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Drogas
"É repugnante a ilação que faz
Carlos Heitor Cony em seu artigo
"O Santo Daime" (Opinião, ontem).
A ayahuasca não é "uma droga como outra qualquer". Não é comprada nas ruas, das mãos de traficantes, não movimenta milhões de
reais, não provoca guerras entre
facções criminosas, não se relaciona à corrupção policial, não causa
dependência física nem psicológica, não destrói famílias.
Glauco foi morto por alguém certamente muito perturbado, que, até
onde se sabe, não estava sob os
efeitos do chá quando cometeu o
crime."
PEDRO ZECCHIN (Paris, França)
"Em referência ao artigo de ontem de Carlos Heitor Cony, "O Santo Daime", penso que já era mesmo
tempo de alguém levantar essa
questão.
A partir de que momento o respeito à livre prática religiosa, protegida entre as garantias individuais
na Constituição, começa a ignorar
os próprios preceitos constitucionais de proteção à vida e à integridade ao legitimar o uso de drogas
alucinógenas?
Se essas drogas podem desaguar
em comportamentos sociais alterados, e esse é o real motivo para
criminalizá-las, entendo que o Estado brasileiro, laico, deva considerá-las prejudiciais em toda e qualquer hipótese, seja para fins religiosos ou espirituais, seja para fins
recreativos."
FILIPE TEIXEIRA DA SILVA (Jundiaí, SP)
Litoral
"É muito preocupante a notícia
trazida na reportagem "Nova rodovia no litoral norte terá 8 túneis e 33
viadutos" (Cotidiano, ontem).
Com um custo previsto de cerca
de R$ 1 bilhão, só o trecho entre Caraguatatuba e São Sebastião da rodovia terá uma área desmatada de
940 mil m2 e 873 desapropriações.
O projeto do governo do Estado
repete erros ao priorizar investimentos públicos no setor de transportes e ao abrir rodovias entre a
serra do mar e o litoral.
A falta de saneamento básico e de
áreas adequadas para moradias populares e a não ampliação da rede
de ensino -básico, técnico e superior- são os maiores entraves para
o desenvolvimento do litoral norte.
Isso sem falar do problema do lixo,
que, devido ao grande volume,
estamos "exportando" para o Vale
do Paraíba.
Para mim, como comerciante, a
notícia poderia ser boa, mas a melhoria da qualidade de vida, com
educação e saúde, é a questão mais
importante para a população do
litoral."
SÉRGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)
Psiu
"A quem atendem as modificações na atual Lei do Psiu? Certamente não à população paulistana,
que necessita de descanso após o
exaustivo dia de trabalho.
Como morador de um bairro central, estou indignado com o "desumanismo" do senhor Carlos Apolinário (DEM) e de outros vereadores, que, ao derrubarem o veto do
prefeito a essas mudanças, privilegiaram uma pequena parcela de interessados em manter a sociedade
sob efeito de barulho noturno, negligenciando as necessidades da
maior parte da população.
Insisto para que sejam revogadas
as mudanças que só beneficiam os
donos de casas noturnas."
IVAN COTRIM (São Paulo, SP)
São Paulo
"É lamentável que a Folha ceda
seu espaço de debates e reflexões
para uma explícita campanha eleitoral de Marta Suplicy.
O artigo "O terremoto no centro
de São Paulo" ("Tendências/Debates", 17/3) é mais uma das falácias
petistas que têm como cereja do
bolo procurar associar a tragédia do
Haiti à miséria no centro de São
Paulo. Tal associação é oportunista
e covarde, tanto para São Paulo como para o Haiti.
É muito fácil para ela tripudiar
sobre as mazelas sociais que o próprio partido a que ela pertence não
deu conta de solucionar.
A ex-prefeita, para fomentar a
habitação social no centro da cidade, poderia mudar-se para a região.
E poderia também trocar sua próxima viagem a Paris por uma estada
em Porto Príncipe."
MAURO KUSZNIR (São Paulo, SP)
"É com propriedade que a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy
nos revela verdadeiramente os
grandes "terremotos" acontecidos
nesta cidade, bem diante de nossos
olhos. Enfim, Marta agora não se
encontra em Paris.
E onde está o atual prefeito da capital paulista diante de todas essas
calamidades? Cadê a gestão democrática?"
PEDRO FERREIRA DE LIMA FILHO (Recife, PE)
Eleições
"Mais do que servir à polarização
nas eleições de 2010, como afirmou
Marcos Nobre em "Cuba" (Opinião,
15/3), a discussão sobre Cuba serve
-talvez principalmente- para desnudar a hipocrisia da oposição e da
grande mídia brasileiras.
É revoltante ver políticos oposicionistas, editoriais e colunas da
imprensa condenando a situação
dos direitos humanos em Cuba ao
mesmo tempo em que injustificadamente vociferam contra as diretrizes, meras diretrizes, do equilibrado 3º Plano Nacional de Direitos Humanos.
Sugiro um slogan para os oposicionistas: "Queremos direitos humanos! Mas só em Cuba"."
SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)
PAC
"Em relação à reportagem "Licitação do PAC do RJ tem sinal de
acerto entre rivais" (Brasil, ontem),
na qual a BTS Traduções é citada,
esclarecemos que, com 13 anos de
atuação no mercado, a BTS tornou-se uma das mais respeitadas empresas de tradução do país. Uma
das condições necessárias para que
qualquer empresa do setor de traduções se mantenha é o seu compromisso com a confidencialidade,
estabelecido por meio de contratos
formais ou pela confiança que os
clientes depositam na empresa.
Apesar do autor da reportagem
ter registrado, de forma clara, que o
papel da BTS foi, única e exclusivamente, a prestação de um serviço, é
importante reiterar que a BTS
prestou, por solicitação de um
cliente, um serviço de tradução juramentada.
A tradução foi realizada, entregue e faturada ao solicitante. Não
houve nenhuma solicitação de nenhuma empresa ou pessoa física relacionada à emissão de cópias juramentadas do material traduzido.
A BTS não forneceu -nem forneceria-, a quem quer que seja, o nome da empresa solicitante da tradução, visto se tratar de uma informação confidencial."
PAULO A. DOIN e LUIZ FERNANDO C. DOIN , diretores
(São Paulo, SP)
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