São Paulo, quarta-feira, 18 de março de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Coisa pública
"Na excelente charge de ontem de Angeli (Opinião, pág. A2), só faltou a matilha oposicionista em volta, aguardando as sobras do banquete deixado pelas hienas."
ISMAR NERY FILHO (Goiânia, GO)

Escola pública
"Considero lamentável a afirmação feita pela diretora da escola municipal Minas Gerais, no Rio de Janeiro, de que "é muito fácil trabalhar apenas com diamantes. Nosso desafio é juntar diamantes e cascalhos e fazer isso dar resultado" ("Mistura" melhora ensino, dizem diretores", Cotidiano, 16/3).
Quando se trata de avaliar os benefícios trazidos pela diversidade social na educação escolar, quem são os "diamantes" e quem são os "cascalhos"? Como é possível pensar em educação e diversidade a partir de estereótipos assim?"
ELIANE FROSSARD BITTENCOURT COUTO (São Paulo, SP)

Fórmula 1
"O novo regulamento da F-1 sagrará campeão o piloto que tiver mais vitórias, ou seja, nada de regularidade e eficiência, sem falar de justiça.
Se um piloto for o segundo colocado em todas as provas da temporada, perderá o título para aquele que venceu uma única prova. A inteligência também está longe da Fórmula 1."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Imprensa
"A Sociedade Interamericana de Imprensa é conhecida por suas posições conservadoras em relação aos temas da comunicação, mas é reveladora a sua manifestação de que vê com preocupação a iniciativa da Conferência Nacional de Comunicação ("Lula faz "críticas desmedidas" à imprensa, afirma entidade", Brasil, ontem).
A conferência é uma conquista democrática, um espaço de debate e de apresentação de propostas sobre políticas de comunicação que historicamente são discutidas a portas fechadas entre o governo e o empresariado, sem transparência.
Nesse campo, o Brasil segue sendo terra sem lei, convivendo com um grau de concentração dos meios de comunicação que países como Reino Unido, Estados Unidos e França não enfrentam justamente por terem adotado políticas de limite de propriedade.
Tenho certeza de que quem defende de fato a ampla liberdade de expressão vê com bons olhos o fato de esse debate ganhar, pela primeira vez, o espaço público."
JOÃO CALDEIRA BRANT MONTEIRO DE CASTRO , radialista, membro do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social (São Paulo, SP)

MST
"O choro político de Zander Navarro ("Painel do Leitor" de ontem), ao sugerir que o MST não pode ser exemplo para a esquerda dos Estados Unidos, como sustentou Immanuel Wallerstein em seu artigo "Aprendendo com o Brasil" (Brasil, 15/3), é demonstrativo da miopia de alguns pesquisadores visitantes quando escrevem sobre o Brasil.
Ouvem falar, superficialmente, de um tema e então escrevem coisas inomináveis.
Navarro desconhece que a classe fundiária brasileira, que manipulou e dominou de forma secular a estrutura política nacional e não tem legitimidade política, vive, em grande parte, da sonegação de recursos e das "benesses" do Estado e defende a manutenção desse status. Mas está perdendo o seu lugar na história brasileira.
Com teóricos assim, a direita apenas acelera a sua rápida agonia."
EDUARDO N. S. TOLEDO , economista, ex-organizador de sistemas de produção cooperada de pequenas unidades agrícolas (Campinas, SP)

"Diferentemente do que foi publicado na reportagem "PF investiga aliança entre madeireiros e sem-terra" (Brasil, 16/3), a Liga dos Camponeses Pobres não é e nunca foi dissidência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Não há nenhum registro de ex-integrante do MST em Rondônia que participe do referido movimento. Exigimos, assim, a devida correção."
MARIA MELLO , assessoria de comunicação do escritório nacional do MST (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Eduardo Scolese - Em 1996, em Rondônia, um grupo de sem-terra que havia deixado o MST criou o MCC (Movimento Camponês Corumbiara), pedindo radicalização nas ações. Em 2003, o LCP surgiu do MCC pelo mesmo motivo.

Maluf
"A emissão de precatórios durante a administração Paulo Maluf, objeto da reportagem "Dívida de SP com a União vai a R$ 42 bi e fere teto da lei fiscal" (Cotidiano, 14/3), foi autorizada pelo Senado e aprovada pelo Banco Central.
Paulo Maluf não foi ouvido na reportagem, conforme determina o "Manual da Redação" da Folha. Os títulos emitidos na ocasião foram custodiados pelo Banco do Brasil e, portanto, não poderiam ser usados a não ser para o pagamento de precatórios.
Até a saída de Paulo Maluf da prefeitura, em 31/12/96, o pagamento dos precatórios, autorizados pela Justiça em ordem cronológica, estava rigorosamente em dia."
ADILSON LARANJEIRA , assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Conrado Corsalette - A gestão Paulo Maluf (1993-1996) emitiu títulos para o pagamento de precatórios, mas acabou usando o dinheiro para outros fins, numa operação considerada irregular.
A afirmação não é do repórter, e sim de integrantes da CPI dos Precatórios, realizada no Congresso Nacional, conforme deixou claro o texto em questão.

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