São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Sigilos
Seria engraçado se não fosse trágico o ex-presidente Collor de Mello escrevendo sobre segurança do Estado e sobre danos ao país ("Acesso à informação é questão de Estado", "Tendências/Debates", ontem). A vertente que defende é apenas censurar uma parte importante, mesmo que de violência, da história do país, que todos os cidadãos têm o direito de saber.
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

 


Assim como os presidentes Sarney, Collor e Dilma, sou a favor do sigilo eterno de documentos sobre o "extermínio" na Guerra do Paraguai e sobre a "propinagem" na compra do Acre e da Bolívia. Além de "protegermos" os ícones duque de Caxias e barão do Rio Branco, evitaríamos também uma compensação: Fernando Lugo ia querer a Itaipu e Evo Morales desejaria a Petrobras.
JURCY QUERIDO MOREIRA (Guaratinguetá, SP)

 


Autorizaram a marcha a favor da maconha e o sigilo em torno dos gastos com a Copa de 2014. Três anos e meio depois do anúncio de que sediariamos esse evento, as obras estão atrasadas e o que se fez até agora foi politicagem na escolha das sedes. A fumaça vai escurecer o ar e ninguém poderá ver as "liberalidades" nos gastos com as contratações de obras, para alegria de empreiteiras e tristeza desses "chatos" que vivem querendo transparência.
VASCO PEREIRA DE OLIVEIRA (Sertãozinho, SP)

Maconha
O STF, diante das suas discutidas decisões, praticamente tem dado ao país uma autêntica diarquia, colocando suas sentenças com o mesmo peso daquelas emitidas pela Presidência da República. Isso ocorreu no caso da libertação de Cesare Battisti e, mais recentemente a autorização da Marcha da Maconha, sob o manto esfarrapado de um direito a liberdade de expressão.
Outras marchas serão autorizadas pelo STF, que, com a sua agenda entupida de processos a serem julgados, fica perdendo seu tempo julgando o direito de marchas em favor de drogas. Logo virão a marcha da cocaína, do ópio, da heroína e do neófito óxi. A CNBB se manifesta contra essa marcha, em defesa da família. Deveria usar a força do catolicismo e lançar uma campanha nas ruas, chamada de "A marcha de Cristo contra as drogas, pela família".
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

Patrimônio
Acho vergonhosa a publicação na Primeira Página (17/6) de uma foto do senhor José Dirceu, que, segundo o procurador-geral da República, está sendo indiciado por chefiar uma quadrilha. O grupo, que agiu durante o governo Lula, pagava propinas a deputados e a senadores, fato conhecido como mensalão e reconhecido como um dos maiores escândalos da República. Outra vergonha é o espaço dado ao senhor José Sarney, aliás, semanalmente.
PEDRO MONTEIRO (Carapicuíba, SP)

Saúde pública
Como paciente do SUS, gostaria de parabenizar Anna Trotta Yaryd e Gilson Carvalho pelo artigo "SUS: acesso universal, igualitário e gratuito" ("Tendências/Debates", 17/6). Realmente, embora a iniciativa de obter mais dinheiro para a saude pública seja louvável, isto, se feito por meio da privatização, mesmo parcial, dos hospitais do Estado pelos planos privados, me parece ser apropriação indébita.
Cabe a esses planos construir seus próprios hospitais, assim como colocarem-se em nível tecnológico que lhes permita atender aos seus associados sem a necessidade de avanços sobre os bens públicos, pelos quais -conforme previsão legal que não cumprem- devem pagar quando os utilizarem.
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

Centrais sindicais
O "Painel" informou que as principais centrais de trabalhadores querem receber juros de R$ 5 milhões ao mês, já que, dizem, há R$ 1 bilhão retido pela Caixa Econômica Federal desde 31 de março.
Se com as centrais sindicais devidamente cooptadas e domesticadas já há esse castigo, imagine se houver algum movimento mais sério contra o governo ou uma reivindicação mais incômoda, como a ameaça à jornada de 40 horas semanais. É assim que funciona a cooptação e o atrelamento das entidades da sociedade, nesse caso com dinheiro da contribuição obrigatória dos próprios trabalhadores.
JOSÉ LOIOLA CARNEIRO (São Paulo, SP)

Palestina
Da mesma forma que o leitor Mauro Fadul Kurban ("Painel do Leitor", 16/6) se refere ao caráter judaico de Israel como exclusivista, creio que deva pensar o mesmo a respeito da República Árabe Síria, da República Islâmica do Irã ou do Egito, que determina o islã como religião oficial em sua Constituição.
Usar dois pesos e duas medidas certamente não é o caminho para a solução de nenhum conflito. Como consolo desse debate fica o fato de que todos os que se manifestaram mostraram desejar a existência de dois Estados para os dois povos -israelenses e palestinos-, vivendo em paz e segurança, havendo divergências apenas na forma de como isso deve ser atingido.
ARTUR HOLENDER (São Paulo, SP)

Ciclistas
Discordo frontalmente da sugestão feita pelo leitor Fábio Henrique Aldegheri Paschoal neste espaço em 15/6. Tomar a exceção (a morte de ciclistas) por regra para, a partir dessa inversão, sugerir a proibição do uso de bicicletas fora das ciclovias seria um retrocesso.
Seria bom que, antes de opinar sobre esse assunto, soubesse que a imensa maioria das vítimas dos automóveis são os pedestres, como mostrou reportagem desta Folha no dia 14/6. Tal leitor vai sugerir, então, que ninguém mais ande a pé? A par do ridículo da situação, fica a pergunta: que tipo de sociedade esse leitor deseja para nossos filhos?
ANDRE KEHDI (São Paulo, SP)

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