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PAINEL DO LEITOR
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Leia mais cartas na Folha Online
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Lula
Com respeito à carta do leitor
Pedro Fernandes de Freitas
("Painel do Leitor", 17/7), sobre o
governo Lula ter 80% de aprovação popular, gostaria apenas de
lembrar que, num país como o
nosso, onde a maior parte da população é miserável e ignorante,
a famosa frase de Nelson Rodrigues, "toda unanimidade é burra", soa mais do que verdadeira.
GILBERTO ASSAD (São Paulo, SP)
Eleições
Acho que o PSDB já jogou a
toalha: não acredita na vitória de
Serra nas próximas eleições. Senão, como justificar a aceitação
deste garoto para candidato a vice-presidente? Será que eles não
estão pensando que, na eventualidade de Serra ser eleito e alguma fatalidade acontecer com ele,
o Brasil será governado por um
menino completamente despreparado e, como bom demo, também destemperado?
CORNÉLIO ÁLVARO LAMBERT DE MORAIS (Cambuí,
MG)
Barradas
Com a morte do dr. Barradas, o
Estado de São Paulo e o Brasil ficam desfalcados de um titular
que jogava em todas as posições
da saúde. Lamentável sua despedida dos corredores de nossos
hospitais.
MUSSA CALIL NETO, secretário municipal da Saúde
de Barretos (Barretos, SP)
Irã
O embaixador do Irã no Brasil,
Mohsen Shaterzadeh ("Brasil
respeitado pelas nações", "Tendências/Debates", ontem), poderia usar o espaço na Folha para
falar sobre o Holocausto, que seu
presidente nega ter existido, e sobre Sakineh Mohammadi Ashtiani, mãe de dois filhos, presa desde 2005 em seu país, e condenada
à execução por apedrejamento.
Poderia também explicar a morte
de centenas de manifestantes assassinados depois das eleições,
fraudadas, iranianas.
JOSÉ ROBERTO V. DE MORAES (Piracicaba, SP)
Maconha
Parabenizo a Folha pelo editorial "Liberar ou não", sobre o comércio de drogas (ontem). Para
enriquecer o debate, gostaria de
lembrar que há uma diferença entre descriminalizar a venda de
uma substância e fazer propaganda dela.
Certamente, o alto número de
dependentes de álcool está relacionado com a propaganda de bebidas alcoólicas, em particular de
cerveja. Basta observar o decréscimo dos números do tabagismo, e
dos seus danos à saúde, depois
que o governo federal proibiu a
propaganda de cigarro e começou
uma campanha séria de conscientização dos malefícios do tabaco.
BENEDITO MIRANDA (Botucatu, SP)
O editorial "Liberar ou não"
defende que o Brasil legalize a
maconha, seguindo o modelo da
Holanda. É uma proposta insensata. Uma coisa é legalizar a maconha num país que tem uma
população de 16,6 milhões de
habitantes (não é 10% da brasileira); uma área de 41 mil km2
(não chega a 1% da brasileira);
uma educação e uma cultura erudita secularmente arraigadas no
povo. Outra seria legalizá-la num
país em que 12% da população é
constituída por analfabetos totais; em que as fronteiras e o litoral são imensos, o que facilitaria
ainda mais a importação; e em
que pais, professores e autoridades não conseguem manter todas
as crianças e os jovens na escola.
WASHINGTON RAMOS (Teresina, PI)
Caso Bruno
Depois de levar um pito da
ombudsman pela fraca cobertura do caso Bruno ("O medo de
ser "Notícias Populares'", 11/7), a
Folha se redimiu com a excelente entrevista de um psiquiatra forense ("Chega de banalizar o perfil psicopata nos "telediagnósticos'", Saúde, 17/7), sobre o diagnóstico de psicopatia.
Assisti indignada a um número
grande de psiquiatras, psicoterapeutas e psicanalistas na TV, confirmando que o goleiro Bruno
(nem sequer formalmente acusado) era, sim, um psicopata. Essa
falta de ética e de vergonha de falar bobagem é perigosa e enganosa, pois forma a opinião pública.
SUELI DE QUEIROZ (São Paulo,SP)
Motos
Medida simples para inibir o
uso de motos em assaltos e outros crimes nas vias públicas,
principalmente à noite, devido à
facilidade de fuga: tonar obrigatória a existência de adesivo reflexivo com a placa da moto colado na parte de trás do capacete. A ausência do adesivo configuraria infração de trânsito, facilitando a identificação e a abordagem imediata pela polícia.
ROBSON SANT'ANNA (São Paulo, SP)
Pós-graduação
A portaria da Capes e do CNPq
que autoriza pós-graduandos a
trabalhar para complementar a
bolsa ("Aluno de pós poderá
acumular bolsa e atividade remunerada", Ciência, 17/7) é um
remendo horroroso. O que precisamos é de uma política de reajuste justa. Afinal de contas, quem
vai pensar em dar reajuste se é
possível complementar a renda? É
lamentável que o Ministério da
Educação incentive práticas que
precarizem a produção científica.
BÁRBARA CASTRO (Londres, Reino Unido)
Propaganda
O editorial "Abuso publicitário" (13/7) erra ao dizer que a lei
não é clara quanto ao período a
ser considerado no cálculo da
média dos investimentos em comunicação. Bastava a leitura do
acórdão nº 2506 de 12/12/2000,
do Tribunal Superior Eleitoral,
que esclareceu que o parâmetro
a ser utilizado é o investimento
nos três anos anteriores, conforme informado à reportagem.
Finalmente, causa estranheza
a posição da Folha de descrédito
e desvalorização da comunicação
publicitária. É contraditório, para
dizer o mínimo, que o jornal assine as normas-padrão do CENP,
professe sua crença na propaganda e, ao mesmo tempo, critique
de forma ácida e desinformada a
atividade que pretende fortalecer. Não se alegue, também, que o
jornal critica apenas o exagero,
pois, se feitas as contas, ver-se-á
que o argumento não se sustenta,
uma vez que o governo de São
Paulo investe em comunicação
apenas 0,12% em relação à receita total do Estado.
BRUNO CAETANO, secretário de Comunicação do
Estado (São Paulo, SP)
NOTA DA REDAÇÃO - Quem erra é o missivista. Em consulta recente por
escrito da Folha ao TSE, a Coordenadoria de Jurisprudência do
tribunal respondeu: "Não encontramos julgado que definisse o
conceito "média de gastos" ou explicitasse a forma de cálculo de
tal média". O secretário menciona julgamento de dez anos atrás
favorável ao cálculo de gastos
que lhe interessa, mas omite outro, deste ano, do ministro Marcelo Ribeiro, em sentido contrário.
Justifica-se, portanto, a ponderação do editorial de que "a lei não é
clara".
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