São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2001

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PAINEL DO LEITOR

Programa social
"O texto "Estado de Suassuna é o mais beneficiado" (Brasil, pág. A4, 17/12), ao contrário daquilo com que os leitores da Folha estão habituados, não retrata a verdade dos fatos. 1) Não procede a afirmação de que o Estado da Paraíba tenha sido o único favorecido com a ampliação do número de benefícios do Bolsa-Renda Alimentação pagos no mês de novembro. 2) Todos os Estados brasileiros que sofrem com a seca -Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Ceará- estão recebendo benefícios adicionais no mês de dezembro. 3) Os Estados de Pernambuco, Ceará e Bahia, devido ao grande número de pessoas necessitadas e cadastradas no programa Bolsa-Renda Alimentação, receberão 10 mil benefícios adicionais em dezembro. Para os outros Estados, o incremento será de 5.000 benefícios. 4) O Ministério da Integração Nacional continua aberto a prestar as informações de que a Folha necessitar para manter a opinião pública a par das ações desenvolvidas pelo governo federal."
Jorge Freitas, assessor de imprensa do Ministério da Integração Nacional (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Ranier Bragon - A reportagem não se refere a dados do mês de novembro, mas, sim, a dezembro. A informação de que só a Paraíba havia recebido recursos foi dada pela coordenação estadual do programa. A reportagem ligou para dois outros Estados, que confirmaram o dado. Contatado para falar sobre o assunto, o missivista não contestou a informação até a conclusão da edição, na sexta-feira da semana passada. Nesta semana, questionados novamente, informaram ter recebido o recurso Piauí, Pernambuco, Paraíba e Minas Gerais. Os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Alagoas afirmam não tê-lo recebido. Bahia e Sergipe não se manifestaram.

Drogas
"Na condição de secretário nacional Antidrogas, desejo referir-me ao editorial "Droga de lista" (Opinião, pág. A2, 18/12) com a finalidade de tranquilizar aqueles que, com toda a razão, têm demonstrado apreensão com a declaração a mim atribuída relativa à criação de um cadastro geral de usuários de drogas. Inicialmente, reconheço a atitude correta do repórter Roberto Cosso. Com perguntas abrangentes e objetivas, cobriu grande parte do espectro de interesse do 2º Fórum Nacional Antidrogas. Dessa entrevista, um só tema -o cadastro- resultou em mal-entendido, que creio ser simples de esclarecer. Buscar possuir lista de usuários de drogas não faz nenhum sentido. Estaria violando a intimidade das pessoas, o que não condiz com o respeito aos direitos humanos que caracteriza o regime democrático em que nós nos orgulhamos de estar inseridos. Ademais não serviria a nenhum propósito prático. Como bem observado no editorial da Folha, "não é hora de retroceder". Na verdade, nunca se mencionou a idéia de criar lista de usuários no âmbito do governo federal, da comunidade científica nacional ou de qualquer segmento da sociedade relacionado com a ação antidrogas. No 2º Fórum, mesmo com sua abrangência, em nenhum momento foi sugerida tal idéia. O que se pretende inserir no Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas são dados que permitam o planejamento, a pesquisa e o acompanhamento dos programas, projetos e atividades antidrogas desenvolvidos no país. Dentre esses dados, com certeza teremos o necessário cadastro (ou lista) de instituições voltadas ao tratamento de dependentes químicos, aí incluídas as comunidades terapêuticas. Para acompanhar a qualidade e a eficácia do tratamento oferecido por tais instituições, a Senad não necessitaria de nenhum tipo de listagem nominal de pacientes."
Paulo Roberto Yog de Miranda Uchôa, secretário nacional Antidrogas (Brasília, DF)

Bons tempos
"Bons tempos aqueles em que a Folha derrubava até presidente. Hoje, exceção feita aos articulistas, o jornal perdeu o "foco" da opinião própria. A situação interna do país -o social, a saúde, a educação- está aí, "a céu aberto", e vocês preocupados com o Bin Laden. Opinião própria mesmo só a do Macaco Simão. Bons tempos aqueles que não tinham o "rabo preso"."
Antonio Carlos Dorsa (São José dos Campos, SP)

Xuxa e duendes
"Brilhante e oportuna a crítica "O conto tonto da duende doente", sobre o filme "Xuxa e os Duendes", assinada por Mario Sergio Conti (Ilustrada, pág. E2, 17/12). Gostaria somente de sugerir o seguinte: que Xuxa receba a crítica como um presente de Natal. Em vez de ficar irritada com a opinião do jornalista, que leia com atenção e reflita, com humildade, sobre o que lá está escrito. Se isso acontecer, a apresentadora estará dando um presentão ao povo brasileiro, que há anos é obrigado a suportar seus programas cheios de vazio."
Antonio Augusto Pereira de Queiroz
(Camanducaia, MG)

"Não consegui entender se o texto "O conto tonto da duende doente" é a crítica de um filme ou um crudelíssimo ataque a uma pessoa (Xuxa) que, acredito, deve ter alguma qualidade. Não vi o filme e também não conheço a apresentadora Xuxa tão bem como o autor da crítica julga conhecer, mas ele foi de uma crueza tamanha que a fez parecer a versão feminina de Osama bin Laden. Entre outros adjetivos, ele a chama de "mulher gasta", "triste", "solitária", "infantilizada", "esquizofrênica", "antifamília", "insensível", "materialista". Perdoe-lhe, Xuxa."
Nilton da Silva Mesquita (São Paulo, SP)

Novo esporte
"Quero chamar a atenção para um novo esporte praticado pelos times do São Caetano e do Atlético Paranaense no domingo passado. Chama-se futebol."
Alvaro Bernal de Almeida (João Pessoa, PB)

A educação e a prefeita
"O artigo "Criança, a prioridade" ("Tendências/Debates", pág A3, 2/12 ), da prefeita Marta Suplicy, precisa de uma correção. As verbas para a manutenção e o desenvolvimento do ensino previstas na Constituição são 25% da receita proveniente de impostos, e não do Orçamento. Infelizmente, não é só esse o erro do artigo. A prefeita confunde também educação, que é um conceito muito amplo, com manutenção e desenvolvimento do ensino. A prefeita deveria pelo menos ser transparente e ter a dignidade de assumir que está propondo reduzir as verbas destinadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino. Deveria parar de enganar a população com este imbróglio de CEU, educação inclusiva etc... A prefeita deveria respeitar aqueles educadores da rede municipal que votaram e acreditaram que o seu partido, o PT, fosse diferente dos outros. Deveria ainda respeitar o nosso imenso desencanto com o seu governo e parar de confundir educação escolar, ensino, aprendizagem e acesso ao conhecimento com os seus projetos assistenciais."
Joselina Maria Villares Ferreira Bastos, diretora do Sinpeem -Sindicato dos Profissionais de Educação do Ensino Municipal de São Paulo (São Paulo, SP)

Boas-festas

A Folha agradece os votos de boas-festas recebidos de: Roberto Civita e Thomaz Souto Corrêa, Grupo Abril; Edson Vidigal, ministro do Superior Tribunal de Justiça (Brasília, DF); Marisa Ramos Louven, CSN -Companhia Siderúrgica Nacional (Rio de Janeiro, RJ); Raymundo Magliano Filho, presidente da Bovespa; CGCOM -Central Globo Comunicação (São Paulo, SP); José Jacobson Neto, presidente do Sesve-SP -Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Tucca -Associação para Crianças e Adolescentes com Tumor Cerebral (São Paulo, SP); Joseph J. Safra.


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