São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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São Paulo
"Disse Alckmin anteontem: "Claro que sou favorável [à manutenção da aliança PSDB-DEM]. Agora, por que quem está em primeiro lugar precisa abrir mão para quem está em terceiro? Eu nunca vi isso. Só se for para ajudar o PT" (Brasil, 19/3).
Sempre soube que políticos tinham memória curta, mas mesmo assim me surpreendi com essa fala.
Em 2005, Alckmin tinha 15% de intenção de votos e estava em terceiro lugar como candidato à Presidência. Mas, como um menino birrento, se lixou para o Brasil. Com ajuda de Aécio Neves e Tasso Jereissati, se impôs como candidato. Sempre vi em Alckmin, Tasso e Aécio armas secretas do PT."
ENY SEIDEL (São Paulo, SP)

"Impressiona-me a falta de bom senso da bancada do PSDB na Câmara paulistana, em particular do líder do governo, Gilberto Natalini, em querer articular uma reeleição de Gilberto Kassab, do DEM, à prefeitura da cidade.
A manutenção da aliança do PSDB com o Democratas é importante, pois evita entregar de mão beijada a administração da maior e mais rica cidade do país ao PT de Marta. Mas Kassab está prefeito graças ao PSDB de Serra. Não fosse isso, o governo do Estado cairia no colo do PT.
E Alckmin está muito bem nas pesquisas -e o PSDB jamais deveria abrir mão de sua candidatura. Se o partido pretende vôos mais altos em 2010, a estratégia é exatamente essa. Não se pode ficar à espera de milagres."
JOSÉ EDUARDO VICTOR (Jaú, SP)

Bolsa Mesada
"Só falta o governo Lula requerer que os jovens entre 16 e 17 anos se cadastrem para receber os R$ 30 do governo federal na junta eleitoral enquanto tiram o título de eleitor."
ANDRÉ PEDROSO (São Paulo, SP)

Atentado
"Em atenção à reportagem "Vítima de atentado durante ditadura se sente injustiçada" (Brasil, 14/3), que trata do pedido de anistia política dos senhores Diógenes Oliveira e Orlando Lovecchio, temos a informar o que segue. A lei 10.559, de 2002, concede reparação econômica a todos os perseguidos políticos pelo Estado brasileiro que apresentarem requerimento e documentação comprobatória junto à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Assim procederam os cidadãos Diógenes de Oliveira e Orlando Lovecchio Filho, ambos solicitando reparação econômica. No entanto, não há dispositivo na Lei da Anistia que preveja reparação para o senhor Orlando Lovecchio Filho, que não foi vítima de perseguição política pelo Estado brasileiro. Sua reparação se deu através de lei específica, que o beneficiou individualmente, aprovada pelo Congresso Nacional.
Já o senhor Diógenes de Oliveira foi declarado anistiado político após processo que durou quase cinco anos, em que se verificaram os dois requisitos principais da lei para a reparação: a inequívoca perseguição política e a perda do vínculo laboral.
Assim, não cabe comparar os valores das indenizações de ambos. Os regimes jurídicos são distintos. Diógenes de Oliveira recebe prestação mensal e continuada, como prevê a Lei de Anistia. Orlando Lovecchio Filho recebe aposentadoria excepcional, de regime previdenciário, com valor fixado para si pela lei 10.923/2004."
PAULO ABRÃO PIRES JÚNIOR, presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça (Brasília, DF)

Zidane
"Em relação à visita do craque Zidane à favela de Heliópolis (Esporte, 17/3), gostaria, como coordenador do núcleo de São Paulo da ONG Futebol de Rua - Craques por Natureza, de ressaltar a politicagem exacerbada que ocorreu no evento.
Desenvolvemos um trabalho de futebol com as crianças da favela, e nosso time se apresentaria para o "bate-bola" com o craque e para o jogo de inauguração da quadra, mas, infelizmente, a quadra foi tomada por políticos (principalmente do PT), que usaram o espaço para fazer sua promoção -utilizando a imagem craque Zidane.
Eu e os demais professores da Futebol de Rua ficamos desde as 8h de domingo com as crianças no vestiário da quadra, acertando detalhes e recebendo inúmeras instruções dos organizadores do evento sobre o que poderia e o que não poderia ser feito. Quando estávamos a poucos metros de entrar na quadra, recebemos a notícia de que Zidane já tinha ido embora.
Mostro aqui a nossa indignação, pois as crianças estavam a uma semana sonhando com esse dia.
Crianças que nem conseguiram dormir à noite de tanta ansiedade por se imaginarem ao lado de Zidane e que, após convidadas a estar na quadra, nem tiveram a oportunidade de vê-lo pessoalmente."
GLEYSON GONÇALVES, coordenador do São Paulo Futebol de Rua (São Paulo, SP)

Trânsito
"A coluna "A barbárie" (Opinião, 16/3) contém dois erros.
1) No fim de 2007, a CET mudou a forma de medir os congestionamentos. A área monitorada quase dobrou, e por isso não se pode comparar os números de quilômetros de lentidão em épocas diferentes sem incorrer em erro. Os 100 km de congestionamentos de "não faz tanto tempo assim" são semelhantes aos "200 km para cima" de hoje.
2) O texto sugere que não teria efeito a proibição de estacionamento nas ruas entre 5h30 e 7h30. Embora não seja hora de pico nas áreas ricas da cidade, é hora de rush, por exemplo, em lugares como a Estrada do M'Boi Mirim, de onde partem cedo os ônibus para bairros centrais. Essa medida, ali adotada, ajudou a reduzir de 79 para 19 minutos o tempo para percorrer todo o corredor de ônibus da avenida."
MARCO SIQUEIRA, coordenador de comunicação da Secretaria Municipal de Transportes (São Paulo, SP)

25 anos
"Leigos, curiosos, profissionais, empresários, políticos, professores, técnicos.... Todos nós já procuramos soluções, dicas ou orientações no caderno Informática da Folha.
O tempo voa, e já são 25 anos de serviço aos leitores.
Parabéns pelo trabalho de educação tecnológica e pela transmissão de conhecimento científico que a modernidade exige de toda a sociedade."
SERGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)

Roberto Carlos
"Mais uma vez, o advogado de Roberto Carlos falta com a verdade ao comentar o processo que o artista moveu contra mim por causa do livro "Roberto Carlos em detalhes" ("Advogado de RC não vê invasão de privacidade", Ilustrada, 18/3).
Marco Antonio Campos diz que reclama de "diversos fatos inverídicos na biografia". Nas 504 páginas de meu livro, há milhares de informações e centenas de episódios sobre Roberto Carlos e a música brasileira. E a única inverdade que eles apontaram na obra -a de que o cantor teria participado de festinhas regadas a drogas- não está escrita lá. Como noticiou a própria Folha meses atrás, foi adulterada na queixa-crime a frase do livro que diz que, na Jovem Guarda, havia uma "combinação de sexo, garotas e playboys". Os advogados do cantor trocaram a palavra "garotas" por "drogas" para forçar a proibição da biografia."
PAULO CESAR DE ARAÚJO (Niterói, RJ)

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