São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Popularidade
"Não consigo imaginar uma foto na capa da Folha com Fernando Henrique Cardoso e dona Ruth em trajes de festa junina. O PFL-PSDB até instituiu uma comissão de estudo para tentar descobrir o motivo da popularidade de Lula, mas está na cara: Lula é povo! Em toda a história, nenhum governante foi tão povo quanto este presidente. E não adianta a oposição subir em pau-de-arara, andar de jegue, comer buchada de bode e visitar festas de peão na tentativa de se tornar popular, pois será sempre considerada um "estranho no ninho do povo"."
JOHAN SCHEFFER (Castro, PR)

Eleições
"A reportagem "Atrás de Sérgio Cabral no Rio, Crivella questiona Datafolha" (Brasil, 15/6) tenta desqualificar a impugnação judicial por parte do PT do B-RJ de pesquisa Datafolha para o governo do Rio de Janeiro realizada entre 23 e 24 de maio. A impugnação se baseou em imprecisões metodológicas objetivamente apontadas na representação assinada pelo presidente do partido, Vinícius Cordeiro, e acolhidas pelo Ministério Público Eleitoral, transformando-se em denúncia ao Juízo Eleitoral. É do jogo democrático a liberdade de realizar e divulgar pesquisas, mas é também do jogo democrático questioná-las quando houver fundamento para isso. A forma como a Folha expõe a questão, afirmando que o PT do B-RJ, que hoje apóia Eduardo Paes, do PSDB, foi orientado por mim na sua iniciativa, dá a entender que, por ter sido orientação minha, a impugnação não tem fundamento. Isso, obviamente, não é democrático. Em qualquer caso, esperamos a decisão judicial, enquanto continuamos de olho em todas as metodologias de pesquisas eleitorais para ter certeza de que não há manipulação de intenção de votos a favor dos poderosos."
MARCELO CRIVELLA , senador pelo PRB-RJ (Brasília, DF)

Transporte
"Fico apavorado de pensar que ônibus convencionais vão circular cheios de passageiros por esse "superminhocão" que o ex-prefeito Pitta inventou. Agora não adianta criticar, pois já foram gastos muito milhões dos contribuintes nessa obra faraônica. A solução é dar a ela uma forma de transporte coletivo que seja seguro, decente, rápido, silencioso e que não provoque mais poluição. O único veículo de transporte que reúne todas essas qualidades é o "Tram", fabricado pela Siemens, Bombardier e Alstom. São composições moderníssimas, que circulam sobre trilhos de tecnologia avançadíssima e que têm longa durabilidade. A companhia Alstom, instalada na Lapa, já atende o metrô de São Paulo e a CPTM. Na França, a Alstom fabrica os modernos trens de alta velocidade, o TGV. Acredito que não custaria nada o prefeito chamar o presidente da Alstom e pedir uma sugestão sobre o meio de transporte mais adequado para circular naquela montanha-russa. Acho que eles estariam dispostos a trazer uma destas composições do "Tram" para uma demonstração ao povo paulistano e para ouvir a opinião do cidadão."
FRANCESC PETIT (São Paulo, SP)

A duras penas
"Felizmente, levanta-se entre nós a palavra certa e serena do juiz Marcelo Semer ("A duras penas", "Tendências/Debates", 18/6), advertindo sobre o erro crasso daqueles que advogam pelo endurecimento do sistema penal. O movimento que se está formando entre políticos e operadores do direito tem o viés americano do "law and order", que não trouxe evolução nenhuma à ciência penitenciária. Caminhamos, embalados pelas demonstrações de violência de encarcerados, na contramão do humanismo."
MAURIMAR BOSCO CHIASSO , juiz de direito aposentado (São Paulo, SP)

Cotas
"Hoje, no Brasil, busca-se resolver os problemas de uma maneira muito simplista. E uma dessas situações está no problema das cotas para descendentes de negros nas universidades. Realmente, a medida não trouxe soluções, e somente aumentou o preconceito. E fica a pergunta: o aluno entra na universidade porque é capaz ou porque é negro? Essa situação causa mal-estar, pois esses alunos sempre serão olhados como "reservas". No futuro, após estarem formados, serão considerados profissionais de segunda linha."
ISADORA LORENA LIMA DE ALVARENGA (São Paulo, SP)

Obras em SP
"Induz a erro a reportagem sobre obras que não foram concluídas ("Planos para embelezar SP ficam apenas na intenção", Cotidiano, 15/6). Ora, dos cinco exemplos citados, três são da administração municipal que antecedeu a atual gestão Serra/Kassab. Não há menção ao fato. A tal revitalização do largo do Arouche, por exemplo, previa a construção de um telecentro e de uma base da GCM em área tombada. Absurdo! Certamente não embelezaria nada, e a comunidade local era contra.O atual governo municipal, aliás, já reformou dois dos três jardins do largo do Arouche. Outro projeto da administração anterior é a reurbanização do Bom Retiro. Foi feito um projeto que deveria ser financiado pelos comerciantes, mas sem ouvi-los e sem sua concordância. Um projeto virtual. Não poderia mesmo ir para a frente. A revitalização da Barra Funda também é do governo passado. Trata-se de outro projeto feito sem consulta aos moradores e em área particular. Mostrou-se inviável. Foi um delírio da administração anterior. Como os outros dois projetos, foi arquivado. O atual governo municipal executa a reforma da rua Oscar Freire. Foram resolvidos alguns problemas contratuais, e as obras serão entregues em setembro. Por fim, há o novo calçamento da rua Augusta. A Folha publicou afirmações e insinuações de cunho eleiçoeiro da senhora Célia Marcondes. Bobagem. A prefeitura está elaborando o projeto e fará a obra com piso de qualidade. A reforma será entregue à altura do que a população paulistana espera, de acordo com a legislação vigente e com o cronograma a ser estabelecido."
ANDREA MATARAZZO , secretário de coordenação das subprefeituras e subprefeito da Sé (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Daniela Tofóli - Diferentemente do que afirma o secretário, a Folha deixou claro as datas de divulgação de cada projeto, bem como a previsão de início e de conclusão das obras. Também ouviu a prefeitura sobre cada obra citada e explicou que a comunidade não concordava com parte de algumas delas.


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