São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Haiti
"Brilhante o artigo de Clóvis Rossi sobre o fato de haver poucos olhos azuis no Afeganistão e no Haiti ("Não há olhos azuis no Haiti", Mundo, 16/ 1). Precisou ocorrer uma grande tragédia para que os olhos do mundo se voltassem ao Haiti, um país que agora precisará ser reconstruído do zero. Infelizmente sempre foi assim, como no genocídio de Ruanda, onde foi preciso haver quase 1 milhão de mortes para a sociedade internacional fazer alguma coisa. Se a tragédia tivesse ocorrido em um país em que houvesse mais olhos azuis, e não negros, a comoção seria maior."
GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)

"É muito bonito praticar um ato de solidariedade humana, ajudando o povo haitiano, que sofre terrivelmente com a tragédia provocada pelo terremoto. Fornecendo um grande efetivo militar do Exército, equipe médica, enfermeiros e hospitais de campanha, transporte e alimentos, o Brasil marca com isso destaque no cenário internacional.
Porém, esse destaque fica muito ofuscado com a falta de assistência dispensada nas tragédias ocorridas em vários lugares do Brasil: Angra dos Reis, São Luiz do Paraitinga, São Paulo, Santa Catarina etc. Isso tudo somado às péssimas condições em que se encontram os hospitais brasileiros. Uma falência de fato.
Escassez de medicamentos e grande falta de pessoal especializado na área de saúde, causando muitas mortes por absoluta falta de médicos, enfermeiros e recursos. E agora, presidente Lula? Fizemos bonito na área internacional, mas como o sr. irá explicar a falta de assistência ao povo brasileiro?"
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

"O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirma que os militares brasileiros ainda terão que permanecer pelo menos mais cinco anos no tumultuado, triste, inseguro e miserável Haiti (Mundo, 17/1). Com aquele tamanhão todo, trajando um uniforme militar que não lhe pertence e sempre falando com o nariz empinado, Jobim parece que vale e pesa por um exército todo. Deveria, a meu ver, ir para o Haiti sozinho. Com toda a sua pompa."
VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)

Solidariedade
"Aqueles que estão tristes e sentindo a falta da santa Zilda Arns não podem se abater. Aproveitem este momento para se cadastrarem como voluntários e ajudar a manter a Pastoral da Criança, criada em 1983, realizando as obras iniciadas por nossa eterna milagrosa doutora Zilda Arns."
MÁRIO HERMELINO FERREIRA (São Paulo, SP)

"O dr. David Oliveira de Souza expõe bem em seu texto o problema da fome no mundo e o problema climático ("Que potência queremos ser?", "Tendências/Debates", 17/1). Questões como a fome podem ser minimizadas, pois nunca houve na história do mundo tanta riqueza concentrada. O que falta é vontade política. O que é necessário é o que o articulista alerta: novos paradigmas humanos e personagens como Zilda Arns."
ALBA NEUMANN (Recife, PE)

PSBD em SP
"A derrota de Paulo Maluf para o PSDB em São Paulo em 1998 foi uma derrota para São Paulo. Em quase 16 anos de administração tucana, o nosso Estado continua com problemas críticos na área da segurança pública, na educação, com o projeto falido da progressão continuada, e com milhões gastos em propaganda com pouca ação na prática. Tenho certeza de que, se Paulo Maluf tivesse vencido a eleição de 1998, estaríamos hoje com o Estado de São Paulo sendo a locomotiva do Brasil de fato. Ainda é tempo de corrigir e mudar."
ALBERTO HADDAD (São Paulo, SP)

Direitos humanos
"Vejam o que disse o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) no plenário da Câmara no ano de 2005: "o PT vai incrementar uma ditadura socialista de esquerda neste país.
Trabalha para isso". Parece-nos que o Plano Nacional de Direitos Humanos é o que faltava para dar continuidade às ações guerrilheiras desse grupo que não mede as consequências para fazer o que o chefe José Dirceu determina. Só não vê quem não quer. Acorda, Brasil."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

"O sr. Fernando de Barros e Silva pergunta (pergunta?) se alguém acredita que o governo Lula instalará a comissão da verdade ("A verdade da comissão", Opinião, 15/1). Pois bem, eu acredito. E, se não for instalada, sabemos a razão. Não é por causa da "tradição de empulhação legislativa". É porque setores importantes da sociedade são contra. E, caso ela seja instalada, não será graças a este jornal."
FABRÍCIO TOLEDO, advogado, militante em direitos humanos (Rio de Janeiro, RJ)

Pena de morte
"A Indonésia está certíssima em condenar à morte os traficantes ("Brasileiro teme ser esquecido em corredor da morte na Ásia", Cotidiano, 17/1). Aqui, neste país chamado Brasil, onde impera a impunidade, também deveria haver pena capital para o tráfico e o uso de drogas. Proíbe-se cigarro, mas se permite maconha. Todos sabemos que a maioria dos crimes hediondos são cometidos por drogados e/ou traficantes. O drogado é comparável ao receptador: sem ele, não há tráfico!"
BRAZ FERRAZ CARLOMANHO (Piracicaba, SP)

Cerveja
"A propósito da polêmica em torno das cervejas brasileiras criada a partir do artigo escrito pelo físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite na seção "Tendências/Debates" desta Folha ("A cerveja: bebendo gato por lebre", de 18/12, e "Cerveja: o orgulho de quem fatura mais", de 14/ 1), fui pesquisar nos supermercados. As únicas cervejas fabricadas no Brasil que encontrei que não contêm "cereais não maltados", ou seja, milho, foram: Black Princess e Petra (Petrópolis), Baden Baden (Campos do Jordão) e Eisenbahn (Blumenau). Seriam essas quatro as "honrosas exceções" referidas pelo articulista?"
<b>CAIO AUGUSTO MARCONDES FIGUEIREDO (Pindamonhangaba, SP)

O filho do Brasil
"O grande fiasco de público que está sendo "Lula, o filho do Brasil" deve estar deixando desesperados os membros do governo, que tiveram a ideia de fazer o filme para servir de instrumento de promoção e reforçar a campanha eleitoral de 2010. Se Lula não consegue transferir o seu prestígio para um simples filme sobre a sua vida, fica difícil acreditar que ele vai conseguir fazer essa transferência para a insossa ministra Dilma Rousseff, como é a sua pretensão."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Aborto
""Direito é atribuir a cada um o que é seu" (Aristóteles). Ao discutir a questão do aborto sob a visão da saúde pública, reconhecemos que: a) o Código Penal vigente é anacrônico e ineficaz, pois criminalizar o aborto não impede sua ocorrência aos milhares por ano no Brasil; b) o aborto clandestino é a terceira causa de morte materna no Brasil, ceifando vidas das mulheres mais pobres; c) 250 mil internações/ano no SUS são consequentes a abortos clandestinos com intercorrências. Todas as religiões têm o direito de prescrever normas éticas a seus fiéis. Não devem, entretanto, impor diretrizes a todas as brasileiras. Temos ainda um longo caminho a percorrer rumo ao reconhecimento de que vivemos em um Estado laico, em que questões de fé são do domínio privado, enquanto aquelas do direito são do domínio público."
THOMAZ RAFAEL GOLLOP, professor livre docente pela USP (São Paulo, SP)

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