São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Sarney
"É verdadeiramente incrível que o senhor José Sarney não soubesse da nomeação de seu neto para exercer um cargo no Congresso.
Como um presidente do Senado não participou desse ato? É muito cômodo dizer que não sabia. É mais fácil fingir do que confessar o ato.
Será que Epitácio Cafeteira não participou a seu amigo a contratação de seu neto?
A cada dia que passa, os brasileiros ficam mais descrentes desse Congresso, e os senadores que se cuidem, porque a confiança que a população tinha naquela Casa foi por água abaixo.
Sarney deveria dar o exemplo e sair do cargo para preservar o bom nome do Congresso."
CLEUSA GUERREIRO HUGUENEY (Uberlândia, MG)

 

"Concordo com os leitores Alexandre Dantas e Carlos Marcondes ("Painel do Leitor", ontem) quanto à coluna utilizada pelo senhor José Sarney nesta Folha.
Tanto faz se a região Norte e o Estado do Maranhão se afogam em enchentes ou se os jornais noticiam que sua família se emprega aos lotes no Senado. Temas como esses não preocupam o senador pelo que se lê ali às sextas-feiras.
José Sarney foi presidente devido à morte de Tancredo Neves, quando o país todo esperava pela posse deste. Tem boa sorte, boa estrela, o poder a seu favor.
Aos 79 anos, um político não muda. Mas certamente a Folha poderia usar o espaço por ele ocupado com escritores e personalidades de interesse para seus leitores, para o cidadão comum."
MARIA DE LOURDES B. SANTOS (Belo Horizonte, MG)

 

"Sarney diz que é uma injustiça o país julgar um homem como ele.
Pois, na minha opinião, injustiça é um país como o Brasil ter um político como Sarney."
PERCY DE OLIVEIRA (Rio Claro, SP)

Doutores
"No editorial "Déficit de inteligência" (Opinião, 15/6), a Folha indaga sobre o mistério de ter caído nos últimos anos o número de novos doutores no Brasil.
A resposta para a questão é simples: falta incentivo para os doutorandos.
À medida que o MEC deixou de exigir que as faculdades, centros universitários e universidades possuam em seus quadros de docentes determinado percentual de mestres e doutores, as referidas instituições passaram a demitir os doutores ou deixaram de admitir novos doutores -ou os mantiveram empregados, mas remunerando-os como se fossem mestres.
Portanto o problema não é apenas falta de investimentos para financiar os estudos."
ELISEU ROSENDO NUÑEZ, professor universitário (São Paulo, SP)

Gestão
"O senhor Emílio Odebrecht, no artigo "Procuram-se líderes" (Opinião, 14/6), faz referência a "práticas de boa governança corporativa, tão comuns na iniciativa privada".
O empresário poderia explicar melhor essas práticas à luz da atual crise que assola o mundo e também o papel das grandes corporações empresariais e dos grandes executivos formados nos bancos das mais famosas instituições de ensino.
Grandes corporações, ícones ou referências de modelo empresarial, ruíram ou estão batendo às portas de governos em busca de ajuda. É impressionante ver a situação por que passa o mundo agora, quando temos mais detalhes sobre o modelo especulativo, desumano e corrupto adotado no campo dos altos negócios. Aliás, quando se fala de "boa governança corporativa", o que inclui aspectos relacionados à responsabilidade social, impressiona muito verificar o altíssimo grau de envolvimento de grandes e ditas "reputadas" corporações nas denúncias e investigações que dizem respeito à corrupção."
RENATO BRITO (São Paulo, SP)

ProUni
"Parabéns à Folha pela iniciativa de solicitar ao Inep pesquisa sobre o desempenho dos universitários bolsistas do ProUni ("Nota de bolsista é igual à de aluno pagante", Cotidiano, 15/6). A pesquisa permite que o debate prossiga sobre bases factuais mais sólidas.
O editorial, ao reconhecer os méritos do programa que já beneficiou mais de meio milhão de estudantes, é um alento para que surjam novas iniciativas de inclusão social no campo da educação.
O editorial não faz comentários, mas, ao lado do rendimento dos bolsistas do ProUni, igual ou superior ao de seus colegas, vale ressaltar a diferença de custo entre o estudante das universidades públicas (R$ 13.611,22) e o do ProUni (R$ 1.800)."
JOSÉ OSCAR BEOZZO (São Paulo, SP)

Voto
"Não sei a razão de o Brasil, com os políticos que tem, ainda obrigar os seus cidadãos a votar. Uma das características da democracia é o cidadão ter a opção de participar ou não da vida política de seu país, incluindo decidir se quer exercer ou não o direito do voto.
Hoje somos obrigados a referendar e a ser cúmplices de um sistema político arcaico, autoritário e que pune quem não vota ou não justifica a sua ausência. O eleitor precisa ser libertado dessa legislação jurássica para poder escolher se deve votar ou não, já que os políticos estão se "lixando" para nós."
LUIZ CARLOS SIZENANDO TEIXEIRA (Catanduva, SP)

 

"Não é à toa que há muito desisti de votar. Não quero eleger mais ninguém, pois no futuro não quero ser acusado, julgado e condenado por formação de quadrilha."
JOSIMAR LOPES (São Paulo, SP)

Irã
"Tenho idade suficiente para informar que, desde a década de 40, votei em todas as eleições. Naquele tempo, tínhamos muito menos que os 60 milhões de eleitores iranianos e o processo eleitoral era o mesmo que eles utilizam atualmente: cédulas depositadas numa urna e, na apuração, contadas e computadas manualmente, uma a uma. Na época, esperávamos de 15 a 20 dias para conhecer o resultado. No Irã, usando o nosso antigo método de votação e apuração, conseguiram o milagre de apresentar o resultado horas depois do término da votação.
Que me desculpe o presidente Lula, mas só esse fato já me deixa absolutamente convencido de que houve fraude."
JOSÉ MEIRELLES (São Paulo, SP)

Aposentados
"Muitos aposentados já morreram sem ter visto recuperados os seus salários, corroídos ao longo tempo pelos arrochos salariais para os que ganham acima do mínimo.
A base aliada do governo na Câmara, principalmente os líderes partidários, continua afinada com o Planalto para que não seja votada a vinculação dos benefícios da Previdência ao salário mínimo, como consta do projeto do senador Paulo Paim.
Até quando teremos esse tipo de representante?"
ANTONIO DE SOUZA D'AGRELLA (São Paulo, SP)

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