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RUY CASTRO
Acredite se quiser
RIO DE JANEIRO - Deu nos jornais e na TV por esses dias. Um cirurgião russo, Vladimir Kamashev,
abriu o pulmão de Artyom Sidorkim, 28 anos, para extirpar-lhe um
tumor cancerígeno -tudo levava a
crer que era um tumor cancerígeno.
Em vez disso, encontrou um broto
de pinheiro crescendo fuleiro e
pimpão no pulmão do rapaz, e já
medindo 5 centímetros.
O médico diria depois: "Tive de
piscar três vezes para ter certeza de
que não estava vendo coisas". Enquanto piscava três vezes, o cientista deduziu que Sidorkim inalara
uma semente que lhe fora parar no
pulmão, começara a germinar e se
tornaria um robusto pinheiro dentro do seu organismo se não fosse
removido. O que os botânicos não
entendem é como isso pode ter
acontecido sem o concurso da luz
solar -e, de fato, uma das partes do
corpo humano onde menos bate sol
é o interior do pulmão.
Em Nairóbi, no Quênia, o camponês Ben Nyaumbe pisou distraído
numa cobra de 4 metros de comprimento -uma píton. Ela o capturou,
levou-o para cima de uma árvore e
dedicou-se por três horas a tentar
espremê-lo até asfixiá-lo, triturar-lhe os ossos e engoli-lo. Nyaumbe
retaliou mordendo a cobra, para
grande espanto desta. Finalmente,
ele conseguiu tirar o celular do bolso, discar e pedir ajuda. Enquanto
esperava, envolveu a cabeça do bicho com a camisa, o que o salvou.
A píton foi capturada e levada viva para um aposento do prédio da
reserva florestal, do qual fugiu -segundo os policiais, passando por
baixo da porta- de volta para a selva. Ainda não está claro como uma
cobra capaz de engolir um homem
pode passar por baixo da porta.
Sempre gostei dessas histórias.
Nos anos 50, elas saíam muito numa coluna de jornal chamada
"Acredite Se Quiser", do cartunista
Ripley, e em comédias de Abbott &
Costello. Eu acreditava em todas.
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