São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2006

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PAINEL DO LEITOR

Atentados em São Paulo
"Meus cumprimentos ao governador Cláudio Lembo pela entrevista dada à Folha na pessoa da jornalista Mônica Bergamo ("Burguesia terá de abrir a bolsa, diz Lembo", Cotidiano, 18/5). Basta uma simples leitura da entrevista para desde logo concluirmos que a falta de coragem em determinados políticos, que "desaparecem" ou se omitem diante de problemas graves, sobra na figura do íntegro governador Cláudio Lembo. Por meio de várias entrevistas, vem dando satisfação e tranqüilidade ao povo de São Paulo, sem transferir responsabilidade para terceiros, quando todos sabem que o atual governador apenas "herdou" um sério e antigo problema na questão de segurança pública. A nossa total solidariedade ao governador Lembo, que, mais do que nunca, merece o respeito e o apoio de todos."
José Maria Marin, ex-governador do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

 

"Sou uma pessoa com posição política de esquerda. Digo isso para situar a natural condição, ou estado de espírito, em que comecei a ler a entrevista com o governador Cláudio Lembo: com total descaso e com aversão. Mas fiquei admirado com a colocação, para mim muito lúcida, do senhor governador: a mentalidade da "minoria branca". De todas as opiniões que li e ouvi nesses últimos dias, de todos os "pseudo-especialistas", "nobres doutores donos da verdade e do conhecimento", as palavras do governador são das pouquíssimas que vêm tocar na ferida com uma precisão cirúrgica. Mostra que nós todos integrantes da sociedade brasileira somos cínicos, hipócritas e os verdadeiros responsáveis pela atual situação. O governador, em poucas palavras, definiu a questão central dos problemas desse país -que não é a fome, não é o desemprego, não é a falta de educação e de saúde. O problema é a nossa burguesia, que, com o seu parasitismo e o seu egoísmo, mantém este país na fome, na miséria, no desemprego, na ignorância e na doença."
João T. Sabóia Júnior (São Paulo, SP)

 

"Excelente a entrevista com Cláudio Lembo. Além de ser oportuna, demonstra claramente quem está preocupado com a situação do povo paulista. Além disso, Lembo desmente declaração irresponsável e eleitoreira de Alckmin sobre o presidente Lula. Parabéns à jornalista pela entrevista."
Priscila Monsanto (Campinas, SP)

 

"Como eleitor de FHC em 1998, de Lula em 2002 e provavelmente de Alckmin em 2006, quero pedir desculpas ao governador Cláudio Lembo por tachá-lo de insosso e sem tempero. Igual a uma grande maioria, parece que agi de maneira preconceituosa e injusta. Quem teve oportunidade de ler a sua entrevista publicada ontem, foi surpreendido por palavras duras, diretas e objetivas. Parabéns ao governador. Ele, ao contrário do que parece, não está sozinho."
Roberto Mauro Batista Gomes (São Paulo, SP)

 

"Gostaria muito de saber se o senhor Cláudio Lembo considera que o seu partido, o PFL (antiga Arena), seja um dos principais responsáveis pelo que ele chama de burguesia má, já que esse partido esteve no poder por um longo período, período em que as desigualdades se aprofundaram e levaram o país ao caos social em que hoje vivemos."
Teeve Rabinovici (São Paulo, SP)

 

"Minha mucama adorou. Precisou vir alguém da Arena/PDS/PFL falar o que todos nós precisávamos ouvir. Somos um país de sinhozinhos e de sinhazinhas, como em "A Moreninha". Substituímos a senzala pela "dependência completa de empregada"."
Evandro Sada (Brasília, DF)

 

"Devidamente instruído pelo senhor governador na entrevista de ontem quanto à responsabilidade das "elites brancas" nos lamentáveis acontecimentos desta semana, gostaria que ele esclarecesse qual foi a atuação dos coronéis nordestinos do seu partido e, especificamente, qual foi a sua própria atuação em prol dos menos favorecidos."
José Blota Neto (São Paulo, SP)

 

"Em relação à entrevista com o governador Cláudio Lembo, vi que ele discursou como um socialista ao refletir sobre as mazelas sociais brasileiras. No entanto eu gostaria de perguntar ao governador o que ele faz no PFL, que é um dos partidos que mais representam essa elite burguesa que ele criticou com tanta propriedade."
José Flávio do Val Simoni (Mogi-Mirim, SP)

 

"Como a gente se engana com as pessoas... Passei a admirar o governador Cláudio Lembo depois da entrevista que ele deu para a jornalista Mônica Bergamo. Só fiquei com uma dúvida: ele é mesmo pefelista?"
Robert Silva (São Paulo, SP)

 

"Gostei desse Demétrio Magnoli ("Pânico no galinheiro", Cotidiano, 16/5), gostei mesmo. Cabra macho esse sujeito. Chamou todo mundo de covarde só porque ficaram com medo de uns caras que tinham umas pistolas automáticas, escopetas e metralhadoras... Que gente mais frouxa! Um bando de covardes, que, mesmo sendo cidadãos desarmados e sem nunca terem sido treinados para um outro tipo de combate que não fosse o combate do trabalho, recuaram diante da possibilidade de deparar com um grupo de marginais bem equipados e familiarizados com o uso de armas. Ainda bem que ele nos mostrou o quão ridículos somos em temer uns camaradas capazes de matar policiais armados e bem treinados só porque não temos armas e nem sabemos usá-las. Tenho certeza de que suas palavras e opiniões serão decisivas na resolução dos problemas que o país enfrenta."
Rogério Carvalho (São Paulo, SP)

Interdição judicial
"Em relação à reportagem "Deficiente mental terá núcleo legal" (Cotidiano, 19/4), gostaria de dizer que a interdição judicial é uma medida restritiva de direitos e, como tal, deve ser adotada com extrema cautela. A primeira noção deve ser a de que nem toda pessoa com deficiência mental precisa de interdição. A segunda é a de que, com o novo Código Civil, ficou expresso que esse tipo de interdição pode ser parcial. Ou seja, somente em último caso deve ser adotada a interdição total, medida anunciada pela Folha como sendo um destino inexorável de todas as pessoas com deficiência mental. Estranhamos muito a conduta da Apae, também mencionada na nota. Essa associação deveria ser a primeira a esclarecer que a independência e a restrição mínima à capacidade civil das pessoas com deficiência são fundamentais para o seu direito à cidadania plena. Esse objetivo vem sendo cada vez mais almejado pelos pais de crianças com deficiência. Esses pais têm lutado para garantir às crianças, desde a sua mais tenra idade, todos os espaços possíveis, a começar pelo acesso às mesmas escolas que todas as demais crianças freqüentam, requisito indispensável para um futuro diferente do que a maioria das pessoas com deficiência mental vêm encontrando até aqui. Por tais motivos, esperamos que a Folha retome o assunto com uma abordagem mais técnica e esclarecedora em homenagem à ética e à dignidade das pessoas com deficiência mental."
Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, procuradora da República em São Paulo com atuação na área de defesa dos direitos dos cidadãos, autora do livro "Direitos das Pessoas com Deficiência" e mãe de uma criança portadora de Síndrome de Down (São Paulo, SP)


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