São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Enem
Lamentável o texto do professor Carlos Eduardo Bindi, "Critérios do Enem prejudicam São Paulo" ("Tendências/Debates", 18/9). Mais uma vez, a questão é discutir os números e nada mais.
Não concordo que redação deva ter, de modo algum, peso menor. Tem que ter o maior peso. A nossa grande dificuldade (na rede pública) é fazer com que crianças e jovens que foram punidos com a ausência de bons alfabetizadores tomem gosto pela leitura e pela escrita.
Nossa corrida, que sabemos ser inglória, é para melhorar uma defasagem de mais de 20 anos.
Baixar o peso da redação no Enem é um desserviço.
INÊS SZTYBE (São Paulo, SP)

 

Concordo com o artigo "Critérios do Enem prejudicam São Paulo". Talvez seja preciso lembrar que a correção da redação é a única em que pode ocorrer uma avaliação subjetiva da nota.
Como uniformizar a acuidade da correção em todo o país? Ou seja, um aluno muito bem preparado pode ficar "de fora" em cursos de grande concorrência -medicina, por exemplo- apenas em função da sorte do examinador de sua redação. É uma deficiência que precisa ser analisada pelos organizadores do Enem.
FERNANDO LOPES (São Paulo, SP)

 

A respeito da reportagem "O peso da redação" (Saber, ontem), é importante destacar que a correção de uma prova de redação não é necessariamente subjetiva ou não confiável.
O modelo do vestibular da Unicamp, em que a prova de redação (avaliada de maneira integrada com a leitura) está na primeira fase e vale metade da nota, vem sendo aplicado com grande êxito na seleção de candidatos com o perfil universitário desejado pela Unicamp há mais de 20 anos.
A capacidade de ler e de escrever é imprescindível para o aluno universitário, e muitas de nossas escolas não têm investido devidamente no desenvolvimento dessa capacidade.
Considerando a influência que o Enem e os exames vestibulares têm no ensino médio, é necessário que a redação seja valorizada nesses exames para mostrar para o ensino médio e para a sociedade em geral a importância da escrita na escola e permitir a seleção de candidatos com uma formação geral mais ampla.
MATILDE V. R. SCARAMUCCI, professora do Departamento de Linguística Aplicada e diretora do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp e MAURÍCIO U. KLEINKE, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin e coordenador-executivo do Vestibular Unicamp (Campinas, SP).

Justiça
Fiquei feliz com o texto de Fernando de Barros e Silva, "CNJ e faxina da Justiça" (Opinião, 18/9). A Justiça brasileira, como bem observado no texto, é autoritária e se crê infalível. Fossem nossos magistrados um pouco mais humildes e escutassem a voz do povo, eles saberiam que não é assim que são vistos.
Creio que muitas pessoas, em diferentes níveis socioeconômicos, percebem que a vergonha nacional talvez não esteja nem Executivo nem no Legislativo. Ambos, pelo menos de tempos em tempos, são obrigados a vir a público e dar explicações sobre seus atos, ainda que de forma insatisfatória e geralmente longe da verdade. Já o Judiciário...
EDSON LUIZ BUSCARIOLLI (São Caetano do Sul, SP)

 

Triste a ótica do articulista Fernando de Barros e Silva no texto "CNJ e faxina da Justiça". O discurso "o conhecido bordão 'decisão judicial não se discute' é bem sintomático dessa mentalidade autoritária, segundo a qual o Judiciário não deve satisfações à opinião pública nem pode ser contestado" é revelador da desinformação a respeito do assunto sobre o qual se dispôs a escrever.
Parece ignorar que, mesmo -e principalmente!- num Estado democrático de Direito, vivemos todos, sem exceção, sob o império da lei. Império este que cumpre ao Poder Judiciário velar que seja respeitado.
Parece ignorar ainda que a maior garantia de julgamento isento e imparcial a todos os cidadãos reside justamente no fato de o Judiciário não se deixar influenciar pela opinião pública, o que nem de longe significa ignorar a repercussão social ou jurídica de cada decisão!
E que as decisões judiciais comportam, sim, contestação, por meio de uma gama de recursos previstos na legislação, e não por artigos genéricos e de tônica populista publicados em jornais e revistas de grande circulação, hábito tão em voga nesses dias.
JOSÉ ANTONIO TEDESCHI, juiz da 3ª Vara Cível de Botucatu (Botucatu, SP)

Folhaleaks
Estou realmente feliz com o lançamento do Folhaleaks. É um programa de grande utilidade para a sociedade. É verdade que muitos não irão gostar, mas o que importa é o ganho para o cidadão. Muitos dirão que o povo dificilmente saberá os fatos graves, praticados por alguns políticos. Para esses incrédulos, tenho uma resposta: "Os répteis lodosos, por onde passam, deixam sempre respingos de lama".
NEY MACIEL BRABO (Santos, SP)

Família
Sempre escrevo para falar mal do Luiz Felipe Pondé, apesar de reconhecer sua cultura e inteligência enormes, mas ontem, ao abrir o jornal, literalmente caí de costas com o texto "Protocolos do afeto" (Ilustrada). Foi devastador! Falar da família é mexer em um dos pilares da humanidade -os outros são política, trabalho e religião. Poucas semanas atrás, Pondé citou Dostoiévski, dizendo que se Deus existe ou não, você crer ou não nele não vai alterar o destino dos fatos. Sublime!
JOSÉ MARCELO DE MATA BARRETO (Campinas, SP)

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