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PAINEL DO LEITOR
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Renascer
"Neste exato momento há centenas de cristãos espalhados pelo
mundo presos e perseguidos por
amor a Cristo e ao Evangelho. Nos
Estados Unidos foi condenado o casal Hernandes, mas não exatamente por esses motivos, e sim por
amor à luxúria, à vaidade e à ambição. Que os seus seguidores reconheçam essa diferença e não os tratem como mártires, mas como um
exemplo a não ser seguido."
DANIEL ROCHA, pastor evangélico (Caieiras, SP)
Cansei
"Não controlei a gargalhada ao
ver a Primeira Página da Folha de
18/8 sobre a manifestação do movimento "Cansei". Na foto principal
aparecem duas madames, loiras,
cabelo perfeito, muito bem maquiadas e usando óculos de grife.
Que coisa linda!
Será que estavam cansadas de fazer a limpeza na casa? Será que estavam cansadas de trabalhar na
frente de uma máquina? Será que
estavam cansadas de cortar cana ou
colher café? Não creio!"
Provavelmente, estavam cansadas de ver os índices de popularidade do atual governo (um pouco
mais popular daquele que elas gostariam de ver no poder) subindo.
Que peninha. Quase chorei."
MARCIO L. DE SOUZA-SANTOS (Campinas, SP)
"Mais uma vez o honrado povo
brasileiro se fez presente em manifestações pelo país para fazer ouvir
sua voz de cansaço às situações de
desmandos, impunidade, corrupção, insegurança, expropriação de
recursos etc. Parabéns aos organizadores e a todos os que participaram. Não importa se havia uma pessoa, mil ou 5.000. Importa, sim, que
uma voz em uníssono se levantou e
plantou uma semente que certamente vingará para moralizar esta
tão explorada nação. Apenas uma
ressalva. Esses movimentos fazem
questão de se apresentarem como
apartidários. Ora todos nós, seres
humanos, somos seres políticos, e
não seria justo que brasileiros que
têm participação mais efetiva nos
partidos políticos sejam excluídos
dessas manifestações. O que não
podemos, isso sim, é permitir a participação de oportunistas, independentemente de filiação ou vida político-partidária e deixarmos que a
população assuma a paternidade,
seja responsável pelo crescimento e
maturidade dos mesmos."
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)
Piauí
"Nordestino, pobre e sem perspectiva aqui no Nordeste, acabei indo para São Paulo ainda muito novo
-como muitos outros da minha
idade. O trabalho seria aquele que
aparecesse.
Consegui emprego numa grande
corporação nacional, uma excelente escola, mas nunca deixei de sentir o menosprezo de algumas pessoas sobre o povo daqui da região.
Gente provavelmente mal informada do seu próprio país.
Talvez seja isso o que aconteça
com o senhor Zottolo da Philips. Do
ponto de vista comercial, suas declarações são um desastre. Se eu
fosse seu superior naquela empresa, dar-lhe-ia a incumbência de dedicar uns meses como caixeiro-viajante exatamente no Piauí.
Talvez as vendas da Philips crescessem um pouco por lá."
ILLYDIO CRUZ ESMERALDO (Juazeiro do Norte, CE)
Justiça e saúde
"Uma semana depois de publicar
um interessante artigo ("Direito à
Saúde, Escassez e o Judiciário", de
Octávio Ferraz, "Tendências/Debates", 10/8), demonstrando como liminares judiciais, com fundamentação jurídica pífia, instauram o
caos na saúde pública, a Folha noticiou que o Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul condenou o SUS
a arcar com os custos de cirurgia de
mudança de sexo. Acho que nem o
autor do artigo imaginaria um
exemplo tão claro para demonstrar
o acerto de sua tese. Enquanto os
juízes gaúchos se arvoram em grandes defensores dos direitos individuais da minoria e destinam recursos da saúde à mudança de sexo, como se estes fossem ilimitados, os filhos da maioria silenciosa morrem
de desidratação e outras doenças
banais por falta de recursos."
PAULO DE TARSO N. MAGALHÃES (São Paulo, SP)
Aborto
"O senhor Marcos Aurélio Castellanos, procurador em São José dos
Campos ("Painel do Leitor", 17/8),
tem todo o direito de manifestar
sua opinião contrária ao aborto
nesta coluna, mas não deve exprimir-se sobre o que, aparentemente,
não conhece.
Como médico anestesista, trabalhei nove anos em um hospital público universitário na França, onde
o aborto é legal, e jamais soube de
nem um único aborto clandestino
sequer. O que se observa, isso sim, é
a inexistência de complicações causadas por abortos praticados em locais indevidos e por pessoas não capacitadas profissionalmente.
Não se trata de discutir se somos
a favor ou contra o aborto. Trata-se
simplesmente de observar um
comportamento humano e empreender as medidas de saúde pública necessárias.
Como profissional do direito, o
senhor Castellanos deveria saber
que o Estado não comete "abortos
criminosos", pois, se os faz -em casos de estupro ou de ameaça à vida
da mulher-, tem amparo legal.
Por fim, trata-se também de uma
medida de justiça social, pois, em
nosso país, as mulheres com bom
poder aquisitivo têm amplo acesso
à interrupção da gravidez por profissionais competentes e nas melhores clínicas. As pobres são as
únicas que arcam com o ônus da
criminalização do aborto."
ARTUR UDELSMANN , professor-doutor do Departamento de Anestesiologia da FCM-Unicamp
(Campinas, SP)
A crise
"Para as empresas que exportam
produtos com maior valor agregado, e para quais a exportação é essencial para sobreviver, a recente
desvalorização do real talvez significa o fim de uma crise que já dura
mais de três anos. Não é o começo
da crise, é o seu fim."
CLAUS EBERT (São Paulo, SP)
"A crise financeira está abalando
o mundo. No Brasil, a fuga de capital especulativo fez o dólar disparar
assustadoramente para chegar a ...
R$ 2,10! A Bolsa despencou a... 46
mil pontos! E o risco-país atingiu
inacreditáveis... 231 pontos!
No governo FHC, o dólar chegou
a R$ 3,80, a Bolsa não chegava aos
40 mil pontos nos melhores dias e o
risco-país não baixava de mil pontos.
Quero ler a opinião dos analistas
que dizem que este governo é igual
ao dos tucanos."
PEDRO EUGENIO BENEDUZZI LEITE (Brasília, DF)
Em memória
"Aprovo a construção de um memorial para lembrar os mortos do
acidente com o avião da TAM. Também aprovo monumentos para
preitear os mortos nas estradas
brasileiras, as vítimas de balas perdidas, aqueles que morreram sem
atendimento médico, as crianças
que morreram de desnutrição, os
idosos abandonados etc."
CARLOS BRUNI FERNANDES (São Paulo, SP)
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