sido
"afastado pelo governador José Serra por não conter a escalada de corrupção" na segurança pública, como
publicado pela Folha (Cotidiano,
15/5). O secretário não "foi afastado': pediu para sair. Ademais, trata-se de um homem medularmente
íntegro, que se empenhou, com êxito e sem esmorecimento, a combater os desvios de conduta, de toda
natureza, em sua administração.
ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, secretário-chefe
da Casa Civil do Estado de São Paulo
(São Paulo, SP)
Homofobia
É louvável que a Folha divulgue a
pesquisa sobre homofobia realizada pela Fundação Perseu Abramo e
pelo Instituto Rosa Luxemburgo
("Homossexuais dizem em pesquisa que parentes são os que mais
discriminam", Cotidiano, 15/5).
No entanto, causa estranhamento o fato de a matéria ter se focado
na pesquisa, que já vem sendo divulgada desde fevereiro, e não no
lançamento do Plano Nacional de
Promoção da Cidadania LGBT,
ocorrido em Brasília na quinta-feira, 14/ 5, no Palácio do Itamaraty.
O plano, elaborado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos,
da Presidência da República, prevê
a implantação de 137 medidas capazes de promover cidadania e visibilidade homossexual no país.
As propostas foram analisadas
por 18 ministérios. Considerando
as dimensões, o ineditismo e a
atualidade do plano, creio que teria
sido mais adequado noticiá-lo.
FERDINANDO MARTINS (São Paulo, SP)
Cinema
A reportagem da Folha "Retrato
de cientistas é estereotipado", de
Rafael Garcia, (Ilustrada, 15/5),
trata do filme "Anjos e Demônios".
Eu adoro cinema, mas, mesmo não
sendo especialista, o que me dói o
coração é ver que o autor do artigo
faz uma crítica sem sentido, querendo explicar ao leitor que o dispositivo utilizado no filme para
causar uma grande explosão na
verdade pode não funcionar.
Por um acaso alguém vai ao cinema para analisar se o roteiro do filme tem bases científicas?
Cinema é diversão para a maioria
das pessoas. E diversão significa
não estar preocupado se o roteiro é
real e cientificamente comprovado.
Aliás, se tudo no cinema fosse verdade, seria jornalismo. Já tenho
minha dose de realidade diária lendo e assistindo aos jornais.
JÚLIA MARIA T. BELLINI (São José dos Campos, SP)
Justiça trabalhista
Como jurista, gostaria de expressar minha opinião a respeito da polêmica da criação de cargos para os
Tribunais Regionais do Trabalho.
É exatamente neste período de crise, com número acentuado de demissões, que precisamos repensar a
estrutura do Judiciário trabalhista.
Na teoria, estudamos que ela deve ser célere, até mais do que os outros ramos, por tratar de verbas de
natureza alimentar. Na prática, não
é o que tem se verificado, infelizmente. De fato, sem servidores, a
Justiça não tem como ser rápida -e
as demandas crescem a cada dia.
Já vi comentários de pessoas desinformadas dizendo que é um con-luio do Lula, que no Judiciário trabalhista o trabalhador sempre ganha e bobagens do gênero. Ouvi até
que o Judiciário é improdutivo e
que deveria ser deixado para segundo plano nos investimentos.
Façamos então um retorno aos
primórdios: a volta do império da
força. É bom, assim a sociedade
economiza. Ora, por favor. Muitos
jornalistas pensam que já existem
funcionários suficientes e que os
processos não andam porque os
servidores não trabalham. Peço a
eles que passem uma semana
acompanhando o trabalho de uma
vara trabalhista de uma grande cidade. Acho que é o que está faltando
a eles, ironicamente: informação.
MARIA LUIZA GARCIA (São Paulo, SP)
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