São Paulo, terça-feira, 19 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Regularizar
"Li ontem o artigo da senadora Marina Silva ('Leitura obrigatória', Opinião) e penso que o verbo "regularizar" deveria ser banido do vocabulário brasileiro, pois ele tem construído uma consciência política de que não vale a pena cumprir a lei, já que sempre é possível "regularizar" uma situação de fato, mesmo que ilegal.
Assim, surgem monstruosidades como a MP 458, o Código Ambiental Catarinense e outras tantas anistias fiscais."
ANTÔNIO JOSÉ MOREIRA DA SILVA (Chapecó, SC)

Suzane
"Se a criminosa Suzane von Richthofen for solta, estará provado que, no Brasil, o crime compensa.
Matar os pais, ameaçar o irmão e ficar apenas três anos presa... Isso é um convite ao crime.
Fica fácil matar, dar uma de santa dentro da prisão e então ser solta.
Para crimes como esse deveria ser obrigatório o cumprimento das penas na sua totalidade. Sem essa de diminuição de pena, o que apenas servirá de exemplo a outros."
ANTONIO JOSÉ G. MARQUES (São Paulo, SP)

Algemas
"Em pleno jornal "Hoje", a rede Globo mostrou o flagrante de um furto de bagatela praticado por um infeliz jovem, que surrupiava os cofrinhos com moedas de doações de uma instituição.
O que chamou mais a atenção foi a cena seguinte, em que o jovem aparece na delegacia algemado e com as mãos para trás.
E a súmula vinculante das algemas, editada pelo Supremo Tribunal Federal, que proíbe o uso de algemas em cidadãos se não houver risco para os policiais nem resistência? Só vale para os políticos corruptos e para os ladrões de colarinho branco? Pelo jeito, os pobres que se lixem.
O ministro Gilmar Mendes deveria interceder publicamente contra esse desrespeito à nova regra praticada contra o jovem da periferia do mesmo jeito que o fez contra as operações da Polícia Federal."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

Deputado embriagado
"O caso do deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho, que estava embriagado no momento do acidente que matou dois jovens em Curitiba, deixa clara a necessidade de acabar com o foro privilegiado para autoridades. Todos os cidadãos brasileiros precisam ter um tratamento judicial igual.
Carli Filho deveria ser julgado no juízo de primeiro grau, como acontece com os cidadãos comuns. O foro por prerrogativa de função é sinônimo de impunidade. Desde sua criação, no século 19, o STF nunca condenou um congressista."
LEONARDO FONTENELLE (Belo Horizonte, MG)

Passagens
"Quem diria? O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), quando presidente do Senado, quis sair bem na foto e decidiu que o valor das passagens não usadas pelo senador Jefferson Péres (PDT-AM) deveria ser pago à sua viúva.
Depois dos escândalos, a viúva do senador Péres, juíza aposentada Marlidice Péres, devolveu ao Senado o valor de R$119 mil referente às passagens.
Que o gesto da juíza seja imitado por todos aqueles que usaram o dinheiro público indevidamente. E ao senador Garibaldi uma vaia por dispor do dinheiro do contribuinte sem o menor pejo."
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

Petrobras
"Mais de R$ 4 bilhões de calote fiscal da Petrobras somados a R$ 6,3 bilhões com propaganda de 2003 a 2008 é igual a mais de R$ 10,3 bilhões. Essa é a conta com os dados oficiais.
Com a quantidade de maracutaias que devem estar escondidas debaixo da caixa preta da Petrobras e da Secretaria de Comunicação do Planalto a conta já deve ser três vezes maior."
ARTHUR SOARES (Belo Horizonte, MG)

Café da manhã
"Café preto, pão na chapa e Eliane Cantanhêde. Esse é o meu café da manhã.
Que ela tenhas boas férias e volte logo!"
ARLINDO CARNEIRO NETO (São Paulo, SP)

Professor
"Cumprimentamos a Folha pelo editorial "Socorro ao professor" (Opinião, 17/5). Ele reflete uma posição que também é nossa: sem valorização e reconhecimento social do professor não se pode pensar em soluções eficazes para a violência nas escolas.
Quando dos episódios ocorridos na Escola Estadual Amadeu Amaral, em 2008, lá estivemos e nos motivamos a criar o Observatório da Violência, um link no site de nossa entidade onde os professores podem registrar casos de violência nas escolas. Também possuímos pesquisa realizada diretamente com o professor sobre o tema.
Os dados coletados nos fazem crer que a base do agravamento do problema é a retirada da autoridade do professor. Ao mesmo tempo lembramos que educar também cabe às famílias, e não somente à escola.
Acreditamos que a presença de um psicólogo nas unidades escolares ajudaria a prevenir esses acontecimentos. Juntamente com os professores, esse profissional pode prestar atendimento às crianças e jovens com algum distúrbio de comportamento antes que a situação se agrave, como infelizmente vem ocorrendo."
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA , presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (São Paulo, SP)

 

"O texto "Conselho decide expulsar oito alunos em escola depredada" (Cotidiano, ontem) e o editorial "Socorro ao professor" tocam em um ponto crucial e que envolve a sociedade, os governantes e a comunidade escolar em particular.
Banalizou-se em nossas escolas a agressão às pessoas e ao patrimônio público, com a reposição quase imediata dos prejuízos pelo poder público. Como se isso pudesse apagar um acontecimento lamentável e como se a vida nas escolas pudesse continuar como se nada tivesse acontecido. As escolas têm mecanismos internos que podem ajudar a coibir esse caos.
Ao construírem o seu projeto pedagógico, devem elaborar, com a participação de todos -direção, professores, funcionários, alunos e pais-, as suas normas de convivência e submetê-las à aprovação do conselho de escola. Isso significa estabelecer os direitos e os deveres de todos, assim como as possíveis penalidades. Mas o que lemos na mídia são apenas notícias sobre reunião do conselho para decidir pela transferência compulsória (expulsão) dos alunos envolvidos.
Por que não responsabilizar alunos e pais pelos gastos ou requisitar o seu trabalho para repor ou consertar o patrimônio destruído? Está mais do que na hora de cobrar os direitos e os deveres de todos.
Os pais e alunos são informados sobre o projeto pedagógico da escola? Será que participaram de sua elaboração e conhecem as normas da escola? Será que as autoridades educacionais cobram a existência das normas e a sua divulgação?"
NEIDE CRUZ (São Paulo, SP)

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