São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Atos secretos
"Nessa sórdida história de atos secretos no Senado, a única arma que nós, cidadãos de bem, temos para extirpar de vez a malandragem e as vantagens indevidas com o dinheiro público é também um ato secreto, mas legalmente secreto, e mais poderoso ainda: o voto.
Nas próximas eleições, talvez o maior segredo seja finalmente revelado: nós, brasileiros, daremos um basta na farra. Torçamos."
GERALDO SANCHES CARVALHO (São Paulo, SP)

 

"Se a crise é da Casa, e não dele, como salienta o senador José Sarney, pergunto: se ele, Sarney, está no Congresso há mais de 50 anos, ele faz parte da crise e ajuda a perpetuá-la. Logo, a crise também é dele, mesmo que se omita."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

 

"Fiquei intrigado ao saber que o senador José Sarney está disposto a preservar a instituição que preside.
O que será que restou para ser preservado?"
ARMANDO DE MELO DUTRA (Belo Horizonte, MG)

 

"Devo, como cidadão brasileiro, alertá-los de que a crise no Senado não é culpa do "ilustríssimo" senador José Sarney, mas, sim, minha, que pago meus impostos e me calo.
O "ilustríssimo" senador é vítima de nós brasileiros que votamos nele (eu não votei)."
DONATO ANTONIO DEL GROSSI (Apucarana, PR)

Greve na USP
"Apesar de respeitar o professor Antonio Candido, não posso concordar com sua afirmação de que a presença da polícia no campus da USP "é a violação do direito sagrado de uma pessoa opinar" ("PM na USP é atentado, diz Candido", Cotidiano, ontem)
Essa violação começou quando minorias radicais de manifestantes usaram a força para impedir professores, funcionários e alunos de desenvolverem suas atividades acadêmicas. A aula que Antonio Candido e Marilena Chaui deram não foi impedida por ninguém, mas colegas meus têm sido impedidos de ensinar. A polícia precisa sempre ser monitorada por governos democráticos para não cometer abusos, mas, na democracia, é inegável que, quando se usa a violência contra direitos de terceiros, ela é o meio legítimo para restabelecer o primado da lei. A USP precisa de reformas, mas isso precisa ser feito com respeito à lei."
JOSÉ ÁLVARO MOISÉS , professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (São Paulo, SP)

 

"Reproduzo, em tom de apelo, as palavras de Marcelo Coelho no artigo "Sombras sobre a USP" (Ilustrada, ontem): "Onde estão as maiorias moderadas?"."
BRENO ANDRADE ZUPPOLINI , aluno de filosofia da Unicamp (Campinas, SP)

Professores
"Até que enfim a mídia resolveu divulgar a angústia e o sofrimento do professor em sala de aula ("País é o que mais desperdiça aula com bronca", Cotidiano, ontem). A Folha, a revista "Veja" e a novela "Caminho das Índias" abordaram o tema nesta semana.
A sociedade precisa saber disso."
CYNTHIA TALIBERTI , professora (São Paulo, SP)

 

"A pesquisa da OCDE divulgada ontem confirma o que professores brasileiros, de norte a sul, sentem cotidianamente.
Nossos gestores, por sua vez, procuram ignorar o óbvio em virtude do custo que o enfrentamento dos problemas apontados causaria."
RUDÁ RICCI , diretor-geral do Instituto Cultiva (São Paulo, SP)

Doutores
"Felizmente o assunto da diminuição na procura pelo doutoramento vem à tona (Opinião, 15/6).
Isso é fruto da total falta de perspectiva no que se refere à obtenção de um emprego mais qualificado, tanto nas empresas mais tradicionais, que não valorizam esse título, por soar acadêmico demais, como no ensino superior, no qual os professores são demitidos após a comprovação de titulação.
É tragicômico observar doutores retirando do currículo os seus títulos e doutorandos ocultando que obterão o título em breve.
As consequências já podem ser facilmente percebidas, com a queda no interesse por um processo tão rico e formador, no mais amplo sentido da palavra. Um doutor lecionando transmite isso tudo aos alunos."
LEANDRO ALVES RODRIGUES DOS SANTOS , professor universitário e doutorando na USP (São Paulo, SP)

Parto
"O que li na reportagem "Casas de parto abrem guerra entre médicos e enfermeiros" (Saúde, ontem) me deixou muito indignada. Desde quando o parto é um "ato médico"?
Provavelmente desde o começo do século passado, quando os médicos começaram a convencer as mulheres a deixarem de ter seus filhos em casa e ir a um hospital. Até então, ninguém nunca havia pensado no parto como um ato médico.
O parto é (ou deveria ser) um ato natural, fisiológico, que todos os animais (exceto os humanos) realizam sem a ajuda de um obstetra.
Ou será que alguém já ouviu falar em obstetra para gatos? (melhor não dar a ideia...).
As casas de parto são uma das pouquíssimas opções que as mulheres têm para garantir um parto natural e humanizado. Seria lamentável se os médicos conseguissem se organizar para fechá-las."
ÂNGELA ALBUQUERQUE TEIXEIRA NETO , professora-adjunta da Universidade Federal do ABC (Santo André, SP)

Luz
"Em relação à reportagem "Meta do Luz para Todos em 2010 não deve ser atingida" (Brasil, 15/6), é necessário, além da discussão sobre o desafio de incluir 170 mil famílias nas regiões mais remotas do país, assegurar a continuidade do atendimento de quase 10 milhões de famílias já beneficiadas pelo programa Luz para Todos.
Isso porque o programa previu recursos apenas para a instalação das redes de distribuição de energia: não há recursos para cobrir os custos de manutenção e operação das novas instalações.
O governo federal precisa alinhar o discurso eleitoral às suas ações e dar sua contribuição para a viabilidade deste importante programa de inclusão social. Apesar de chamar para si os créditos políticos do Luz para Todos, Brasília não aporta um centavo sequer ao programa: 90% dos recursos vieram da conta de luz paga pelos consumidores, e os 10% restantes vieram dos governos estaduais."
CLAUDIO J. D. SALES , diretor-presidente do Instituto Acende Brasil (São Paulo, SP)

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