São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Órgãos mal-aproveitados
"A reportagem da Folha sobre transplantes de domingo último é um exemplo de bom jornalismo investigativo. De forma clara, são apontadas as virtudes e principalmente os problemas (e suas causas) das ações nessa área de saúde. A reportagem vai contribuir para que promovamos mais mudanças no setor."
José Serra, ministro da Saúde (São Paulo, SP)

"É triste saber que as pessoas que necessitam de um transplante encontram tantas dificuldades e vários órgãos são perdidos por problemas de burocracia e demora nas comunicações. Sou um apologista da doação e há muito tempo coloquei uma observação e o número de telefone dos meus familiares na minha carteira de identidade autorizando a retirada de todos os órgãos."
Altair de Almeida Costa (Belo Horizonte, MG)

Editorial
"O editorial "Microsoft dividida" (Opinião, 9/6) deixou-me completamente decepcionado. O estilo da escrita foi evidentemente "em cima do muro", e perdeu-se uma grande oportunidade para lançar aos leitores uma visão mais abrangente da conjuntura atual. Temo que o editorial tenha sido preparado por pessoas pouco informadas, que não compreendem o reflexo que essa decisão tem não somente para nós, cidadãos, mas também para corporações de mídia como a Folha."
Wagner H. Ikeda (São Paulo, SP)

Eficiência demais
"Muito provavelmente a unidade-modelo da Febem de Franco da Rocha foi fechada por falta de rebeliões e excesso de bons resultados. Talvez se as internas fizessem pelo menos um quebra-quebra por mês, a unidade não fosse fechada."
Silvio Castilho das Oliveiras (Brasília, DF)

Argumentos inválidos
"No dia 18 de maio, professores e funcionários públicos foram submetidos a uma brutal violência policial com bombas de gás lacrimogêneo, cavalos, cachorros e balas de borracha. Toda essa truculência foi "justificada" pelo fato de os manifestantes terem interditado uma das "principais vias de acesso a hospitais de São Paulo", a avenida Paulista, e por "impedirem o direito de ir e vir das outras pessoas". Para minha surpresa, anteontem, 18 de junho, torcedores do São Paulo interditaram, com a ajuda da polícia, as duas pistas da mesma Paulista. Nada contra os são-paulinos, mas por que eles podem e os professores, não? Será que em dia de jogo de futebol ninguém fica doente e precisa se locomover até um dos hospitais da região? Ou em finais de campeonato está suspenso o "direito de ir e vir" tão defendido um mês antes?"
José Cássio Másculo (São Paulo, SP)

Precatórios
"No final da reportagem "Renegociação beneficia credores" (Brasil, 18/6), de autoria de Sônia Filgueiras, sobre a questão de pagamento, pela União, das dívidas dos Estados e municípios contraídas em razão dos precatórios judiciais, a jornalista atribuiu-me duas declarações: uma criticando o governador Espiridião Amin que, como devedor dos títulos de Santa Catarina, recusou-se a assinar o acordo proposto pela União, mas, como credor dos títulos de Alagoas de posse do Banco do Estado de Santa Catarina, aceitou as condições e autorizou a assinatura do contrato. Minha declaração não foi bem assim, mas fica valendo. A outra declaração, porém, merece um urgente reparo. A notícia diz que o Tesouro Nacional considera esgotado o prazo para assinar os contratos de renegociação depois de publicada a Lei de Responsabilidade Fiscal. E que eu teria contestado o entendimento invocando o direito adquirido com fundamento nas resoluções do Senado publicadas antes da lei. Como advogado tenho, ao longo de 50 anos de profissão, cometidos alguns erros jurídicos, mas não tão graves como esse que me foi atribuído pela jornalista. Não há direito adquirido em razão do disposto pela norma em abstrato, e, sim, pelo ato praticado enquanto a norma esteve vigente, antes de revogada por outra. No caso específico de Santa Catarina, se o governador Espiridião Amin deixou de assinar o contrato pelos motivos que invocou, e que respeito, os portadores dos títulos não perdem seus créditos contra o Estado e de alguma forma irão recebê-los, ou por outros acordos, legalmente possíveis, ou por condenações judiciais, que obrigarão o Estado a honrá-los mais cedo ou mais tarde, inclusive como valores para pagamento de impostos estaduais."
Saulo Ramos, advogado (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

Esclarecimento
"No dia 14 de junho, concedi entrevista à excelente jornalista Elvira Lobato sobre a votação da Proposta de Emenda à Constituição que trata da propriedade de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora de sons e imagens e, por algum motivo, minhas respostas não saíram com exatidão na reportagem "Universal pretende a legalização de posse (de TVs)" (Brasil, 15/6) e ficaram fora do contexto do assunto tratado, permitindo segundas interpretações. Reafirmo que continuo acreditando na seriedade da jornalista e deste jornal, porém lamento que, por algum motivo, as respostas não tenham sido publicadas na exatidão das minhas palavras."
Carlos Rodrigues, deputado federal pelo PL-RJ (Rio de Janeiro, SP)

Tratamento
"Fere os fundamentos da ética, os preceitos da moral e até o mais elementar respeito aos direitos humanos a maneira como, seja pelas suas pesquisas de opinião, seja por seus articulistas e particularmente em seus editoriais, a Folha trata o prefeito Celso Pitta. Quando se diz que São Paulo é governada de um "motel municipal" (Clóvis Rossi, Opinião, 14/6, pág. A2), ou que há um "descalabro administrativo" na cidade, como no editorial "São Paulo no divã" (Opinião, 15/6, pág. A2), o jornal se limita a fazer coro aos políticos oposicionistas. Também o título em pesquisa sobre o retorno do prefeito eleito -"Para SP, volta de Pitta incentiva a corrupção" (15/6)-, assim como as perguntas da referida enquete são claramente dirigidas, no sentido de considerá-lo conivente com criminosos. O mesmo tratamento não é dado às demais esferas de governo. Não há pesquisas sobre os casos de corrupção nas administrações estaduais e federal que a própria Folha noticia. Por essas diferenças é que o prefeito Pitta disse ter sido o seu maior "equívoco" acreditar que "uma pessoa negra e humilde fosse ser aceita pelas elites com tranquilidade"."
Antenor Braido, secretário de Comunicação Social da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Meio ambiente
"Pode um ser racional, antes mesmo do pleno conhecimento de algo, querer destruí-lo, surgirá algo melhor quando, em verdade, tal fato anos-luz longe está de ocorrer? É o que estão pretendendo fazer alguns parlamentares, com a edição do "Código Antiflorestal", nome dado pelo povo à lei que pretende reduzir a reserva legal da Amazônia e, ainda por cima, diminuir as já diminutas áreas de mata atlântica e cerrado existentes."
Sérgio Aranha da Silva Filho (Garça, SP)



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