São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Eleições
É incrível como nada pega no presidente Lula. Ao longo de seu mandato ele passou por mensalão, dinheiro na cueca e uma série de escândalos como nunca se viu antes na história deste país. Passou incólume. Agora, às vésperas das eleições, é obrigado a demitir a ministra da Casa Civil, cujo filho, noticia-se, até nomeou amigos para o ministério. E essa ministra foi indicada pela sua antecessora e agora candidata, Dilma Rousseff, de quem foi braço direito. E nada acontece. Pode a oposição espernear e gritar que ele continua com quase 80% de aprovação e sua candidata com 50% nas pesquisas.
JOSÉ HENRIQUE TEIXEIRA (Jaú, SP)

 


Não importa o tamanho do escândalo: nada atingirá o PT, na medida em que a eleição se faz por meio de votos de pessoas que não sabem ler ou escrever. Se ao menos no Estado de São Paulo fosse dada mais atenção à educação nos últimos 16 anos, talvez fosse diferente o quadro atual. A criança pobre de 16 anos atrás hoje é uma analfabeta por ter passado de ano sem saber ler ou escrever. Que o PSDB não culpe a ignorância do povo como se fosse consequência do acaso.
MARCOS COSME PORTO (Campinas, SP)

 


Vejo na TV críticas aos eleitores do sr. Tiririca. Agora pergunto: a profissão de palhaço não é tão importante como qualquer outra? Não gera momentos felizes a milhões de brasileiros? Tiririca não ganha honradamente a sua subsistência? Por acaso o Brasil não está sendo bem dirigido por um ex-torneiro-mecânico? Não está liderando a corrida ao Senado um cantor? O problema do país está na falta de capacidade de discernimento do eleitor brasileiro para escolher o melhor. Prevalece entre nós o "bloco do vai com as outras", sempre que essas outras sejam a maioria. Cresce muito a torcida quando o time lidera a competição. Eleger um palhaço de profissão não é o nosso maior erro: o maior erro é eleger políticos palhaços.
SEBASTIÃO FELICIANO (Taubaté, SP)

Bienal
Fiquei verdadeiramente traumatizado ao ver estampada, na página A8 do jornal (Poder, 18/ 9), uma obra de artista plástico famoso pela exibição de personagens políticas. Isso revolta uma sociedade que deseja educar nossas crianças e moralizar este país. Fez muito bem a OAB de intervir no caso declarando incitação ao crime. É grande a incompreensão sobre o papel da arte neste caso. Simbolismo de morte com seres humanos não é demonstrar amor à pátria, e sim radicalismo brutal.
ANTONIO ROCHAEL JR. (Iguape, SP)

 


Não entro no mérito da qualidade da obra do artista Gil Vicente, mas, se a OAB acha que suas obras incentivam o regicídio por mostrar FHC e Lula como reféns a ponto de serem executados, ela também deveria pedir para a Bienal retirar as "obras" de pichadores. Essas sim incentivam o crime, por passarem a mão na cabeça de marginais e mostrar que a porcaria que eles fazem nas propriedades dos outros sem permissão destes compensa.
THALES ALESSANDRO DE CARVALHO (Brasília, DF)

Religião
A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos vem registrar seu protesto contra a associação entre ateísmo e nazismo feita pelo papa na Grã-Bretanha. Não só há diversos registros históricos nos quais o próprio Führer deixa clara sua rejeição ao ateísmo, como o nazifascismo só poderia ter alcançado amplo apoio popular em países cristãos como a Itália e a Alemanha, com aprovação maciça dos seus fiéis, alimentados por uma tradição secular de perseguição, tortura e assassinato sistemático de judeus empreendida pela Igreja Católica.
DANIEL SOTTOMAIOR (São Paulo, SP)

 


Gostaria de ver uma reportagem sobre os comentários do papa sobre o nazismo e ateísmo. Como é sabido, o nazismo nunca esteve ligado ao ateísmo, muito pelo contrário. A sociedade alemã nazista possuía fortes raízes cristãs. Eliminar os judeus fazia parte do plano dessa sociedade extremista religiosa. Sabe-se também das ligações do Vaticano com o fascismo italiano.
VITOR CAMILLO (São Paulo, SP)

Reformas
A atual virulência da campanha eleitoral, na qual denúncias de corrupção via "lobbies" explodem diariamente, é emblemática. Prova a urgência de operacionalizar as chamadas reformas estruturantes na gestão pública nacional. As fundamentais -política, fiscal, previdenciária- terão de ser feitas no início da próxima gestão ou então eternizaremos este rosário de mazelas morais na administração pública.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

Lobby
No debate sobre lobby, mais defensável é a posição de Rafael Cláudio Simões (Opinião, 18/9). Por natureza, lobby é ilegal, oculto, pernicioso. Legalizá-lo seria como regulamentar a profissão de cambista. Como seria a fiscalização de uma atividade que, por essência, ocorre nos bastidores? Quem saberia se o limite entre a lícita intermediação de interesses e o tráfico de influência foi ultrapassado? O que Jorge Hage deseja, portanto, é uma ilusão.
PAULO HAROLDO RIBEIRO (São Paulo, SP)

Neymar
Gostaria de registrar o brilhante trabalho publicado no caderno Esporte da edição de 17/9 sobre o caso Neymar. Parabéns a Rosely Sayão por sua análise. Quanto a Xico Sá, meu amigo torcedor e secador, seu texto se assemelha a uma gostosa conversa de botequim. Por fim, a charge de Camilo Riani é fenomenal, fazendo com que me recorde de um grande mestre desta arte que nos deixou, o cartunista Glauco.
AGENOR SANTANA (São Paulo, SP)

Lixo
Ainda estamos vivendo épocas de fartura, mas as gerações futuras podem se ressentir de nossos desperdícios. Em países desenvolvidos já se recicla o lixo. Lá a água já é tratada como bem escasso, e o ar já se torna insalubre em algumas cidades. Muitas outras iniciativas já deveriam ter sido tomadas. Temos de começar já, enquanto ainda podem surtir efeito, as campanhas educativas para prevenir problemas futuros para nossos filhos e netos.
JOÃO COELHO VÍTOLA (Brasília, DF)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Eduardo Ribeiro e Hamilton Almeida: O brasileiro que inventou o rádio

Próximo Texto: Erramos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.