São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Fim da festa
"O clima de comemorações já passou e ainda estão fazendo festa; é preciso acordar o nosso novo presidente, pois sonho tem limites, e mais ainda comemorações. Chegou a hora de trabalhar e montar a equipe que vai auxiliar na dura frente de trabalho que deve estar apta para cumprir as promessas feitas em campanha, as quais sabemos que são quase impossíveis, se não utópicas. Como a sorte está lançada, o momento nos pede muita resignação e que façamos orações para que haja muita paz e harmonia entre todos os membros da equipe de governo, desembaraçando todos os nós que surgirem."
Rubens Caldari (Piracicaba, SP)

"Repararam como Lula está parecendo aqueles vencedores de "reality shows'? São sorrisos e beijinhos o dia todo; é um deslumbramento total. Esperemos que, após o nosso novo presidente assumir, ele não continue com "sorrisinhos" e ponha mãos à obra para resolver os problemas que, durante os seus anos de oposição, eram "fáceis" de resolver. Boa sorte, presidente; mas, que não será fácil contrariar interesses de banqueiros, empresários e toda a elite que comanda esse país, não será mesmo."
Fábio S. Moura (São Paulo, SP)

Posse
"FHC esquece que "mexeu" profundamente no mandato de presidente ao fazer o Congresso aprovar a reeleição. Não me consta que tenha havido um consulta popular para isso. Só agora ele lembra a vontade do povo, achando algo muito sério trocar a data da posse do novo presidente. Que ridículo."
Nássaro Nasser (Natal, RN)

Bichos
"Não me lembro de ter visto neste jornal uma foto tão repulsiva como a da Primeira Página da edição de 15/11, em que Lula aparece abraçando o senhor Itamar. Antes de tomar posse, Lula já mostra o que muitos sabiam: tudo era discurso. Sugiro aos eleitores dele que comecem a ler o livro "A Revolução dos Bichos", de George Orwell. Será mais fácil entender tudo o que está por vir, sem muito sofrimento."
Therezinha de Lima e Oliveira
(São José dos Campos, SP)

Sabedoria
"Por que tantas pessoas (direita conservadora e esquerda radical) julgam que a sabedoria está em atitudes rígidas e inflexíveis? E em mentes impenetráveis e irredutíveis? É muito mais sábio estar certo do que ser sempre coerente. Quando falam das "incoerências petistas" ou do "PT light", seria interessante também falarem sobre se eles estão certos ou se estão errados. Na minha opinião, Lula e "parte" do PT estão dando um show de sabedoria."
Tiago César Carvalho da Silva
(Florianópolis, SC)

Salários
"Embora seja descabido o reajuste pleiteado por deputados, discordo da opinião do sr. Mário Simmio ("Painel do Leitor", pág. A3, 16/11), de que os políticos "deveriam ter seu próprio meio de vida e algum tempo disponível". Quantas pessoas se encaixariam nesse figurino? A que categoria social pertenceriam? Teríamos um Parlamento com ainda menos "cara de Brasil". Os trabalhadores estariam definitivamente excluídos do quadro político, no qual só teriam lugar os que fossem ricos e desocupados. A vida pública não teria conhecido Jânio, Tancredo, Ulysses, Covas, Alckmin, Serra, Lula, Erundina, Benedita da Silva, Genoino e muitos outros."
José Arnaldo Favaretto
(Ribeirão Preto, SP)

Contas
"A Folha cometeu grave erro de informação em matéria publicada no dia 14/ 11 em seu caderno Ilustrada, na página E5, sob o título "Tribunal pede explicações à secretaria", ao omitir de seus leitores que as contas da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo referentes ao ano de 1999 foram aprovadas e consideradas regulares pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o que aconteceu em sessão ordinária da Segunda Câmara do TCE, realizada em 5/11/02. Conforme publica o "Diário Oficial" do Estado do dia 13/11, a ata desse julgamento explicita o voto dos conselheiros Antônio Roque Citadini, presidente em exercício e relator, e Renato Martins Costa, bem como do substituto do conselheiro Carlos Alberto de Campo, que, em vista do exposto no voto do relator, juntado aos autos, decidem julgar regulares as contas da Secretaria de Estado da Cultura, exercício de 1999. Aprovação que corrobora a posição da Secretaria da Cultura no episódio citado pela reportagem, bem como as informações por esta oferecidas a este jornal na ocasião. Ao procurar pela Secretaria de Estado da Cultura, no dia 13/11, o jornalista da Folha recebeu essa informação do chefe de Gabinete, sr. Antônio Denardi, que repetiu, por diversas vezes, que as contas haviam sido julgadas regulares e aprovadas e até informou o dia, a hora e a sala em que foi realizada a sessão que as aprovou. O que pode ter levado à omissão desse dado essencial pelo repórter, pelo jornal, que passaram a seus leitores uma notícia pela metade? Causa-nos estranheza que um jornal como a Folha, deliberadamente, deixe de lado informações importantes, seja por negligência profissional, seja por falta de tempo ou espaço, trazendo prejuízos às pessoas citadas na matéria e aos seus leitores."
Marcos Mendonça, secretário de Estado da Cultura de São Paulo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - O secretário tem razão ao afirmar que as contas de 99 foram aprovadas, conforme publicado no "Diário Oficial". Mas omite a informação de que foram aprovadas com ressalva, ou seja, com a exceção dos processos em trâmite, como se pode ler no mesmo texto. Assim, como informou a reportagem, o TCE ainda aguarda explicações da secretaria que justifiquem os pagamentos feitos com verbas emergenciais.

Crime em São Paulo
"Talvez eu seja sentimentalóide e desconheça a linha tênue que separa o perdão da conivência. Talvez o meu sentimento de mãe seja ainda da velha "mama" italiana, de amar, proteger, cuidar e educar. É provável que seja uma das últimas que ainda exigem de seus filhos carinho, respeito, disciplina e limites. Choca-me, profundamente, a morte do casal Von Richthofen, porque acredito que Marísia era um pouco mãe como sou, com erros e acertos. Choca-me a sua morte, mesmo que indireta, pela própria filha. Surpreende-me que o jovem Andreas perdoe Suzane de um fato tão recente e doloroso e se ponha a chorar abraçado e confortado pelo assassino confesso de seus pais. São incompreensíveis os laços afetivos complicados e inusitados dessa trama. Creio que meus valores familiares estejam ultrapassados."
Ângela Luiza S. Bonacci
(Pindamonhangaba, SP)

Cigarro
"Apenas para colaborar com a sanha moralizadora que periodicamente assola um país essencialmente amoral como o nosso, quero apontar alguns desdobramentos relativos à iminente proibição de fumar ao volante de veículos automotores. Assim, enumero alguns fatores básicos que também distraem os motoristas: o câmbio, o acompanhante no banco do passageiro, a incidência do sol rasteiro nos finais de tarde, a constante prospecção de radares e policiais escondidos, o painel de controle do veículo, os espelhos retrovisores, placas de sinalização de difícil acesso visual, noticiários radiofônicos com alguma notícia interessante etc. Nossos sagazes legisladores deveriam atentar para esses problemas e tornar as leis sobre o assunto cada vez mais abrangentes e perfeitas. Porque o trânsito seria ótimo se não existissem veículos, assim como qualquer governo seria perfeito se não houvesse o povo para atrapalhar."
Minas Kuyumjian Neto (Carapicuiba, SP)



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