São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Trabalho doméstico
"Trabalho desde criança. Primeiro, em casa. Depois, na roça, ajudando os meus pais. Aos 15 anos trabalhei num viveiro florestal; aos 17, como operadora de máquina, e, desde os 19 anos, trabalho como empregada doméstica. Quando li a notícia da proibição de trabalho doméstico para menores de 18 anos, pensei: trabalhar é proibido, só não é proibido roubar. Por que uma jovem com saúde e precisando trabalhar não pode mais ser empregada doméstica?"
IDELZINA COSTA (Curitiba, PR)
 
"O desafio para o governo é contrapor tal medida ("Decreto proíbe menor de 18 anos como doméstica", Dinheiro, ontem) com ações de inclusão social para o púbico afetado. Mas o poder público tem planos de inclusão social para as crianças e adolescentes nessa faixa etária? É evidente que há exploração do trabalho do menor, mas, se ele trabalha, há uma razão para isso -a complementação da renda familiar. Se não houver ações afirmativas, esta será mais uma lei não-factível."
JOSÉ ROBERTO MEDINA LANDIM (Ribeirão Preto, SP)

Paraolimpíada
"Mais uma vez a Globo presta um desserviço ao país -comprou os direitos da Paraolimpíada e não a mostrou na TV aberta. Quantas crianças e adolescentes poderiam se inspirar ao descobrir a existência daqueles atletas maravilhosos e comoventes, que desfilaram sua garra, sua competência e sua alegria por Pequim? Espero que a Record não cometa o mesmo erro em Londres-2012."
ELTER MARCIANO DE MELLO (São Paulo, SP)

Ganância
"Tenho experiência demais no mercado financeiro para me opor à tese do prestigiado jornalista Martin Wolf, do "Financial Times". O que motivou a crise gerada pelas operações "subprime" é um dos males do capitalismo (até aqui o melhor sistema existente): a ganância. Os bancos, gananciosos, financiaram gente sem nenhuma base financeira sólida. Deu no que deu. E o mesmo vai acontecer aqui no Brasil. Imagine automóveis sendo financiados em mais de 24 meses. Em três anos, esses carros estarão em frangalhos. Quem irá mantê-los? Quem vai continuar pagando as prestações? Não é à toa que o governo já se move para dar mais um "golpe" sobre o FGTS. Quer permitir que seja usado para pagar consórcios e prestações de veículos. O que terá o trabalhador quando se aposentar? Um carro velho?"
PAULO ANTENOR BASTOS MEIRA (São Paulo, SP)

Eleição
"O editorial "Diferenças nanicas" (Opinião, ontem) afirma que o projeto de banda larga gratuita apresentado pela candidata Marta Suplicy inspira dúvidas "do ponto de vista técnico e dos recursos envolvidos". Esclarecemos que a proposta foi formulada por técnicos com larga experiência nacional e internacional na área e tem custo de R$ 64,4 milhões em quatro anos, incluindo equipamentos, instalação e monitoramento. Para torná-la realidade, será necessário instalar pouco mais de 3.000 "hot-spots" na cidade, utilizando tecnologia "Wi-Fi", uma tarefa perfeitamente viável. Portanto não se trata de um chamariz eleitoral, como insinuou o citado editorial."
MÁRIO MOYSÉS, coordenador de imprensa da campanha de Marta Suplicy (São Paulo, SP)

Assunto interno
"Travestido de democrata, de pai dos pobres, Evo Morales, vai seguindo as idéias de Luiz Inácio Lula da Silva e de Hugo Chávez. Ruim para a Bolívia. Que mania tem essa gente pseudo-socialista de depreciar as classes sociais mais altas, tachando-as de "burguesia", como se fossem criminosos por estarem onde estão. Os mais pobres da Bolívia têm de ser protegidos de forma a melhorarem suas vidas. Contudo hão que ser respeitados os direitos de todos, senão a democracia estará em colapso e a Constituição será descumprida. É chegada a hora de os países sul-americanos -com algumas exceções- pararem de culpar o tal "imperialismo americano" pela desordem que há por aqui, que é culpa exclusiva de governantes inaptos. O que se passa lá na Bolívia é assunto interno da nação boliviana. É preciso muita cautela, especialmente por parte do Brasil. A continuar assim, seremos sempre o quintal dos EUA."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA, subtenente da reserva do Exército (Lins, SP)

Parto
"Quero realmente parabenizar a Folha pela publicação do artigo "Parto normal ou cesárea" ("Tendências/Debates", ontem), do doutor Jorge Francisco Kuhn dos Santos, um profissional de saúde qualificado no assunto, que contribuiu com importantes questões para uma discussão informada acerca da humanização da assistência ao parto no Brasil."
MÔNICA BARA MAIA, mestre em sociologia pela PUC-MG com a dissertação "Humanização do parto: política pública, organização institucional e ethos profissional" (Belo Horizonte, MG)

Previdência
"Sobre a reportagem "Serra fecha acordo com Lula na Previdência" (Dinheiro, 13/9), cumpre fazer apenas uma correção quanto à natureza do acordo: não houve perdão de dívida do Estado para com a União, mas, sim, o reconhecimento de que os servidores admitidos pela lei 500/74 não devem contribuir para o INSS, e sim para a previdência estadual, que arcará com suas aposentadorias e pensões."
SYLVIO MONTENEGRO, assessor de imprensa da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Kennedy
Alencar - Pela lei, funcionário público contratado em regime temporário contribui para o INSS. O governo federal, ao permitir que seja desconsiderada a condição de temporário, abre mão de cobrar um crédito previdenciário estimado em R$ 15 bilhões.

Servidores
"Engana-se quem acha que o governo de José Serra e do PSDB "irá" punir os policiais civis paralisados. Ele "já" os puniu. Assim como já puniu professores, médicos e outros funcionários essenciais para o bom funcionamento dos serviços públicos do Estado. Já há punição há 14 anos, com a política de baixos salários e de nomeações indevidas para as pastas da Educação, da Segurança e da Saúde. Policiais têm de fazer "vaquinha" para comprar equipamentos; professores têm de comprar giz, pagar xerox para alunos e gastar o próprio dinheiro para se manterem minimamente informados."
FLÁVIO ALEXANDRE CAMARGO MANCINI (Barueri, SP)

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