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São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Sarney e FHC
"Sobre nota no "Painel" (16/8, pág. A4), desejo comentar que não me considero, e não sou, desafeto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e jamais, a nenhum interlocutor, fiz nenhuma restrição sobre sua candidatura à ABL. Ali, com muito orgulho e há muito tempo, sou apenas um acadêmico igual a todos."
José Sarney, presidente do Senado (Brasília, DF)

Apoio ao esporte
"O Brasil acompanhou encantado o desempenho de seus atletas durante os Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo. É uma pena que esses mesmos atletas que brilharam em seus exóticos esportes irão simplesmente desaparecer, serão completamente esquecidos pelos jornais e pela televisão, que só irão se lembrar deles nas próximas Olimpíadas. Está mais do que na hora de a imprensa brasileira começar a cumprir o seu dever de nos manter informados sobre o desempenho de nossos brilhantes atletas durante o ano todo. Com certeza não faltará público interessado em acompanhar nossos atletas em sua infindável e gloriosa jornada."
Mário Barilá Filho (São Paulo, SP)

Verba para universidades
"Reportagem da Folha ("Repasse não cobre gasto de universidades", Cotidiano, 16/8, pág. C1) noticia que o repasse de ICMS nos três últimos meses às universidades públicas paulistas (USP, Unicamp e Unesp) não tem sido suficiente nem sequer para cobrir os gastos com a folha de pagamento. O ensino oferecido é gratuito, mas, mesmo assim, alunos exigem residência estudantil e refeições subsidiadas. Por outro lado, domésticas chegam a pagar R$ 15 mensais para matricular seus filhos em creches filantrópicas ou R$ 50 para vizinhas cuidarem deles. Brasil, país de contrastes."
Rodolpho Pereira Lima (Bauru, SP)

Vagas abertas
"O governo Lula encontrou uma solução mirabolante para o desemprego. Vai criar o "gabinete de crises". Levando-se em conta que crise é o que não falta no governo, poderemos chegar à conclusão de que os 10 milhões de empregos logo serão preenchidos e a promessa de campanha estará cumprida."
Maria Eloiza Rocha Saez (Curitiba, PR)

Novo título
"Quero manifestar meu completo apoio aos colegas professores paulistas, que pretendem expulsar da Apeoesp [sindicato dos professores] o deputado auto-intitulado "Professor Luizinho". Afinal, o magistério sempre primou por uma conduta pautada pela ética, não sendo admitida, entre os professores, uma prática dissociada de seu discurso. Assim, em respeito à ética, deve-se proibir o deputado de usar o rótulo de "professor", passando ele a chamar-se, por exemplo, "Deputado Luizinho" ou, simplesmente, "Político Luizinho"."
Ronaldo Pinheiro (Curitiba, PR)

Tensão social
"O povo está cada vez mais assustado com invasões, roubos e assassinatos, cometidos tanto pelos bandidos comuns como pelos bandidos "oficiais", os "movimentos sociais". O governo nada faz nem pretende fazer. É absurdo esse silêncio. E ainda vem o MST prometer mais arruaça e destruição."
José Ribeiro Filho (São Paulo, SP)

Desafios do governo
"Os textos dos deputados Lindberg Farias e Ivan Valente ("Tendências/Debates", 16/8, pág. A3), ambos do PT, ilustram muito bem os desafios do governo Lula no sentido de encontrar fórmulas que contemplem as imposições da conjuntura internacional e as demandas sociais. O momento requer equilíbrio. Não devemos perder as esperanças."
Dirceu Brás Aparecido Barbano (São Carlos, SP)

"Com relação ao artigo publicado em "Tendências/Debates" ("Reforma para que e para quem", pág. A3, 16/8), pergunto ao deputado Ivan Valente (PT-SP) se não estaria um pouco atrasada a publicação de suas considerações sobre a reforma da Previdência. Não deveria ter aparecido antes nos jornais a justificativa de seu posicionamento com relação à proposta do Poder Executivo?"
Rachel Meneguello (Campinas, SP)

Falta de quórum
"Não dá para imaginar como a Câmara não consiga quórum de no mínimo 51 deputados para abrir a sessão ordinária do segundo turno da reforma previdenciária. Os senhores deputados "gazeteiros" não se sentem envergonhados de tal atitude?"
Oswaldo dos Santos (São Paulo, SP)

Reforma tributária
"Quase 100% dos brasileiros entendem que a carga tributária no Brasil é alta. Comparam com Suécia, Alemanha, Suíça, Canadá, EUA e Espanha, que têm carga média de 35% do PIB, igual a nossa. O que ninguém compara é a desigualdade social. Tomando a renda dos 10% mais ricos e a dos 10% mais pobres, a relação média naqueles países é 9. No Brasil, essa relação é de absurdos 66. Além do mais, no Brasil a carga tributária é muito regressiva: quem ganha até dois salários mínimos tem uma carga de 28%. Quem recebe 30 salários ou mais tem carga de 18%. Assim, para que o país possa ser de todos, a carga tributária aqui deveria: a) aumentar para que o Estado pudesse proporcionar melhor saúde, educação etc, fazendo o que o setor privado não faz por falta de demanda efetiva; b) ser transformada de regressiva para progressiva, tributando realmente quem pode pagar e aliviando os mais pobres."
José Pascoal Vaz (Santos, SP)

Apagão psicológico
"O blecaute em Nova York lembrou o 11 de Setembro. Para o Canadá, foi a força da natureza, um raio. Uma psicose coletiva tomou conta dos americanos, com a força aérea sobrevoando a ilha de Manhattan para barrar o terror invisível, que depois se mostrou inexistente. O terror psicológico coletivo nos Estados Unidos é resultado da política implementada pelo presidente Bush. É o preço que a sociedade paga pela política daqueles que acham que tudo pode se resolver por meio da guerra e da força, sem respeitar organismos internacionais. O apagão mostrou que a política antiterror tem efeito bumerangue. Não é essa a paz que busca a humanidade."
Emanuel Cancella (Rio de Janeiro, RJ)

Espetáculo e realidade
"Arnold Schwarzenegger não representa propriamente um perigo para os Estados Unidos e as outras nações, já que ele é apenas um esforçado ator que agora se viu no direito de mudar de ramo, talvez por acreditar que possa fazer algo de útil ao ocupar um cargo político. O perigo maior é essa fronteira cada vez mais frágil que se encontra entre o entretenimento e a realidade. O perigo maior não é o discurso simplista e reducionista do ator, e sim a forma como os marqueteiros explorarão ao máximo a total falta de instrução política dos americanos para fisgar votos e levar o astro ao cargo maior da Califórnia."
Mateus Beleza Rocha (Belo Horizonte, MG)

Trânsito perigoso
"É revoltante. Todos os dias acontecem acidentes com vans e motos, e há dezenas de feridos graves e mortos. Por quê? Por descaso de todos os governos, que não estão nem aí para vidas. Só se preocupam com multas e arrecadação. Os motociclistas fazem barbaridades, e nada acontece. Acham que têm direito a tudo: fecham, quebram espelhos, chutam. Precisamos urgentemente de leis severas."
Roberto Moreira da Silva (Cotia,SP)

Uso de armas
"Gostaria de manifestar meu espanto ao ler carta de Luiz Carlos da Cunha Carneiro ("Painel do Leitor", 16/8, pág. A3) sugerindo suposta tendência deste jornal em favor do projeto de proibição de comercialização de armas. Incrível ver a aceitação dos desmandos da raça humana, que insiste em se autodestruir. É de se lastimar que, mesmo com toda a evolução, assim caminhe a humanidade."
Charles Berbare (Ribeirão Preto, São Paulo)



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