São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Rio
"O ataque dos traficantes a um helicóptero da Polícia Militar no Morro dos Macacos, no Rio, provocando a morte de dois policiais, é uma demonstração de que o crime organizado na Cidade Maravilhosa está muito melhor organizado do que o governo do Estado do Rio de Janeiro. Na sequência desse acontecimento, os traficantes ainda queimaram ônibus para impedir o avanço de reforço policial à região do conflito. Como podem ser classificados os governos estadual e federal que visivelmente estão sendo superados pela bandidagem?"
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

USP
"Bastante oportuna a discussão sobre o processo de consulta à comunidade universitária para a escolha de reitor em universidades públicas, particularmente na USP (Tendências/Debates, ontem).
Por mais falho que seja, o simples ato de votar em dirigentes de uma instituição alivia a tensão interna e faz todos serem mais participativos no processo, assumindo também responsabilidades, a começar pela escolha do padrão administrativo que se implementa com a eleição. A USP não possui plena autonomia administrativa, que está hoje nas mãos de inepta assessoria jurídica, como já admitiram alguns dos candidatos a reitor. Além disso, a universidade não consegue gastar seu orçamento e institui prêmios de bonificação a todos os servidores para aliviar a sobra de caixa."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

"Como estudante da USP, acredito que o atual sistema de eleição para a reitoria da universidade deva ser melhorado. No entanto, não acho que o caminho para o aperfeiçoamento seja via eleição direta e paritária. Não podemos cair na sedutora ideia de que todos os membros da comunidade uspiana devam ter o mesmo poder de decisão. A conta é simples: um aluno de graduação, que permanece quatro anos na instituição, dedicando-se em média quatro horas do seu dia à atividade acadêmica, não deve ter a mesma a influência de um professor titular que se dedica integralmente e por décadas à universidade, após ter sido aprovado em um dificílimo processo de seleção."
JONAS COSTA BATISTA (São Paulo, SP)

Direita e esquerda
"O artigo de Fernando de Barros e Silva ("Onde está a direita?", Opinião, 16/10) chega a ser até engraçado. Não entendi sua dúvida, creio que ele esteja só ironizando. Afinal, não existe assunto mais fora de moda do que essa divisão de esquerda e direita, e a resposta para a questão está no palanque do Lula.
O próprio Lula demonstra ter esquecido essas divisões a subir ao palanque com Sarney, Collor e outros. Esse discurso atrasado, que muitos ainda insistem em fazer, Lula, inteligentemente, sabe agora que são apenas bravatas de palanque!"
THEREZA DE JESUS LIMA E OLIVEIRA (São José dos Campos, SP)

Suplicy
"Certamente o senador Suplicy foi eleito para representar seriamente o Estado de São Paulo e não para fazer parte, de maneira ridícula e desrespeitosa, de um programa humorístico, que parece ter por finalidade degradar as pessoas que entrevista. Cuidado, senador, para não se transformar de político respeitado e popular em inconsequente político folclórico. A mais alta Câmara do país -que um dia já foi constituída por homens idôneos, ilustres, mas que ultimamente está envolta nos mais diversos escândalos- parece agora ter se transformado em um verdadeiro circo."
ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)

"A fotografia (coluna Mônica Bergamo, Ilustrada, ontem) do senador Suplicy de cueca vermelha nas dependências do Congresso Nacional nos deixa perplexos. Nunca antes neste país se viu tanta vulgaridade dos nossos representantes. Ou o eleitor dá o troco nas próximas eleições ou continua a desmoralização das instituições!"
JOÃO ANTONIO LEITE (Florianópolis, SC)

OS na saúde
"Tarso Cabral Violin está errado em sua contestação ao artigo de Raul Cutait (Painel do Leitor, 16/ 10). Sua visão é a típica do burocrata que não tem ideia de como a vida funciona. Dentro da assistência médica, como se presta hoje, depender de licitações e concursos é engessar o setor. Tarso não sabe, mas governadores contrários ao liberalismo econômico contratam cooperativas de profissionais de saúde para se livrar da praga que é a estabilidade do servidor concursado. Prefeituras contratam funcionários em regime de CLT para fugir das pressões dos sindicatos. A posição estatista desse leitor é a mesma de quem quis colocar na Constituição que "a saúde é direito de todos e dever do Estado". Nunca funcionou e não corre o risco de funcionar."
CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES , médico (Curitiba, PR)

Fome
"O artigo "A segurança alimentar e a fome" (Tendências/Debates, 16/10), de Hillary Clinton, destacou como um dos princípios a serem colocados em prática a proteção de pequenos agricultores, por meio da adoção de programas de compartilhamento de riscos. É importantíssimo amparar pessoas que, muitas vezes deixam de comer para plantar e colher o seu sustento. Trata-se de um verdadeiro desafio diante das intempéries naturais e mudanças econômicas globais. Garantir a segurança alimentar do pequeno produtor é investir em motivação, qualidade de vida e equidade social."
SILVANIA MARIA SCHUMAHER (São Paulo, SP)

Maus tratos na cadeia
"As cadeias superlotadas são uma vergonha para nosso país. Quem trata seres humanos pior do que animais irracionais equipara-se também a bicho. A lei de execuções penais tem de ser cumprida: seu desiderato é ressocializar o delinquente, trazendo-o de volta ao convívio social. A privação da liberdade é, por si só, uma pena bastante pesada. Não se pode aditar a ela esses maus tratos, tão copiosamente denunciados pela imprensa."
EDSON LUIZ SAMPEL (São Paulo, SP)

Tumultos em SP
"Na última sexta, a nata estudantil paulistana promoveu uma festa para marcar época, a Peruada. Os estudantes precisaram de espaço, mas não de qualquer espaço: utilizaram o centro de São Paulo, onde todos trafegam e se complicam. O evento começou cedo e, no final da tarde, já tinha afastado do largo do Paissandu todas as linhas de ônibus que servem ao baixo clero. Uma quantidade descomunal de policiais acompanhou a garotada para que ninguém a perturbasse enquanto se divertia.
Em Heliópolis, semanas atrás, após a morte de uma garota, manifestantes tentaram fechar as vias para protestar por causa do homicídio e foram tratados como anarquistas. Enfim, enquanto o andar de cima se diverte com seus tumultos, a choldra tem que se virar."
MARCOS ANTONIO DE LUCENA (São Paulo, SP)

Esporte
""O barato não é vencer, o barato é jogar", escreveu José Geraldo Couto ("Que venham os melhores", Esporte, ontem). A frase resgata o lema que o barão de Coubertin cunhou como ideal olímpico: "O importante é competir". Em uma época em que muitos pais procuram incutir na alma de seus filhos a ideia de que o mundo se divide entre "winners" e "loosers", é alentador constatar que ainda há quem acredite que o que conta não é a ganância da vitória a qualquer preço. Afinal, se nem sempre se consegue vencer, sempre é possível brincar."
ANTONIO CARLOS AUGUSTO (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Hugo de Zela: Canhões ou manteiga

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.