São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Supremo e PF
"Quando Salvatore Cacciola afirma confiar na Justiça brasileira, ele não está mentindo. Na história deste país a Justiça sempre foi digna da confiança dos Cacciolas de ocasião.
Resta ao povo brasileiro, entretanto, uma esperança: confiar que algum dia a Justiça brasileira faça injustiça com as próprias mãos."
ROBERTO VIEIRA (Camaragibe, PE)

 

"Acho que a Justiça tem os olhos vendados não por um desejo de ser imparcial, mas por vergonha de ver o que fazem seus agentes. Antes, nós, pobres mortais, nada sabíamos dos meritíssimos, pois viviam enclausurados sob a proteção de seus vetustos palácios e de suas vestes solenes. Agora que começam a aparecer em público, o que temos visto são pavões emproados, falantes e comprometidos com grupos ou pessoas pouco recomendáveis. A nós, povo, resta o consolo de não termos participado de sua escolha."
RUY MAGNANE MACHADO (BELO HORIZONTE, MG)

 

"Em resposta ao meu artigo "Há juízes em Brasília", ("Tendências/ Debates", 13/ 7), os procuradores Ana Lúcia Amaral e Sérgio Suyama lembraram um caso no qual o STF deixou de analisar determinada matéria porque as instâncias inferiores não a haviam analisado. Embora isso seja fato, não é menos verdadeiro que em muitos outros casos o STF tem superado as amarras de uma visão formalista do habeas corpus e privilegie a questão da liberdade. De acordo com o art. 654 do Código de Processo Penal, qualquer juiz, se verificar em um processo que alguém está ilegalmente preso, tem o dever de conceder habeas corpus de ofício, mesmo que tal questão não tenha sido submetida às instâncias inferiores. É preciso que fique claro que a decisão do ministro Gilmar Mendes foi proferida segundo a lei processual e em estrita observância da Constituição.
Não faz sentido postergar a soltura, impondo uma peregrinação jurídica por todas as instâncias, se a ilegalidade de uma prisão, desde já, por afrontar remansosa jurisprudência do STF, é nítida ao presidente da mais alta corte. Não é correto prender cidadãos com base em especulações sobre a "possibilidade" de fuga, sem apontar um único fato concreto provado nos autos de que o "suspeito" tenha tentado fugir."
ALBERTO ZACHARIAS TORON, secretário-geral adjunto do Conselho Federal da OAB (Brasília, DF)

 

"Apesar de foragido durante anos, o sr. Salvatore Cacciola, ao ser trazido para o Brasil, disse que confia na Justiça daqui. Claro. Ele pode confiar, assim como Daniel Dantas, Celso Pitta e Naji Nahas, não é? Um habeas corpus resolverá rapidamente o problema dele, que em breve poderá ficar livre, leve e solto por aí. Só não poderá tomar duas taças de vinho em comemoração e sair dirigindo, porque isso dá cadeia. Mas ele terá motorista, não?"
MOUZAR BENEDITO (São Paulo, SP)

 

"A interceptação da PF que comprova que os advogados de Daniel Dantas (17/7, pág. A8) manipularam para que o pedido de habeas corpus caísse no plantão do ministro Gilmar Mendes torna quase insustentável a continuidade do mesmo no comando da Suprema Corte. Essa suspeita já é motivo de sobra para que o próprio ministro se afaste do cargo até o término das investigações. Num Estado de Direito não é aconselhável que pairem dúvidas sobre a presidência da mais alta instância jurídica da nação."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

Quarta Frota
"A reportagem "Sob polêmica, EUA reativam sua Quarta Frota" (Folha, 13/7), diz que o comandante do Comando Sul dos EUA, almirante James Stavridis, "em depoimento no Congresso, nos dias 6 e 17 de março, havia defendido que um porta-aviões nuclear fosse incorporado ao comando naval reativado".
Quero declarar enfaticamente que o almirante Stavridis jamais fez tal afirmação -a reportagem está incorreta. Como várias autoridades norte-americanas, inclusive o almirante Stavridis, têm salientado repetidamente, a Quarta Frota não é, de forma alguma, um destacamento ofensivo e não terá embarcações próprias permanentes. A missão da frota inclui ações de ajuda humanitária, apoio a missões de paz, resposta a desastres naturais, combate ao tráfico de drogas e exercícios conjuntos com nossos amigos e parceiros na região."
CLIFFORD M. SOBEL, embaixador dos EUA no Brasil (Brasília, DF)

 

Resposta do jornalista Sérgio Dávila - A afirmação consta de três reportagens publicadas pelos serviços da Bloomberg, em abril, e da BBC, em julho. No sábado, falando à Folha, o almirante não a contestou. Declarou apenas que não tinha certeza de tê-la dito, como registrou a reportagem em questão.

Correios
"Como brasileira estou indignada com a greve dos carteiros dos Correios. Quanta gente está sendo prejudicada com contas que não chegam, correspondências que não são recebidas, remédios, encomendas e documentos não entregues. Enquanto isso, o ministro das Comunicações e a Justiça ficam calados.
Quem poderá nos ajudar? Chapolin colorado? Superman? Estou com meu passaporte preso nos correios há quase um mês e não sei quando vou recebê-lo, preciso viajar e não tenho o documento. O TST tem de resolver a questão urgentemente."
MARIA DA PIEDADE DE PAULA (São Paulo, SP)

Defensoria
"Surrealismo em estado puro: discutem-se pijama e algemas, e a população de quase todo o Estado de São Paulo não dispõe de defensor público, enquanto jovens, crianças e mulheres são mortos pela polícia e pelo sistema de saúde."
MONICA BAPTISTA CIARI (Ubatuba, SP)

"Excelente a notícia da não-renovação do convênio entre a Defensoria Pública e a OAB-SP na prestação de assistência judiciária à população pobre paulista. Tratava-se de convênio nefasto e altamente lesivo aos cofres públicos, sem falar na baixa qualidade prestada pelos advogados "dativos" à população, salvo honrosas exceções. São Paulo é o Estado mais rico e populoso da Federação, com 40 milhões de habitantes e não pode ter apenas 400 defensores. Além da alta qualidade e competência desses profissionais, seu custo é infinitamente inferior aos cofres públicos, se comparado aos milhões que eram mal gastos no convênio com a OAB-SP".
RENATO KHAIR, defensor público (São Paulo, SP)

Lei seca
"Mais do que uma promessa, a redução da violência, dos acidentes de trânsito e especialmente do número de vítimas da imprudência de motoristas alcoolizados já está comprovada nas estatísticas divulgadas desde a vigência da lei seca. Proibir motoristas de ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica antes de dirigir é um ato de amor à vida, que merece total apoio da classe médica e da sociedade."
JORGE CARLOS MACHADO CURI, presidente da Associação Paulista de Medicina (São Paulo, SP)

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