São Paulo, quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Renan
"O Senado deu um tapa no rosto dos brasileiros ao absolver Renan Calheiros. Agora veio a escarradura, na forma do jatinho da gloriosa FAB para levar o injuriado Renan para Alagoas e trazê-lo de volta a Brasília... por conta dos estapeados e escarrados. Pobres brasileiros."
RAIMUNDO CARVALHO (São Paulo, SP)

Educação e TV
"Segundo levantamento feito por uma tal de OCDE, divulgado ontem pelo UOL, o Brasil é mesmo aquilo que já sabemos há muito tempo: um país inculto e deseducado ("Em lista de 34 países, Brasil é o que menos gasta em educação").
Em todos os rankings em que for analisado, o país apresenta resultados indecorosos, vergonhosos. Logo, nem precisamos saber o que é essa OCDE. No entanto, se essa mesma organização fizer outro estudo, constatará que somos provavelmente a nação cuja população passa o maior tempo diante de um televisor.
Televisão faz mal ao cérebro: usemos o botão que desliga."
ADALBERTO MIGUEL PEDROMÔNICO (Sorocaba, SP)

Juros
"Enquanto o FED americano cortas suas taxas em 10% (0,5%) por vez, o BC brasileiro prossegue com a medíocre "politica gradual" (criada pelos militares) de ridículos 0,25% bimestrais, endividando o país e remunerando bancos além do razoável.
Isso devido à falta de uma política fiscal correta, cujo obstáculo são o Congresso e os Estados. Alguém ainda duvida de que quem manda neste país são os grandes bancos privados nacionais? E olhe que com um governo de um partido dito de trabalhadores.
Imagine o que foi feito nos governos de direita do passado recente."
JOSÉ F. SOUZA (São Paulo, SP)

Tarifas
"As "reformas" programadas pelo governo Lula para reduzir o custo das operações bancárias -e, conseqüentemente, os lucros fantásticos dos bancos-, com base exclusivamente no aumento da concorrência (editorial "Em ritmo lento", Opinião, 18/9), chegam a ofender a inteligência do leitor, pois somente um idiota desconhece que o sistema bancário brasileiro é um cartel comandado pela Febraban -e, infelizmente, com o respaldo e beneplácito de sempre do governo federal.
Todos os dias somos assaltados em nossas contas bancárias e nada, absolutamente nada, é feito de real e sólido para evitar tal realidade."
JOSÉ CARLOS DA ROCHA (Londrina, PR)

Cacciola
"Qualquer estudante do primeiro ano de direito sabe que um dos fundamentos para a decretação da prisão preventiva é evitar a fuga do criminoso, ou, traduzindo para termos jurídicos, para possibilitar a aplicação da lei penal. Inclusive a liberdade provisória de um preso só é concedida pela Justiça com o compromisso do acusado de comparecer a todos os atos do processo.
Não obstante, o ministro Marco Aurélio Mello, da nossa mais alta Corte, para desespero dos cidadãos honestos deste país, disse que o preso tem o direito de fugir e de enganar a Justiça. Das duas uma: ou os livros de direito penal devem ser jogados no lixo ou o eminente ministro pretende mudar toda a literatura jurídica acerca do tema."
ALESSANDRO AUGUSTUS ALBERTI (Guaratinguetá, SP)

Lamentável a declaração do ministro do STF Marco Aurélio Mello de que todo acusado tem o direito de fugir. Salvatore Cacciola se encontrava preso por determinação judicial, e quem concedeu liminar em habeas corpus e autorizou que ele ficasse em liberdade foi o próprio ministro.
Em outras palavras: Marco Aurélio, através de sua decisão, permitiu que Cacciola usasse o seu "sagrado" direito de fugir."
ANDRÉ LUIZ BOGADO CUNHA, promotor de Justiça (Amparo, SP)

Manifestação
"Como leitor da Folha, soube que, no sábado passado, houve uma manifestação em frente ao prédio da Folha, manifestação esta que tinha por finalidade cobrar ética e imparcialidade dos meios de comunicação -o que, na minha opinião, deixou de existir faz tempo.
Soube também que os manifestantes entregaram um manifesto à recepção do jornal, mas, quando li a reportagem, não estava claro qual o conteúdo do manifesto -nem havia detalhes sobre a manifestação e seus participantes.
A Redação do jornal não acha que a sociedade tem interesse em saber do que se trata? A Folha, ao ocultar certas informações, não acha que pode estar dando razão a esse movimento?"
EDINALDO GONÇALVES (São Paulo, SP)

Privatizações
"No artigo "Lula e seus militantes amestrados" ("Tendências/ Debates", 17/9), o sociólogo Eduardo Graeff foi simplesmente demolidor contra os arautos do estatismo.
Depois desse texto, toda e qualquer discussão sobre privatizações em geral -e sobre a da Vale em particular- deverá levar em conta a pujança que essa empresa ostenta hoje em relação à mediocridade que apresentava ao cabo de seus 54 anos de empresa estatal.
Deixo ainda uma pergunta: quanto a Vale paga hoje de impostos e quanto ela recolhia aos cofres públicos enquanto empresa estatal?"
RODRIGO BORGES DE CAMPOS NETTO (Brasília, DF)

MST
"O MST considera estranha a insinuação do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) sobre a suposta falta de posicionamento do movimento em relação ao julgamento de Renan Calheiros (Brasil, 17/9).
O parlamentar também não se pronunciou quando denunciamos a grilagem de fazendas pelo clã Calheiros na ocupação da sua fazenda em Murici (AL), em julho.
Diante disso, devolvemos a pergunta: quem o deputado Gabeira esperou para se pronunciar sobre o processo ilegal de aquisição de terras públicas pela família Calheiros em Alagoas?
Diferentemente do que sugere o parlamentar, o MST preserva sua autonomia em relação a partidos, a governos e ao Estado em 23 anos na organização dos trabalhadores rurais na luta pela reforma agrária."
IGOR FELIPPE SANTOS, da assessoria de comunicação do MST (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: José Aristodemo Pinotti: Invasão e inclusão

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.