|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Atos secretos
"Nessa sórdida história de atos
secretos no Senado, a única arma
que nós, cidadãos de bem, temos
para extirpar de vez a malandragem
e as vantagens indevidas com o dinheiro público é também um ato secreto, mas legalmente secreto, e
mais poderoso ainda: o voto.
Nas próximas eleições, talvez o
maior segredo seja finalmente revelado: nós, brasileiros, daremos
um basta na farra. Torçamos."
GERALDO SANCHES CARVALHO (São Paulo, SP)
"Se a crise é da Casa, e não dele,
como salienta o senador José Sarney, pergunto: se ele, Sarney, está
no Congresso há mais de 50 anos,
ele faz parte da crise e ajuda a perpetuá-la. Logo, a crise também é dele, mesmo que se omita."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
"Fiquei intrigado ao saber que o
senador José Sarney está disposto a
preservar a instituição que preside.
O que será que restou para ser
preservado?"
ARMANDO DE MELO DUTRA (Belo Horizonte, MG)
"Devo, como cidadão brasileiro,
alertá-los de que a crise no Senado
não é culpa do "ilustríssimo" senador José Sarney, mas, sim, minha,
que pago meus impostos e me calo.
O "ilustríssimo" senador é vítima
de nós brasileiros que votamos nele
(eu não votei)."
DONATO ANTONIO DEL GROSSI (Apucarana, PR)
Greve na USP
"Apesar de respeitar o professor
Antonio Candido, não posso concordar com sua afirmação de que a
presença da polícia no campus da
USP "é a violação do direito sagrado
de uma pessoa opinar" ("PM na USP
é atentado, diz Candido", Cotidiano, ontem)
Essa violação começou quando
minorias radicais de manifestantes
usaram a força para impedir professores, funcionários e alunos de desenvolverem suas atividades acadêmicas. A aula que Antonio Candido
e Marilena Chaui deram não foi impedida por ninguém, mas colegas
meus têm sido impedidos de ensinar. A polícia precisa sempre ser
monitorada por governos democráticos para não cometer abusos, mas,
na democracia, é inegável que,
quando se usa a violência contra direitos de terceiros, ela é o meio legítimo para restabelecer o primado
da lei. A USP precisa de reformas,
mas isso precisa ser feito com respeito à lei."
JOSÉ ÁLVARO MOISÉS , professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da USP
(São Paulo, SP)
"Reproduzo, em tom de apelo, as
palavras de Marcelo Coelho no artigo "Sombras sobre a USP" (Ilustrada, ontem): "Onde estão as maiorias
moderadas?"."
BRENO ANDRADE ZUPPOLINI , aluno de filosofia da
Unicamp (Campinas, SP)
Professores
"Até que enfim a mídia resolveu
divulgar a angústia e o sofrimento
do professor em sala de aula ("País é
o que mais desperdiça aula com
bronca", Cotidiano, ontem).
A Folha, a revista "Veja" e a novela "Caminho das Índias" abordaram
o tema nesta semana.
A sociedade precisa saber disso."
CYNTHIA TALIBERTI , professora (São Paulo, SP)
"A pesquisa da OCDE divulgada
ontem confirma o que professores
brasileiros, de norte a sul, sentem
cotidianamente.
Nossos gestores, por sua vez, procuram ignorar o óbvio em virtude
do custo que o enfrentamento dos
problemas apontados causaria."
RUDÁ RICCI , diretor-geral do Instituto Cultiva
(São Paulo, SP)
Doutores
"Felizmente o assunto da diminuição na procura pelo doutoramento vem à tona (Opinião, 15/6).
Isso é fruto da total falta de perspectiva no que se refere à obtenção
de um emprego mais qualificado,
tanto nas empresas mais tradicionais, que não valorizam esse título,
por soar acadêmico demais, como
no ensino superior, no qual os professores são demitidos após a comprovação de titulação.
É tragicômico observar doutores
retirando do currículo os seus títulos e doutorandos ocultando que
obterão o título em breve.
As consequências já podem ser
facilmente percebidas, com a queda
no interesse por um processo tão
rico e formador, no mais amplo
sentido da palavra. Um doutor lecionando transmite isso tudo aos
alunos."
LEANDRO ALVES RODRIGUES DOS SANTOS , professor universitário e doutorando na USP
(São Paulo, SP)
Parto
"O que li na reportagem "Casas de
parto abrem guerra entre médicos e
enfermeiros" (Saúde, ontem) me
deixou muito indignada. Desde
quando o parto é um "ato médico"?
Provavelmente desde o começo
do século passado, quando os médicos começaram a convencer as mulheres a deixarem de ter seus filhos
em casa e ir a um hospital. Até então, ninguém nunca havia pensado
no parto como um ato médico.
O parto é (ou deveria ser) um ato
natural, fisiológico, que todos os
animais (exceto os humanos) realizam sem a ajuda de um obstetra.
Ou será que alguém já ouviu falar
em obstetra para gatos? (melhor
não dar a ideia...).
As casas de parto são uma das
pouquíssimas opções que as mulheres têm para garantir um parto
natural e humanizado. Seria lamentável se os médicos conseguissem se organizar para fechá-las."
ÂNGELA ALBUQUERQUE TEIXEIRA NETO , professora-adjunta da Universidade Federal do ABC (Santo André, SP)
Luz
"Em relação à reportagem "Meta
do Luz para Todos em 2010 não deve ser atingida" (Brasil, 15/6), é necessário, além da discussão sobre o desafio de incluir 170 mil famílias
nas regiões mais remotas do país,
assegurar a continuidade do atendimento de quase 10 milhões de famílias já beneficiadas pelo programa Luz para Todos.
Isso porque o programa previu
recursos apenas para a instalação
das redes de distribuição de energia: não há recursos para cobrir os
custos de manutenção e operação
das novas instalações.
O governo federal precisa alinhar
o discurso eleitoral às suas ações e
dar sua contribuição para a viabilidade deste importante programa
de inclusão social. Apesar de chamar para si os créditos políticos do
Luz para Todos, Brasília não aporta
um centavo sequer ao programa:
90% dos recursos vieram da conta
de luz paga pelos consumidores, e
os 10% restantes vieram dos governos estaduais."
CLAUDIO J. D. SALES , diretor-presidente do
Instituto Acende Brasil (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Virgilio Fernandes Almeida: A segurança do ciberespaço brasileiro
Próximo Texto: Erramos Índice
|