São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Renascer
"Neste exato momento há centenas de cristãos espalhados pelo mundo presos e perseguidos por amor a Cristo e ao Evangelho. Nos Estados Unidos foi condenado o casal Hernandes, mas não exatamente por esses motivos, e sim por amor à luxúria, à vaidade e à ambição. Que os seus seguidores reconheçam essa diferença e não os tratem como mártires, mas como um exemplo a não ser seguido."
DANIEL ROCHA, pastor evangélico (Caieiras, SP)

Cansei
"Não controlei a gargalhada ao ver a Primeira Página da Folha de 18/8 sobre a manifestação do movimento "Cansei". Na foto principal aparecem duas madames, loiras, cabelo perfeito, muito bem maquiadas e usando óculos de grife. Que coisa linda! Será que estavam cansadas de fazer a limpeza na casa? Será que estavam cansadas de trabalhar na frente de uma máquina? Será que estavam cansadas de cortar cana ou colher café? Não creio!" Provavelmente, estavam cansadas de ver os índices de popularidade do atual governo (um pouco mais popular daquele que elas gostariam de ver no poder) subindo. Que peninha. Quase chorei."
MARCIO L. DE SOUZA-SANTOS (Campinas, SP)

 

"Mais uma vez o honrado povo brasileiro se fez presente em manifestações pelo país para fazer ouvir sua voz de cansaço às situações de desmandos, impunidade, corrupção, insegurança, expropriação de recursos etc. Parabéns aos organizadores e a todos os que participaram. Não importa se havia uma pessoa, mil ou 5.000. Importa, sim, que uma voz em uníssono se levantou e plantou uma semente que certamente vingará para moralizar esta tão explorada nação. Apenas uma ressalva. Esses movimentos fazem questão de se apresentarem como apartidários. Ora todos nós, seres humanos, somos seres políticos, e não seria justo que brasileiros que têm participação mais efetiva nos partidos políticos sejam excluídos dessas manifestações. O que não podemos, isso sim, é permitir a participação de oportunistas, independentemente de filiação ou vida político-partidária e deixarmos que a população assuma a paternidade, seja responsável pelo crescimento e maturidade dos mesmos."
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

Piauí
"Nordestino, pobre e sem perspectiva aqui no Nordeste, acabei indo para São Paulo ainda muito novo -como muitos outros da minha idade. O trabalho seria aquele que aparecesse. Consegui emprego numa grande corporação nacional, uma excelente escola, mas nunca deixei de sentir o menosprezo de algumas pessoas sobre o povo daqui da região. Gente provavelmente mal informada do seu próprio país. Talvez seja isso o que aconteça com o senhor Zottolo da Philips. Do ponto de vista comercial, suas declarações são um desastre. Se eu fosse seu superior naquela empresa, dar-lhe-ia a incumbência de dedicar uns meses como caixeiro-viajante exatamente no Piauí. Talvez as vendas da Philips crescessem um pouco por lá."
ILLYDIO CRUZ ESMERALDO (Juazeiro do Norte, CE)

Justiça e saúde
"Uma semana depois de publicar um interessante artigo ("Direito à Saúde, Escassez e o Judiciário", de Octávio Ferraz, "Tendências/Debates", 10/8), demonstrando como liminares judiciais, com fundamentação jurídica pífia, instauram o caos na saúde pública, a Folha noticiou que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou o SUS a arcar com os custos de cirurgia de mudança de sexo. Acho que nem o autor do artigo imaginaria um exemplo tão claro para demonstrar o acerto de sua tese. Enquanto os juízes gaúchos se arvoram em grandes defensores dos direitos individuais da minoria e destinam recursos da saúde à mudança de sexo, como se estes fossem ilimitados, os filhos da maioria silenciosa morrem de desidratação e outras doenças banais por falta de recursos."
PAULO DE TARSO N. MAGALHÃES (São Paulo, SP)

Aborto
"O senhor Marcos Aurélio Castellanos, procurador em São José dos Campos ("Painel do Leitor", 17/8), tem todo o direito de manifestar sua opinião contrária ao aborto nesta coluna, mas não deve exprimir-se sobre o que, aparentemente, não conhece. Como médico anestesista, trabalhei nove anos em um hospital público universitário na França, onde o aborto é legal, e jamais soube de nem um único aborto clandestino sequer. O que se observa, isso sim, é a inexistência de complicações causadas por abortos praticados em locais indevidos e por pessoas não capacitadas profissionalmente. Não se trata de discutir se somos a favor ou contra o aborto. Trata-se simplesmente de observar um comportamento humano e empreender as medidas de saúde pública necessárias. Como profissional do direito, o senhor Castellanos deveria saber que o Estado não comete "abortos criminosos", pois, se os faz -em casos de estupro ou de ameaça à vida da mulher-, tem amparo legal. Por fim, trata-se também de uma medida de justiça social, pois, em nosso país, as mulheres com bom poder aquisitivo têm amplo acesso à interrupção da gravidez por profissionais competentes e nas melhores clínicas. As pobres são as únicas que arcam com o ônus da criminalização do aborto."
ARTUR UDELSMANN , professor-doutor do Departamento de Anestesiologia da FCM-Unicamp (Campinas, SP)

A crise
"Para as empresas que exportam produtos com maior valor agregado, e para quais a exportação é essencial para sobreviver, a recente desvalorização do real talvez significa o fim de uma crise que já dura mais de três anos. Não é o começo da crise, é o seu fim."
CLAUS EBERT (São Paulo, SP)

 

"A crise financeira está abalando o mundo. No Brasil, a fuga de capital especulativo fez o dólar disparar assustadoramente para chegar a ... R$ 2,10! A Bolsa despencou a... 46 mil pontos! E o risco-país atingiu inacreditáveis... 231 pontos! No governo FHC, o dólar chegou a R$ 3,80, a Bolsa não chegava aos 40 mil pontos nos melhores dias e o risco-país não baixava de mil pontos. Quero ler a opinião dos analistas que dizem que este governo é igual ao dos tucanos."
PEDRO EUGENIO BENEDUZZI LEITE (Brasília, DF)

Em memória
"Aprovo a construção de um memorial para lembrar os mortos do acidente com o avião da TAM. Também aprovo monumentos para preitear os mortos nas estradas brasileiras, as vítimas de balas perdidas, aqueles que morreram sem atendimento médico, as crianças que morreram de desnutrição, os idosos abandonados etc."
CARLOS BRUNI FERNANDES (São Paulo, SP)

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