São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Lula
Com respeito à carta do leitor Pedro Fernandes de Freitas ("Painel do Leitor", 17/7), sobre o governo Lula ter 80% de aprovação popular, gostaria apenas de lembrar que, num país como o nosso, onde a maior parte da população é miserável e ignorante, a famosa frase de Nelson Rodrigues, "toda unanimidade é burra", soa mais do que verdadeira.
GILBERTO ASSAD (São Paulo, SP)

Eleições
Acho que o PSDB já jogou a toalha: não acredita na vitória de Serra nas próximas eleições. Senão, como justificar a aceitação deste garoto para candidato a vice-presidente? Será que eles não estão pensando que, na eventualidade de Serra ser eleito e alguma fatalidade acontecer com ele, o Brasil será governado por um menino completamente despreparado e, como bom demo, também destemperado?
CORNÉLIO ÁLVARO LAMBERT DE MORAIS (Cambuí, MG)

Barradas
Com a morte do dr. Barradas, o Estado de São Paulo e o Brasil ficam desfalcados de um titular que jogava em todas as posições da saúde. Lamentável sua despedida dos corredores de nossos hospitais.
MUSSA CALIL NETO, secretário municipal da Saúde de Barretos (Barretos, SP)

Irã
O embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh ("Brasil respeitado pelas nações", "Tendências/Debates", ontem), poderia usar o espaço na Folha para falar sobre o Holocausto, que seu presidente nega ter existido, e sobre Sakineh Mohammadi Ashtiani, mãe de dois filhos, presa desde 2005 em seu país, e condenada à execução por apedrejamento.
Poderia também explicar a morte de centenas de manifestantes assassinados depois das eleições, fraudadas, iranianas.
JOSÉ ROBERTO V. DE MORAES (Piracicaba, SP)

Maconha
Parabenizo a Folha pelo editorial "Liberar ou não", sobre o comércio de drogas (ontem). Para enriquecer o debate, gostaria de lembrar que há uma diferença entre descriminalizar a venda de uma substância e fazer propaganda dela.
Certamente, o alto número de dependentes de álcool está relacionado com a propaganda de bebidas alcoólicas, em particular de cerveja. Basta observar o decréscimo dos números do tabagismo, e dos seus danos à saúde, depois que o governo federal proibiu a propaganda de cigarro e começou uma campanha séria de conscientização dos malefícios do tabaco.
BENEDITO MIRANDA (Botucatu, SP)

 

O editorial "Liberar ou não" defende que o Brasil legalize a maconha, seguindo o modelo da Holanda. É uma proposta insensata. Uma coisa é legalizar a maconha num país que tem uma população de 16,6 milhões de habitantes (não é 10% da brasileira); uma área de 41 mil km2 (não chega a 1% da brasileira); uma educação e uma cultura erudita secularmente arraigadas no povo. Outra seria legalizá-la num país em que 12% da população é constituída por analfabetos totais; em que as fronteiras e o litoral são imensos, o que facilitaria ainda mais a importação; e em que pais, professores e autoridades não conseguem manter todas as crianças e os jovens na escola.
WASHINGTON RAMOS (Teresina, PI)

Caso Bruno
Depois de levar um pito da ombudsman pela fraca cobertura do caso Bruno ("O medo de ser "Notícias Populares'", 11/7), a Folha se redimiu com a excelente entrevista de um psiquiatra forense ("Chega de banalizar o perfil psicopata nos "telediagnósticos'", Saúde, 17/7), sobre o diagnóstico de psicopatia.
Assisti indignada a um número grande de psiquiatras, psicoterapeutas e psicanalistas na TV, confirmando que o goleiro Bruno (nem sequer formalmente acusado) era, sim, um psicopata. Essa falta de ética e de vergonha de falar bobagem é perigosa e enganosa, pois forma a opinião pública.
SUELI DE QUEIROZ (São Paulo,SP)

Motos
Medida simples para inibir o uso de motos em assaltos e outros crimes nas vias públicas, principalmente à noite, devido à facilidade de fuga: tonar obrigatória a existência de adesivo reflexivo com a placa da moto colado na parte de trás do capacete. A ausência do adesivo configuraria infração de trânsito, facilitando a identificação e a abordagem imediata pela polícia.
ROBSON SANT'ANNA (São Paulo, SP)

Pós-graduação
A portaria da Capes e do CNPq que autoriza pós-graduandos a trabalhar para complementar a bolsa ("Aluno de pós poderá acumular bolsa e atividade remunerada", Ciência, 17/7) é um remendo horroroso. O que precisamos é de uma política de reajuste justa. Afinal de contas, quem vai pensar em dar reajuste se é possível complementar a renda? É lamentável que o Ministério da Educação incentive práticas que precarizem a produção científica.
BÁRBARA CASTRO (Londres, Reino Unido)

Propaganda
O editorial "Abuso publicitário" (13/7) erra ao dizer que a lei não é clara quanto ao período a ser considerado no cálculo da média dos investimentos em comunicação. Bastava a leitura do acórdão nº 2506 de 12/12/2000, do Tribunal Superior Eleitoral, que esclareceu que o parâmetro a ser utilizado é o investimento nos três anos anteriores, conforme informado à reportagem. Finalmente, causa estranheza a posição da Folha de descrédito e desvalorização da comunicação publicitária. É contraditório, para dizer o mínimo, que o jornal assine as normas-padrão do CENP, professe sua crença na propaganda e, ao mesmo tempo, critique de forma ácida e desinformada a atividade que pretende fortalecer. Não se alegue, também, que o jornal critica apenas o exagero, pois, se feitas as contas, ver-se-á que o argumento não se sustenta, uma vez que o governo de São Paulo investe em comunicação apenas 0,12% em relação à receita total do Estado.
BRUNO CAETANO, secretário de Comunicação do Estado (São Paulo, SP)

NOTA DA REDAÇÃO - Quem erra é o missivista. Em consulta recente por escrito da Folha ao TSE, a Coordenadoria de Jurisprudência do tribunal respondeu: "Não encontramos julgado que definisse o conceito "média de gastos" ou explicitasse a forma de cálculo de tal média". O secretário menciona julgamento de dez anos atrás favorável ao cálculo de gastos que lhe interessa, mas omite outro, deste ano, do ministro Marcelo Ribeiro, em sentido contrário. Justifica-se, portanto, a ponderação do editorial de que "a lei não é clara".

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