São Paulo, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Israel x palestinos
"Continuo achando que nada justifica o que os dirigentes de Israel estiveram promovendo em Gaza. E, como parte de um pacto secreto, às vésperas da posse de Barack Obama, suspendem as ações que vêm sendo denunciadas como crimes de guerra. Bush merecerá o legado. Israel terá avançado extraordinariamente no plano estratégico e político interno, reposicionando-se para discutir a "paz" e deixar seus dirigentes e Obama bonitos na foto. Felizmente para todo o mundo e, em particular, para os judeus, os EUA não apoiaram os nazistas, possibilitando assim o fim das atrocidades na Segunda Guerra Mundial."
ANTONIO BARRETTO DOS SANTOS (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Com relação ao conflito Israel x palestinos, podemos classificar as pessoas em dois tipos básicos. Tipo 1: aqueles que ficam indignados com o massacre de crianças. Tipo 2: aqueles que não ficam indignados com o massacre de crianças, tentam justificar o massacre e ficam indignados com as pessoas do tipo 1."
PAULO ROBERTO RODRIGUES DIAS (São Paulo, SP)

 

"Em resposta à pergunta de Fabrizio Wrolli ("Painel do Leitor", 18/1), acredito que não exista sistema de proteção efetivo contra Qassams disparados a tão curta distância (Sderot está a pouco mais de 1 km da fronteira com Gaza). Os cidadãos de Sderot e outras cidades de Israel encontraram solução provisória: abrigos subterrâneos. Mas você aceitaria passar grande parte da vida correndo para abrigos?
A resposta de Israel aos ataques do Hamas conta com apoio total da população de Israel por ser uma guerra de legítima defesa, e deveria contar com o apoio do mundo todo. Jogar foguetes sobre a população civil israelense durante anos pode, mas Israel se defender não pode?"
JAIME FREJLICH (Campinas, SP)

 

"Desde o início da ofensiva militar de Israel em Gaza, repórteres de todo o mundo se concentraram na região próxima da faixa de Gaza. Tiveram oportunidade de ver as concentrações de tropas israelenses perto da fronteira e em vilarejos que eram alvos dos ataques do Hamas. Mas esses repórteres deixaram de notar um fato óbvio e revelador: os foguetes, que poderiam ter sido dirigidos às concentrações de tropas e de material bélico israelense, continuaram atacando apenas alvos civis. Não se leu na mídia nenhum comentário a respeito dessa preferência do Hamas. Uma lacuna das mais estranhas."
DAVID WAISMAN (Brasília, DF)

A crise
"Compreendo que, para um produto como a Folha, impresso em papel importado e dependente de anunciantes, a crise seja tema diário importantíssimo. Creio, porém, que a preocupação interna vem extrapolando no noticiário. Seguem dois exemplos, entre muitos.
Na abertura do Rali Dacar, a crise não passou nem perto. Mesmo assim, estava no título do caderno Esportes em 3/1: "Imune à crise, Rali Dacar estreia na América do Sul".
Ontem, na abertura da São Paulo Fashion Week, de novo, nem sinal de crise. Mas a Ilustrada não titubeou, e a não-notícia voltou ao título: "É a crise. Sorria".
Se, contrariando os princípios do bom jornalismo, a crise é o ator principal de eventos esportivos e culturais mesmo quando ela não deu as caras, que manchetes esperar? Talvez algo como "Copa São Paulo tem recorde de gols apesar da crise" ou "Alheia à crise, Flora atira em Donatela em "A Favorita"."
LUÍS CLAUDIO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Caso Battisti
"Enquanto o Brasil deveria buscar, incessantemente, pôr fim aos seus não poucos bandidos, o governo Lula, lamentavelmente, decide abrigar, em terras canarinhas, o terrorista Cesare Battisti, julgado e condenado na Itália. A atitude do governo federal é lamentável e envergonha os brasileiros."
FERNANDO VAILANT SÁ PRADO CARREIRO (Colatina, ES)

 

"Segundo a mídia, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou uma carta a Lula na qual se queixa da decisão do Ministério da Justiça do Brasil de conceder o status de refugiado político a Cesare Battisti. Além da indignação com uma mídia supostamente brasileira, mas que está sempre do lado dos países ricos, contra o Brasil e outros países pobres, indignação maior sinto em relação ao Estado italiano.
A Itália abrigou o banqueiro criminoso Salvatore Cacciola por cerca de uma década, negando todos os pedidos de extradição e de prisão feitos pelo Brasil, e agora quer que façamos por ela o que nunca fez por nós. É muito descaramento."
EDUARDO GUIMARÃES (São Paulo, SP)

Re-reeleição
"Muito se tem especulado sobre a possibilidade de o presidente Lula se reeleger para um terceiro mandato. Considero isso não só possível como altamente provável, considerando sua aprovação nas pesquisas e a facilidade de reformular a legislação. Inteligentemente, ele lançou Dilma Rousseff como "cortina de fumaça" para não se desgastar com a oposição. Estaria se preparando para reeditar, em 9 de janeiro de 2010, o Dia do Fico, de dom Pedro 1º, em 1822: "Se é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, estou pronto! Digam ao povo que fico"."
JOSÉ DE MATTOS SOUZA (Brasília, DF)

Caça
"Gostaria de lembrar aos que escreveram cartas enfurecidas em referência ao artigo "Em defesa da caça" ("Tendências/Debates", 15/1) que uma das primeiras pessoas, se não a primeira, a usar a expressão ecologia, tão citada pelos defensores da natureza, foi o ilustre Tom Jobim, que era autêntico caçador. A caça, assim como a pesca, é parte da cultura brasileira. Meu pai foi caçador, hoje chora ao ver o cerrado em que antes caçava destruído pelas plantações de cana-de-açúcar.
Quem mata mais? Os heróis do presidente Lula, que derrubam toda árvore existente em sua fazenda para plantar nossa fonte de energia limpa, ou o assassino de animaizinhos que mata só para comer e protege o lugar em que pratica esse esporte para que amanhã seus netos possam ter o mesmo prazer?"
JOÃO FLÁVIO MONTANINI DE CASTRO (Franca, SP)

 

"Com relação ao artigo "Em defesa da caça", de Antonio A. M. Cesar, concordo completamente com a leitora Elisabete Dorgam ("Painel do Leitor", 17/1) e faço um complemento: qualquer caça esportiva, legal ou ilegal, é sempre uma aberração, e a preservação da vida animal não deveria depender da regulamentação dessa atividade em nenhuma hipótese. Os animais são seres vivos, que sentem dor, medo, frio e fome como qualquer ser humano, e não um "objeto que respira", para ser torturado e morto apenas para satisfazer o prazer doentio de algumas pessoas."
MARCO FABIO GRIMALDI (São Paulo, SP)

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