São Paulo, terça-feira, 19 de outubro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Vista grossa é o melhor termo a ser usado para a "independência" de Marina Silva ("PV fica neutro e já lança Marina-2014", Poder, ontem). Abster-se de uma opinião que provavelmente faria a diferença entre a esperança e o medo para o futuro de nosso país equivale a não querer enxergar o atual desgoverno de suborno, corrupção, prevaricação e corporativismo público-privado.
DANIELA PEREIRA DE SOUZA VASQUES (Americana, SP)

 

Interessante o texto do professor Vladimir Safatle de ontem "Os números e o futuro".
Na hipótese de Serra vencer as eleições, sua base de 115 deputados, numa Câmara de 513 membros, e 19 senadores, num Senado de 81, forçá-lo-ia não apenas a apoiar-se nos setores mais reacionários da sociedade (agronegócio, ultraconservadores, fundamentalistas religiosos etc.), cuja ajuda na reta final valeu-lhe o empate técnico, mas a tentar um acordo com PMDB, PP e PR, cujo fisiologismo o tucano hoje tanto critica.
Em vez de falar de aborto e de amor cristão, o candidato deveria talvez explicar-nos de que maneira pretenderia governar o país.
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

 

O professor Vladimir Safatle fez ontem uma interessante análise de um possível futuro governo Serra. Em resumo, analisou números e redescobriu que um governo Serra teria minoria na Câmara e no Senado, tendo que negociar de forma fisiológica para governar.
Esquece o caro professor que um eventual governo Dilma Rousseff não precisaria fazer tais acordos, por que já os fez e irá mantê-los. E também os ministérios de "porteira fechada" já foram distribuídos por ela.
E o autor se contradiz ao apresentar Serra como tendo uma personalidade "bonapartista".
Afinal, desde quando um perfil "bonapartista" se presta a fazer acordos fisiológicos?
DANILO FERNANDES (São Paulo, SP)

Monica Serra
Parabenizo a jornalista Mônica Bergamo pela reportagem "Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna" (Poder, 16/10), na qual a jornalista assinala que ex-alunas da professora Monica Serra, mulher do candidato José Serra, contam que ela lhes falou em uma aula que praticou um aborto quando estava exilada no Chile. Quanta hipocrisia!
Não foi ela que, em fala absolutamente maldosa, disse que a candidata Dilma Rousseff era a favor de matar criancinhas?
JOÃO BERTOLDO DE OLIVEIRA (Campinas, SP)

 

Quero manifestar minha indignação com a publicação da reportagem tendenciosa, leviana e violenta de Mônica Bergamo sobre uma acusação de aborto realizado por Monica Serra.
Considerando que a candidata Dilma Rousseff, na semana passada, havia acusado Monica Serra de difamá-la como uma "matadora de criancinhas", fica claro que se trata de um jogo de cartas marcadas.
De um jornal que se diz independente, só me resta prestar os meus pêsames quanto à evidente subserviência à pauta do partido no poder.
MANUEL SACCO (São Paulo, SP)

 

Como leitor deste jornal, tenho de exigir que dê tratamento isento aos assuntos abordados, principalmente sobre política.
Como é que é? Morreu o assunto "aborto de Monica Serra"?
Quando se trata de falar mal de Dilma Rousseff há sempre muito espaço.
Imprensa livre para quê? Para ser parcial?
Como cidadão e leitor, tenho o direito de exigir imparcialidade, inclusive nas entrelinhas.
RONI FRANCISCO DAL BOSCO (Curitiba, PR)

Petrobras
Como cidadão, contribuinte e acionista, considero estarrecedor que o senhor José Sérgio Gabrielli, presidente de uma empresa do porte da Petrobras, que possui acionistas no mundo inteiro -a quem deve satisfações-, um conselho, uma diretoria e um plano de investimentos de longo prazo, se paute pelo calendário eleitoral para dar opiniões no mínimo desnecessárias ("Governo FHC preparou privatização da Petrobras", Poder, ontem).
Usando a sua lógica, segundo a qual "o modelo de gestão da Petrobras no período do governo FHC levaria ao desmembramento, ao risco de inanição e à possível privatização", também é possível dizer que "a continuidade sistemática da prática de não ir a corte internacional para receber o valor justo pelos seus ativos, levariam a Petrobras a quebrar", que foi o que ocorreu no caso da venda das duas refinarias na Bolívia para a YPFB em 2007, por US$ 102 milhões, quando a Petrobras desejava US$ 215 milhões (prejuízo de US$ 113 milhões).
Esse raciocínio é razoável?
WILSON APARECIDO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Tráfico
Gostaria de parabenizar os colegas promotores de justiça André Luiz dos Santos e Silvio de Cillo Loubeh pelo excelente artigo "Impunidade para traficantes" ("Tendências/Debates", 14/ 10), em que criticam a posição assumida pelo STF de permitir penas alternativas a traficantes.
Não é de hoje que vemos a frouxidão e o descalabro em que se transformou a nossa legislação penal e a interpretação dada às leis em nosso país.
O nosso Legislativo deveria acordar (e os aplicadores da lei idem), uma vez que apenas quem não conhece a realidade das ruas (vide a cracolândia, por exemplo) e a tragédia sofrida pela maioria da população poderia permitir que traficantes de drogas (crime assemelhado à hediondo) sejam punidos com "penas alternativas".
Talvez esses traficantes venham prestar serviços comunitários nas próprias escolas onde foram presos aliciando os nossos jovens. Uma verdadeira piada para ser contada sobre o nosso país no exterior.
EDNILSON ANDRADE ARRAES DE MELO, promotor de Justiça no Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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