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Vale
"Escrevo para registrar meu posicionamento quanto à reportagem
"Após pressão, Lula e Agnelli selam
acordo" (Dinheiro, 16/8).
Sempre relutei em responder publicamente a disputas e divergências, sobretudo quando o assunto
diz respeito ao presidente da República, a quem admiro, prezo, respeito e ao qual me subordino como cidadão brasileiro. A expressão "Tiro
de advertência" causou-me repulsa,
indignação e perplexidade.
Não sei quem a enunciou, mas
não o fez no sentido construtivo.
Tal frase só faz sentido quando
aplicada a bandidos, que não respeitam a lei nem a ética. Aqui na
Vale atuamos com observância à lei
e aos princípios da ética e não temos do que ser advertidos.
Na Vale, os benefícios gerados
são partilhados com toda a sociedade, 62 mil empregados (46 mil no
Brasil), acionistas, entre eles milhares de pequenos investidores do
FGTS e milhões de associados de
fundos de pensão.
A Vale é a empresa privada que
mais investe no Brasil. Desenvolvemos projetos estruturantes. Dependemos exclusivamente de nossos recursos, temos sólida posição
financeira para continuar a crescer.
Essa situação foi conquistada por
termos acionistas que trabalham
para a construção de um projeto:
ser a maior e melhor mineradora
do planeta, com benefícios para o
Brasil.
Temos trabalhado para trazer
benefícios para as regiões onde
atuamos, por sermos uma empresa
global. Este tem sido nosso dever
-trabalhar para o bem comum e
dos acionistas, gerando crescimento da empresa e do país. Contamos
com trabalhadores dedicados, competentes e sérios. Esta é a direção
de nossa administração, cujos passos são de total transparência e
acompanhados com rigor pelos
acionistas.
Ninguém pode nos diminuir, dados a relevância do trabalho e o
quanto, dos conselheiros a todos
nós, empregados, temos feito de
positivo para o Brasil. Temos muito
a nos orgulhar e a melhorar, todos
nós sabemos disso. Meu nome é
Roger Agnelli, da Vale, brasileiro, e
com muito orgulho."
ROGER AGNELLI, presidente da Vale
(Rio de Janeiro, RJ)
2010
"Sobre o governador José Serra
ter dito que "paulistas não sabem fazer política", porque ele foi eleito
presidente da UNE com os votos da
Bahia, acho que ele está coberto de
razão. Basta ver quem está liderando as pesquisas eleitorais para a
Presidência em 2010 no Estado de
São Paulo."
LUIZ OTÁVIO NEGRÃO PAZZINI (Araçatuba, SP)
Segurança
"É preciso que se faça uma criteriosa e justa reflexão sobre o que
disse o chefe da Polícia Civil do Rio
de Janeiro em seu sensato e objetivo artigo "Quando todos vão à guerra" ("Tendências/Debates", 10/8).
Nossos governantes precisam saber que jamais se obterá uma segurança pública de qualidade se o foco
for economizar em recursos materiais e humanos.
Os policiais necessitam, por todos os motivos, ser bem remunerados e bem equipados para poderem
fazer frente à ousadia dos criminosos de todos os matizes".
JARIM LOPES ROSEIRA, presidente da Seção São
Paulo da International Police Association
(São Paulo, SP)
Marina
"Até agora, nenhum comentário
sobre a provável candidatura da senadora Marina Silva havia sido
mais esclarecedor que o editorial da
Folha de domingo ("Jogo incerto",
Opinião).
De sua leitura só se pode deduzir
que a senadora Katia Abreu também precisa se candidatar pelo
DEM.
O que certamente estimulará o
PMDB a encerrar o seu jogo duplo e
a ter candidatura própria.
Afinal, quando os constituintes
optaram por um processo em dois
turnos, queriam justamente evitar
que houvesse esse tipo de manipulação dos eleitores que o PT está
tramando.
E pior, com uma candidata artificial, como se após o fenômeno Lula
o Brasil precisasse mais de dura
gerência que de semelhante estadista."
JOSÉ ELI DA VEIGA, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (São Paulo, SP)
Educação e violência
""Se a situação não mudar, devem
ser assassinados 33.504 jovens de
12 a 18 anos, entre 2006 e 2012, nas
267 cidades brasileiras analisadas.
O que dá uma morte a cada duas horas, em média". ("Uma geração na
mira", Folhateen, ontem).
Aí está "A vantagem acadêmica de
Cuba". Martin Carnoy, o autor desse livro que culpa o professor pelo
mau desempenho do aluno brasileiro, imaginou o que é ensinar matemática para esses "estudantes"?"
ANA MARIA BEGHETTO PACHECO (Curitiba, PR)
Senado
"Interessante e desanimadora a
posição do senador Almeida Lima
(PMDB-SE), que disse que seria um
absurdo se a pesquisa na qual 74%
da população quer a saída de Sarney
influenciasse alguma coisa na decisão dos parlamentares.
Ele afirma
que "o voto é pessoal, não tem nada
a ver com a opinião pública. Quando o povo elege seu representante,
transfere para ele a decisão".
Por acaso ele não é obrigado a
prestar contas de seus atos para os
que o elegeram?"
MÁRCIO FALABELLO (São paulo, SP)
Brasil e Vaticano
"Se a Concordata é só um documento diplomático que nada acrescentará aos privilégios já detidos
pela Igreja Católica (que já tem a
sua "logomarca" exposta nos prédios
públicos), não entendo por que firmá-la. Se, ao contrário, o acordo engorda o acervo de direitos da igreja
do Vaticano no Brasil, é constitucionalmente vedado firmá-lo."
ELZA GALDINO, advogada (Florianópolis, SC)
Constituição
"O texto "É preciso "enxugar" a
Constituição" ("Tendências/Debates", ontem), de dois parlamentares
da Câmara, merece contraponto.
Ao contrário do que afirmam
seus autores, passados 20 anos da
promulgação da Carta Republicana
de 1988, muitas garantias sociais ali
consagradas nem sequer foram efetivadas -não pela suposta ineficácia das normas constitucionais,
mas por pura omissão dos Poderes
constituídos.
A fantasia dos autores é tamanha
que logo na introdução (quarto parágrafo) o leitor é conduzido a pensar que se está tratando de um país
de Primeiro Mundo, que já superou
seus problemas mais elementares
com saúde, educação, moradia e saneamento básico.
Era só o que faltava."
HUGO FREDERICO VIEIRA NEVES (Florianópolis, SC)
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