São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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USP
O assassinato ocorrido na USP (Cotidiano, ontem) é a expressão do descaso do poder público com a melhor universidade do país: desde o salário insuficiente para os mais bem qualificados professores e pesquisadores do Brasil e a falta de equipamentos e até esse triste episódio.
DANIEL ARJONA DE ANDRADE HARA (Cotia, SP)

 

A questão da presença da Polícia Militar na USP é controversa há um tempo, porém a decisão de uma minoria apoiada pelo sindicato dos funcionários impede que ocorra uma mudança.
A segurança no campus é uma farsa. O controle de acesso à USP ocorre em dias aleatórios, em apenas uma das portarias, enquanto os acessos de pedestres permanecem sem guardas, principalmente no período noturno.
MALENA D'ELIA OTERO, estudante de geologia na USP (São Paulo, SP)

 

O crime na USP é reflexo da violência urbana, da impunidade e da intransigência dos estudantes, que não deixam a polícia entrar no campus. Mesmo com policiais na rua, acontecem crimes. Sem eles, vira um caos. MARIA DA PIEDADE DE PAULA (São Paulo, SP)

MEC
Apesar de ter muitas discordâncias com a linha editorial da Folha, gostei muito do editorial "Os livro" (Opinião, ontem), pela forma ponderada com que trata o tema e por buscar o âmago da questão. "Aprender custa tempo e esforço" (extraído do referido texto) deveria ser o pensamento norteador dos professores e alunos em qualquer nível de ensino.
A pretexto de evitar a "evasão", procura-se hoje fazer uma escola do jeito que o aluno quer, ou seja, um clube, uma casa de shows.
Perdeu-se o que sempre foi óbvio: ninguém (principalmente os pobres) faz somente o que quer, mas também o que precisa fazer. Sob a alegação de não criar constrangimento ou desagrado aos menos favorecidos, sonegam-lhes o direito de aprender.
SIDINEY RUOCCO JUNIOR, professor da Universidade Federal de Uberlândia (Uberlândia, MG)

 

Os ilustres especialistas em linguística que se manifestaram pela não restrição aos erros de português, esclareçam uma dúvida. A criança proveniente de família e bairro que fala "os livro" e "nóis fumo" vai sair da escola falando do mesmo jeito e será recusada por boas escolas e empregos, enquanto a de família que fala "os livros" e "impreterivelmente" seguirá na elite. Se a escola não nivelar os alunos por cima, para que servirá?
CARLOS B. MARCONDES, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, SC)

Código Florestal
O desmatamento já começou a crescer na Amazônia (Primeira Página, ontem). Se Dilma não retomar o controle sobre o processo de discussão do Código Florestal, assegurando o equilíbrio entre o interesse nacional e os interesses do setor rural, será o começo do fim do seu governo.
MAURICIO MERCADANTE (Brasília, DF)

Homofobia
Ao contrário de Mauro Lopez Rego ("Painel do Leitor", ontem), achei lúcida a explanação de Leandro Colling ("Tendências/Debates", 17/5) quanto às "teorias" sobre homossexualidade e a aceitação geral da "normalidade" da heterossexualidade.
A mesma visão ocorre quanto à estabelecida "normalidade", e mesmo "sacralidade", da família nuclear, que acoberta tantos horrores como qualquer outra associação, mas que ninguém ousa questionar nem debater, como se se tratasse de algo "natural".
RITA MOREIRA (São Paulo, SP)

 

Diante de tanta polêmica sobre a união civil entre homossexuais, cabe perguntar: por que obrigar todo mundo a concordar com o comportamento deles? É claro que merecem respeito, que não podem ser objeto de discriminação. Mas também não se pode acuar todos os que pensam diferente, criminalizando-os. É uma pena que os que tanto criticam o fundamentalismo religioso querem impor um fundamentalismo laico.
ROBERTO VIDAL MARTINS (São Paulo, SP)

FMI
Strauss-Kahn, que vinha adotando no FMI uma política exemplar para atender aos países em crise e modelar aqueles emergentes, teve sua saída definida por um golpe. Dependendo do novo ocupante da cadeira, políticas econômicas mais ortodoxas podem disparar conflitos internos e externos sem precedentes.
CARLOS HENRIQUE ABRÃO (São Paulo, SP)

Sacolas plásticas
Os vereadores de São Paulo aprovaram o banimento do comércio de sacolas plásticas, medida mais do que justa (Mercado, ontem). Pergunto aos vereadores: como fica toda a sujeira de plásticos gerada pelos políticos em época de eleição?
RUBENS MANOEL PARANHOS BELLO (Jandira, SP)

Fiscalização
O Savim (Sindicato dos Agentes Vistores e Agentes de Apoio Fiscal do Município de São Paulo) esclarece que a fiscalização realizada por esses servidores se dá com base em reclamações de munícipes, ofícios do Ministério Público, processos de ação fiscal etc., não sendo verdadeira a afirmação de que os fiscais "hoje têm autonomia para escolher quem vai ser fiscalizado e quando" (Cotidiano, 14/5).
A realidade é que se trabalha com eleição de prioridades em cada subprefeitura -são 31, com critérios distintos. Por outro lado, há mais de cinco anos não existe caso comprovado, com punição levada a efeito em processo penal, civil ou administrativo, de corrupção no quadro dos agentes vistores, sendo falaciosa a assertiva de que a fiscalização nas subprefeituras é tida como o principal foco de corrupção da Prefeitura de São Paulo.
SEVERINO ALVAREZ FERNANDEZ FILHO, secretário-geral do Savim (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA EVANDRO SPINELLI - Desde 2010, há uma relação de prioridades para os fiscais, mas eles continuam tendo autonomia para decidir quem fiscalizarão. Vão perder a autonomia quando o novo sistema entrar em vigor.

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