São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Lamarca
"Difícil entender a polêmica sobre a promoção de Carlos Lamarca, afinal, as Forças Armadas têm longa tradição de reabilitar desertores e subversivos. Cito como exemplo os então tenentes Juarez Távora e Eduardo Gomes, que, após o levante tenentista de 1922, desertaram e se uniram aos movimentos subversivos da rebelião paulista de 1924, Coluna Prestes e revolução de 1930. Juarez Távora, Eduardo Gomes e Lamarca têm em comum o fato de seus amigos terem posteriormente chegado ao poder. A grande diferença é que, na década de 20, ao contrário dos anos 70, não era moda matar os adversários."
PEDRO GOLD (São Paulo, SP)
 

"Junto com o polêmico caso Lamarca, a Comissão de Anistia já aprovou R$ 2,3 bilhões em indenizações desde 2001. Foram lamentáveis os fatos ocorridos no passado, mas não se justificam esses privilégios absurdos num país pobre, em que pessoas carentes sofrem diariamente injustiças e privações sem nenhum tipo de indenização."
CLÁUDIO FROES PEÑA (Porto Alegre, RS)
 

"Vinte anos de democracia e parece que os generais brasileiros não aprenderam nada. Chamam Lamarca de traidor porque resolveu desertar para não torturar, espancar e matar pessoas que simplesmente não concordavam com uma ditadura. Se não tivesse desertado, talvez fosse considerado "herói"."
ORLANDO FRONHA FILHO (São Paulo, SP)
 

"As honrarias e benesses concedidas a Lamarca são o paroxismo de honra ao opróbrio. Basta!"
WALDIR DA SILVA VELLOSO (Belo Horizonte, MG)
 

"É deprimente e revoltante constatar que nosso governo (?) considera que um desertor, assaltante, assassino e terrorista como Lamarca merece ser promovido postumamente e deixar para seus parentes indenização de R$ 300 mil e pensão vitalícia de R$ 12 mil, enquanto dezenas de milhões de brasileiros honestos e trabalhadores são obrigados a tentar sobreviver com um salário mínimo ou menos por mês."
ARNALDO OLINTO BASTOS NETO (Ribeirão Preto, SP)

Brasil
"Quisera chegasse o dia em que a mídia pudesse falar bem do Brasil -assim como nós, brasileiros. Quisera um dia os políticos fossem patriotas e realmente cuidassem deste país, promovendo melhor distribuição de renda, assistência ao povo, fazendo valer os seus altos salários -que nós pagamos sem retorno nenhum. Graças a Deus temos uma mídia séria e honesta que nos alerta e orienta para que o mal não seja ainda maior, já que nos sentimos órfãos do governo. Diria ao presidente que bonita deveria ser a verdade, mas essa, atualmente, é muito feia."
MARIA DE LOURDES NASSIF (São Paulo, SP)

Impotência e frigidez
"A frase de Marta Suplicy se encaixa perfeitamente com o quadro de nosso país. Enquanto nossos governantes relaxam e gozam, o povo sofre de impotência e frigidez diante da onda de estupro feita de corrupção, negligência e impunidade. Talvez nossos governantes devessem fornecer gratuitamente a tal "pílula azul", assim, quem sabe, conseguiríamos chegar ao clímax da ministra."
MOISES MORICOCHI MORATO (Franca, SP)

 

"Perguntar não ofende: a Marta Suplicy do "relaxa e goza" é a mesma pessoa que, anos atrás, pediu, em texto publicado na Folha, para o então presidente Collor ter mais compostura?"
MARILIA R. MASCARENHAS (Campinas, SP)

Bebidas
"Recentes manifestações do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) apresentam o posicionamento do governo federal -diretamente o Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária- como intolerante e até promotor de censura quando propõe a regulamentação da propaganda de bebidas alcoólicas no país. Mas a intolerância é do próprio Conar, na medida em que desconsidera dados estatísticos sobre os efeitos do álcool, argumentações de pesquisadores e de autoridades em saúde pública e o posicionamento da maioria da população brasileira em relação ao tema, expondo leitura distorcida da proposta do governo, ao tratar a regulamentação como "banimento" da publicidade de bebidas alcoólicas. O que pretende o governo federal é alertar sobre os males provocados pelo consumo abusivo de álcool e regulamentar os horários permitidos para a propaganda de bebidas alcoólicas. Tudo isso em benefício de uma população que merece e pode ser mais saudável."
JORGE CAVALCANTI , presidente Associação Brasileira de Farmacêuticos (São Paulo, SP)

Bolsa Gravidez
"O governo Lula não faz mais do que sua obrigação legal ao pagar o salário-maternidade para as seguradas desempregadas que estejam no período de graça, pois isso é decorrência do que está previsto na lei nº 8.213/91. Na Justiça Federal, esse tema já é enfrentado há muito tempo, com seguidas derrotas do INSS. Da forma como divulgado, parece mais um "Bolsa Gravidez" do que o respeito a um legítimo direito já assegurado a todas as seguradas."
KARLEY CORREA DA SILVA , juiz federal substituto da 29ª Vara (Belo Horizonte, MG)

Reforma política
"Pensar que a lista fechada vai "intensificar a participação e a cidadania" é desconhecer como acontecem as reuniões e as convenções partidárias. Os caciques, com suas artimanhas, se perpetuam no poder. Basta ver os anões do Orçamento, os sanguessugas, os bingueiros, os "empreiteiros" e todos os demais "eiros" que desfrutam da impunidade nessa "corporação" chamada Poder Legislativo. A maioria dos envolvidos em maracutaias foi aceita pelo corporativismo partidário e reconduzida por seus eleitores. Apesar disso, a esperança de renovação tem ocorrido nas eleições diretas (de 40% a 60% em todos os níveis). As opções seriam o voto facultativo, o voto distrital (puro ou misto) e a introdução do referendo revogatório para afastar os inescrupulosos antes de completar o quadriênio de locupletação."
ALCEU FERNANDES (Juiz de Fora, MG)

Operação Strike
"A Polícia Civil de São Paulo desencadeou na semana passada a Operação Strike, com a prisão de mais de 2.500 pessoas. Ultimamente, a polícia de São Paulo começou a fazer megaoperações nos moldes da Polícia Federal, inclusive batizando-as com nomes sugestivos. Será algum tipo de competição com a excelente reputação da PF? O mais "engraçado" foi a prisão de mais 2.500 pessoas num só dia. Isso significa que a polícia já sabia onde estava boa parte desses criminosos. Houve também apreensão de máquinas caça-níqueis. Tudo isso logo após reportagem da Folha que noticiou que um esquema de pagamento de propinas para acobertar máquinas caça-níqueis poderia atingir mais de 70% das delegacias da capital paulista. Segundo o secretário da Segurança, é para dar tranqüilidade à população. Será só isso?"
FÁBIO SERETTE , oficial de Justiça (Campinas, SP)

CARTA REGISTRADA
"Marta Suplicy, quando falou para "gozar", esqueceu de mandar o viajante usar Viagra para agüentar 24 horas de espera para embarcar."
UBIRAJARA CATOIRA (São Paulo, SP)

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