|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Renan
"O Senado deu um tapa no rosto
dos brasileiros ao absolver Renan
Calheiros. Agora veio a escarradura, na forma do jatinho da gloriosa
FAB para levar o injuriado Renan
para Alagoas e trazê-lo de volta a
Brasília... por conta dos estapeados
e escarrados.
Pobres brasileiros."
RAIMUNDO CARVALHO (São Paulo, SP)
Educação e TV
"Segundo levantamento feito por
uma tal de OCDE, divulgado ontem
pelo UOL, o Brasil é mesmo aquilo
que já sabemos há muito tempo: um
país inculto e deseducado ("Em lista
de 34 países, Brasil é o que menos
gasta em educação").
Em todos os rankings em que for
analisado, o país apresenta resultados indecorosos, vergonhosos. Logo, nem precisamos saber o que é
essa OCDE. No entanto, se essa
mesma organização fizer outro estudo, constatará que somos provavelmente a nação cuja população
passa o maior tempo diante de um
televisor.
Televisão faz mal ao cérebro: usemos o botão que desliga."
ADALBERTO MIGUEL PEDROMÔNICO (Sorocaba, SP)
Juros
"Enquanto o FED americano
cortas suas taxas em 10% (0,5%)
por vez, o BC brasileiro prossegue
com a medíocre "politica gradual"
(criada pelos militares) de ridículos
0,25% bimestrais, endividando o
país e remunerando bancos além do
razoável.
Isso devido à falta de uma política
fiscal correta, cujo obstáculo são o
Congresso e os Estados.
Alguém ainda duvida de que
quem manda neste país são os grandes bancos privados nacionais? E
olhe que com um governo de um
partido dito de trabalhadores.
Imagine o que foi feito nos governos de direita do passado recente."
JOSÉ F. SOUZA (São Paulo, SP)
Tarifas
"As "reformas" programadas pelo
governo Lula para reduzir o custo
das operações bancárias -e, conseqüentemente, os lucros fantásticos
dos bancos-, com base exclusivamente no aumento da concorrência
(editorial "Em ritmo lento", Opinião, 18/9), chegam a ofender a inteligência do leitor, pois somente
um idiota desconhece que o sistema
bancário brasileiro é um cartel comandado pela Febraban -e, infelizmente, com o respaldo e beneplácito de sempre do governo federal.
Todos os dias somos assaltados
em nossas contas bancárias e nada,
absolutamente nada, é feito de real
e sólido para evitar tal realidade."
JOSÉ CARLOS DA ROCHA (Londrina, PR)
Cacciola
"Qualquer estudante do primeiro
ano de direito sabe que um dos fundamentos para a decretação da prisão preventiva é evitar a fuga do criminoso, ou, traduzindo para termos
jurídicos, para possibilitar a aplicação da lei penal. Inclusive a liberdade provisória de um preso só é concedida pela Justiça com o compromisso do acusado de comparecer a
todos os atos do processo.
Não obstante, o ministro Marco
Aurélio Mello, da nossa mais alta
Corte, para desespero dos cidadãos
honestos deste país, disse que o preso tem o direito de fugir e de enganar a Justiça.
Das duas uma: ou os livros de direito penal devem ser jogados no lixo ou o eminente ministro pretende mudar toda a literatura jurídica
acerca do tema."
ALESSANDRO AUGUSTUS ALBERTI
(Guaratinguetá, SP)
Lamentável a declaração do ministro do STF Marco Aurélio Mello
de que todo acusado tem o direito
de fugir. Salvatore Cacciola se encontrava preso por determinação
judicial, e quem concedeu liminar
em habeas corpus e autorizou que
ele ficasse em liberdade foi o próprio ministro.
Em outras palavras: Marco Aurélio, através de sua decisão, permitiu
que Cacciola usasse o seu "sagrado"
direito de fugir."
ANDRÉ LUIZ BOGADO CUNHA, promotor de Justiça
(Amparo, SP)
Manifestação
"Como leitor da Folha, soube
que, no sábado passado, houve uma
manifestação em frente ao prédio
da Folha, manifestação esta que tinha por finalidade cobrar ética e
imparcialidade dos meios de comunicação -o que, na minha opinião,
deixou de existir faz tempo.
Soube também que os manifestantes entregaram um manifesto à
recepção do jornal, mas, quando li a
reportagem, não estava claro qual o
conteúdo do manifesto -nem havia detalhes sobre a manifestação e
seus participantes.
A Redação do jornal não acha que
a sociedade tem interesse em saber
do que se trata? A Folha, ao ocultar
certas informações, não acha que
pode estar dando razão a esse movimento?"
EDINALDO GONÇALVES (São Paulo, SP)
Privatizações
"No artigo "Lula e seus militantes
amestrados" ("Tendências/ Debates", 17/9), o sociólogo Eduardo
Graeff foi simplesmente demolidor
contra os arautos do estatismo.
Depois desse texto, toda e qualquer discussão sobre privatizações
em geral -e sobre a da Vale em particular- deverá levar em conta a
pujança que essa empresa ostenta
hoje em relação à mediocridade que
apresentava ao cabo de seus 54
anos de empresa estatal.
Deixo ainda uma pergunta: quanto a Vale paga hoje de impostos e
quanto ela recolhia aos cofres públicos enquanto empresa estatal?"
RODRIGO BORGES DE CAMPOS NETTO (Brasília, DF)
MST
"O MST considera estranha a insinuação do deputado Fernando
Gabeira (PV-RJ) sobre a suposta
falta de posicionamento do movimento em relação ao julgamento de
Renan Calheiros (Brasil, 17/9).
O parlamentar também não se
pronunciou quando denunciamos a
grilagem de fazendas pelo clã Calheiros na ocupação da sua fazenda
em Murici (AL), em julho.
Diante disso, devolvemos a pergunta: quem o deputado Gabeira
esperou para se pronunciar sobre o
processo ilegal de aquisição de terras públicas pela família Calheiros
em Alagoas?
Diferentemente do que sugere o
parlamentar, o MST preserva sua
autonomia em relação a partidos, a
governos e ao Estado em 23 anos na
organização dos trabalhadores rurais na luta pela reforma agrária."
IGOR FELIPPE SANTOS, da assessoria de comunicação do MST (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: José Aristodemo Pinotti: Invasão e inclusão
Próximo Texto: Erramos Índice
|