São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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MEC
Minha neta de quase três anos fala "as balinhas", "as maçãs" e demais plurais corretamente.
Hoje ela frequenta o minimaternal. Será que, quando estiver no ensino fundamental, falará "os livro", com o aval do MEC? O alerta de Clóvis Rossi (Opinião, 15/5) foi importante, tanto pelo conteúdo como pela visibilidade.
ANNA LUCIA L. MATIAS (Ribeirão Preto, SP)

 

O artigo de Clóvis Rossi ofende profundamente os linguistas do mundo todo. A linguística moderna substituiu o antigo ensino da gramática normativa, não desprezando a norma culta, mas mostrando que as línguas evoluem e mudam com o tempo e geram diferentes normas ou variantes linguísticas.
O que hoje pode soar como vulgar no português pode, no futuro, representar norma culta. A escola deve ter consciência da história da língua e dos valores que atribuímos socialmente às variedades linguísticas.
LUIZ CARLOS CAGLIARI, professor de linguística da Unesp (Araraquara, SP)

 

Quando vi que o MEC aprovou livro didático que ensina aos alunos que se pode falar "os livro", achei que tinha entendido errado. Acho que devemos mudar nossa maneira de falar.
CLEUSA GUERREIRO HUGUENEY (Uberlândia, MG)

 

O caso desse livro trazido à tona só mostra a ampla e funda ignorância dos que acham que podem falar sobre tudo nos meios de comunicação. Trata-se de uma falsa polêmica envolvendo esse livro didático. Falsa porque há mais de 15 anos os livros de português abordam o tema da variação linguística, de acordo com os novos, avançados e democratizadores parâmetros da educação linguística.
MARCOS BAGNO, professor da UnB (Brasília, DF)

Professores
O editorial "O valor do professor" (Opinião, ontem) é contraditório e equivocado. Ao mesmo tempo em que afirma que salários defasados afastam da carreira os melhores alunos das universidades, denomina sindicatos de "grupo" e diz que apresentamos reivindicações despropositadas, instando o governo a não ceder.
Nossa reivindicação de reposição salarial imediata de 36,74%, que o governo ainda não atendeu, nada tem de despropositada. Ela é resultado de estudos realizados pela subseção do Dieese na Apeoesp e considera as perdas do elástico período que vai de fevereiro de 1998 a março de 2011.
Também não estivemos "às turras" com o ex-governador José Serra. Foi ele quem se recusou a dialogar conosco, preferindo enviar a tropa de choque para receber os professores quando estivemos no Palácio dos Bandeirantes. O editorial tem um tom belicoso em relação aos sindicatos e indisfarçavelmente simpático aos governos do PSDB. A Folha mal disfarça seu comprometimento partidário, mas não o declara, o que é lamentável em se tratando de um órgão de comunicação de massa.
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA, presidente da Apeoesp (São Paulo, SP)

Palocci
O ministro Antonio Palocci deve vir a público explicar convincentemente como amealhou tal fortuna em tão curto espaço de tempo (Poder, ontem).
ARTUR LOVRO (São Paulo, SP)

Metrô
Morador de Higienópolis, favorável ao metrô no local, vejo como um engano a difusão do estigma de preconceituosos aos cidadãos desse bairro. Quem opta por habitar ali o faz sabendo da convivência de ricos, remediados, mendigos e sem-teto.
Estive no churrascão com o meu cão, o Xingu, um golden retriever, provavelmente um dos três citados por Fernando de Barros e Silva (Opinião, ontem), como cães "que resolveram ser gauche na vida". Mas gosto do trecho com o qual o colunista encerra seu artigo: "É uma fração de classe reagindo ao sentimento ostensivamente antipovo de representantes dessa mesma classe".
MAURO TEIXEIRA GUATELLI (São Paulo, SP)

Ombudsman
Parabéns a Suzana Singer ("Ombusdman", 15/5) por comprar a briga contra as pseudociências. Isso será um ótimo contexto para discuti-las e para avaliar a função da mídia no desenvolvimento cultural.
HÉLDER LIMA GUSSO (Curitiba, SP)

 

As palavras cruzadas são uma das poucas relações interativas, imediatas, em tempo real, que temos com o jornal. Vejo, faço e verifico. Quanto ao horóscopo, que foi tão criticado, venho em sua defesa. É o momento em que o jornal me traz de volta a mim mesma. Não é uma questão de credo, e sim de reflexão.
ANNA VERONICA MAUTNER, colunista do caderno Equilíbrio (São Paulo, SP)

Israel
Mentiras, enganos e números falsos foram apresentados por Ilan Sztulman ("Tendências/Debates", 15/5).
Mesmo que houvesse 1 milhão de árabes em Israel, há 5 milhões de palestinos refugiados que tiveram suas casas assaltadas e testemunharam o massacre de suas famílias pelos bandos armados que criaram Israel.
Enquanto alguns imigrantes festejam o dia de sua colonização, os donos da terra choram o seu direito de viver em paz.
NAGIB NASSAR, professor emérito da UnB (Brasília, DF)

Maluf
O leitor Gilberto Alvares Giusepone está mal informado sobre o Projeto Cingapura ("Painel do Leitor", 15/5). O projeto construiu 20 mil apartamentos, beneficiando 100 mil pessoas que viviam em favelas em situação indigna, dando-lhes apartamentos para morar, com dignidade, no mesmo lugar onde viviam, deixando-as próximas ao trabalho e à escola dos filhos e dando-lhes endereço, o que lhes permitiu receber correspondência, abrir crediário e deixar de ter vergonha de dizer onde moravam.
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

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