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PAINEL DO LEITOR
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São Paulo
"Disse Alckmin anteontem: "Claro que sou favorável [à manutenção
da aliança PSDB-DEM]. Agora, por
que quem está em primeiro lugar
precisa abrir mão para quem está
em terceiro? Eu nunca vi isso. Só se
for para ajudar o PT" (Brasil, 19/3).
Sempre soube que políticos tinham memória curta, mas mesmo
assim me surpreendi com essa fala.
Em 2005, Alckmin tinha 15% de
intenção de votos e estava em terceiro lugar como candidato à Presidência. Mas, como um menino birrento, se lixou para o Brasil. Com
ajuda de Aécio Neves e Tasso Jereissati, se impôs como candidato.
Sempre vi em Alckmin, Tasso e
Aécio armas secretas do PT."
ENY SEIDEL (São Paulo, SP)
"Impressiona-me a falta de bom
senso da bancada do PSDB na Câmara paulistana, em particular do
líder do governo, Gilberto Natalini,
em querer articular uma reeleição
de Gilberto Kassab, do DEM, à prefeitura da cidade.
A manutenção da aliança do
PSDB com o Democratas é importante, pois evita entregar de mão
beijada a administração da maior e
mais rica cidade do país ao PT de
Marta. Mas Kassab está prefeito
graças ao PSDB de Serra. Não fosse
isso, o governo do Estado cairia no
colo do PT.
E Alckmin está muito bem nas
pesquisas -e o PSDB jamais deveria abrir mão de sua candidatura.
Se o partido pretende vôos mais
altos em 2010, a estratégia é exatamente essa. Não se pode ficar à espera de milagres."
JOSÉ EDUARDO VICTOR (Jaú, SP)
Bolsa Mesada
"Só falta o governo Lula requerer
que os jovens entre 16 e 17 anos se
cadastrem para receber os R$ 30 do
governo federal na junta eleitoral
enquanto tiram o título de eleitor."
ANDRÉ PEDROSO (São Paulo, SP)
Atentado
"Em atenção à reportagem "Vítima de atentado durante ditadura se
sente injustiçada" (Brasil, 14/3),
que trata do pedido de anistia política dos senhores Diógenes Oliveira
e Orlando Lovecchio, temos a informar o que segue.
A lei 10.559, de 2002, concede reparação econômica a todos os perseguidos políticos pelo Estado brasileiro que apresentarem requerimento e documentação comprobatória junto à Comissão de Anistia
do Ministério da Justiça.
Assim procederam os cidadãos
Diógenes de Oliveira e Orlando Lovecchio Filho, ambos solicitando
reparação econômica. No entanto,
não há dispositivo na Lei da Anistia
que preveja reparação para o senhor Orlando Lovecchio Filho, que
não foi vítima de perseguição política pelo Estado brasileiro. Sua reparação se deu através de lei específica, que o beneficiou individualmente, aprovada pelo Congresso
Nacional.
Já o senhor Diógenes de Oliveira
foi declarado anistiado político
após processo que durou quase cinco anos, em que se verificaram os
dois requisitos principais da lei para a reparação: a inequívoca perseguição política e a perda do vínculo
laboral.
Assim, não cabe comparar os valores das indenizações de ambos.
Os regimes jurídicos são distintos.
Diógenes de Oliveira recebe
prestação mensal e continuada, como prevê a Lei de Anistia. Orlando
Lovecchio Filho recebe aposentadoria excepcional, de regime previdenciário, com valor fixado para si
pela lei 10.923/2004."
PAULO ABRÃO PIRES JÚNIOR, presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça
(Brasília, DF)
Zidane
"Em relação à visita do craque Zidane à favela de Heliópolis (Esporte, 17/3), gostaria, como coordenador do núcleo de São Paulo da ONG
Futebol de Rua - Craques por Natureza, de ressaltar a politicagem exacerbada que ocorreu no evento.
Desenvolvemos um trabalho de
futebol com as crianças da favela, e
nosso time se apresentaria para o
"bate-bola" com o craque e para o jogo de inauguração da quadra, mas,
infelizmente, a quadra foi tomada
por políticos (principalmente do
PT), que usaram o espaço para fazer
sua promoção -utilizando a imagem craque Zidane.
Eu e os demais professores da Futebol de Rua ficamos desde as 8h de
domingo com as crianças no vestiário da quadra, acertando detalhes e
recebendo inúmeras instruções dos
organizadores do evento sobre o
que poderia e o que não poderia ser
feito. Quando estávamos a poucos
metros de entrar na quadra, recebemos a notícia de que Zidane já tinha
ido embora.
Mostro aqui a nossa indignação,
pois as crianças estavam a uma semana sonhando com esse dia.
Crianças que nem conseguiram
dormir à noite de tanta ansiedade
por se imaginarem ao lado de Zidane e que, após convidadas a estar na
quadra, nem tiveram a oportunidade de vê-lo pessoalmente."
GLEYSON GONÇALVES, coordenador do São Paulo
Futebol de Rua (São Paulo, SP)
Trânsito
"A coluna "A barbárie" (Opinião,
16/3) contém dois erros.
1) No fim de 2007, a CET mudou
a forma de medir os congestionamentos. A área monitorada quase
dobrou, e por isso não se pode comparar os números de quilômetros
de lentidão em épocas diferentes
sem incorrer em erro. Os 100 km de
congestionamentos de "não faz tanto tempo assim" são semelhantes
aos "200 km para cima" de hoje.
2) O texto sugere que não teria
efeito a proibição de estacionamento nas ruas entre 5h30 e 7h30. Embora não seja hora de pico nas áreas
ricas da cidade, é hora de rush, por
exemplo, em lugares como a Estrada do M'Boi Mirim, de onde partem
cedo os ônibus para bairros centrais. Essa medida, ali adotada, ajudou a reduzir de 79 para 19 minutos
o tempo para percorrer todo o corredor de ônibus da avenida."
MARCO SIQUEIRA, coordenador de comunicação da
Secretaria Municipal de Transportes
(São Paulo, SP)
25 anos
"Leigos, curiosos, profissionais,
empresários, políticos, professores,
técnicos.... Todos nós já procuramos soluções, dicas ou orientações
no caderno Informática da Folha.
O tempo voa, e já são 25 anos de
serviço aos leitores.
Parabéns pelo trabalho de educação tecnológica e pela transmissão
de conhecimento científico que
a modernidade exige de toda a
sociedade."
SERGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)
Roberto Carlos
"Mais uma vez, o advogado de Roberto Carlos falta com a verdade ao
comentar o processo que o artista
moveu contra mim por causa do livro "Roberto Carlos em detalhes"
("Advogado de RC não vê invasão de
privacidade", Ilustrada, 18/3).
Marco Antonio Campos diz que
reclama de "diversos fatos inverídicos na biografia". Nas 504 páginas
de meu livro, há milhares de informações e centenas de episódios sobre Roberto Carlos e a música brasileira. E a única inverdade que eles
apontaram na obra -a de que o
cantor teria participado de festinhas regadas a drogas- não está escrita lá. Como noticiou a própria
Folha meses atrás, foi adulterada
na queixa-crime a frase do livro que
diz que, na Jovem Guarda, havia
uma "combinação de sexo, garotas e
playboys". Os advogados do cantor
trocaram a palavra "garotas" por
"drogas" para forçar a proibição da
biografia."
PAULO CESAR DE ARAÚJO (Niterói, RJ)
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