São Paulo, terça-feira, 18 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Vale
"Escrevo para registrar meu posicionamento quanto à reportagem "Após pressão, Lula e Agnelli selam acordo" (Dinheiro, 16/8). Sempre relutei em responder publicamente a disputas e divergências, sobretudo quando o assunto diz respeito ao presidente da República, a quem admiro, prezo, respeito e ao qual me subordino como cidadão brasileiro. A expressão "Tiro de advertência" causou-me repulsa, indignação e perplexidade.
Não sei quem a enunciou, mas não o fez no sentido construtivo. Tal frase só faz sentido quando aplicada a bandidos, que não respeitam a lei nem a ética. Aqui na Vale atuamos com observância à lei e aos princípios da ética e não temos do que ser advertidos.
Na Vale, os benefícios gerados são partilhados com toda a sociedade, 62 mil empregados (46 mil no Brasil), acionistas, entre eles milhares de pequenos investidores do FGTS e milhões de associados de fundos de pensão.
A Vale é a empresa privada que mais investe no Brasil. Desenvolvemos projetos estruturantes. Dependemos exclusivamente de nossos recursos, temos sólida posição financeira para continuar a crescer. Essa situação foi conquistada por termos acionistas que trabalham para a construção de um projeto: ser a maior e melhor mineradora do planeta, com benefícios para o Brasil.
Temos trabalhado para trazer benefícios para as regiões onde atuamos, por sermos uma empresa global. Este tem sido nosso dever -trabalhar para o bem comum e dos acionistas, gerando crescimento da empresa e do país. Contamos com trabalhadores dedicados, competentes e sérios. Esta é a direção de nossa administração, cujos passos são de total transparência e acompanhados com rigor pelos acionistas.
Ninguém pode nos diminuir, dados a relevância do trabalho e o quanto, dos conselheiros a todos nós, empregados, temos feito de positivo para o Brasil. Temos muito a nos orgulhar e a melhorar, todos nós sabemos disso. Meu nome é Roger Agnelli, da Vale, brasileiro, e com muito orgulho."
ROGER AGNELLI, presidente da Vale (Rio de Janeiro, RJ)

2010
"Sobre o governador José Serra ter dito que "paulistas não sabem fazer política", porque ele foi eleito presidente da UNE com os votos da Bahia, acho que ele está coberto de razão. Basta ver quem está liderando as pesquisas eleitorais para a Presidência em 2010 no Estado de São Paulo."
LUIZ OTÁVIO NEGRÃO PAZZINI (Araçatuba, SP)

Segurança
"É preciso que se faça uma criteriosa e justa reflexão sobre o que disse o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro em seu sensato e objetivo artigo "Quando todos vão à guerra" ("Tendências/Debates", 10/8). Nossos governantes precisam saber que jamais se obterá uma segurança pública de qualidade se o foco for economizar em recursos materiais e humanos. Os policiais necessitam, por todos os motivos, ser bem remunerados e bem equipados para poderem fazer frente à ousadia dos criminosos de todos os matizes".
JARIM LOPES ROSEIRA, presidente da Seção São Paulo da International Police Association (São Paulo, SP)

Marina
"Até agora, nenhum comentário sobre a provável candidatura da senadora Marina Silva havia sido mais esclarecedor que o editorial da Folha de domingo ("Jogo incerto", Opinião).
De sua leitura só se pode deduzir que a senadora Katia Abreu também precisa se candidatar pelo DEM.
O que certamente estimulará o PMDB a encerrar o seu jogo duplo e a ter candidatura própria. Afinal, quando os constituintes optaram por um processo em dois turnos, queriam justamente evitar que houvesse esse tipo de manipulação dos eleitores que o PT está tramando.
E pior, com uma candidata artificial, como se após o fenômeno Lula o Brasil precisasse mais de dura gerência que de semelhante estadista."
JOSÉ ELI DA VEIGA, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (São Paulo, SP)

Educação e violência
""Se a situação não mudar, devem ser assassinados 33.504 jovens de 12 a 18 anos, entre 2006 e 2012, nas 267 cidades brasileiras analisadas. O que dá uma morte a cada duas horas, em média". ("Uma geração na mira", Folhateen, ontem).
Aí está "A vantagem acadêmica de Cuba". Martin Carnoy, o autor desse livro que culpa o professor pelo mau desempenho do aluno brasileiro, imaginou o que é ensinar matemática para esses "estudantes"?"
ANA MARIA BEGHETTO PACHECO (Curitiba, PR)

Senado
"Interessante e desanimadora a posição do senador Almeida Lima (PMDB-SE), que disse que seria um absurdo se a pesquisa na qual 74% da população quer a saída de Sarney influenciasse alguma coisa na decisão dos parlamentares.
Ele afirma que "o voto é pessoal, não tem nada a ver com a opinião pública. Quando o povo elege seu representante, transfere para ele a decisão". Por acaso ele não é obrigado a prestar contas de seus atos para os que o elegeram?"
MÁRCIO FALABELLO (São paulo, SP)

Brasil e Vaticano
"Se a Concordata é só um documento diplomático que nada acrescentará aos privilégios já detidos pela Igreja Católica (que já tem a sua "logomarca" exposta nos prédios públicos), não entendo por que firmá-la. Se, ao contrário, o acordo engorda o acervo de direitos da igreja do Vaticano no Brasil, é constitucionalmente vedado firmá-lo."
ELZA GALDINO, advogada (Florianópolis, SC)

Constituição
"O texto "É preciso "enxugar" a Constituição" ("Tendências/Debates", ontem), de dois parlamentares da Câmara, merece contraponto.
Ao contrário do que afirmam seus autores, passados 20 anos da promulgação da Carta Republicana de 1988, muitas garantias sociais ali consagradas nem sequer foram efetivadas -não pela suposta ineficácia das normas constitucionais, mas por pura omissão dos Poderes constituídos.
A fantasia dos autores é tamanha que logo na introdução (quarto parágrafo) o leitor é conduzido a pensar que se está tratando de um país de Primeiro Mundo, que já superou seus problemas mais elementares com saúde, educação, moradia e saneamento básico. Era só o que faltava."
HUGO FREDERICO VIEIRA NEVES (Florianópolis, SC)

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