São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Nau sem rumo
"O Comitê de Política Monetária do Banco Central, em reunião extraordinária, aumentou a taxa de juros de 18% para 21%. Boa parte do empresariado manifestou-se contra esse aumento, alegando, em síntese, que não terá efeito sobre o câmbio (queda do dólar), que provocará recessão e que aumentará a dívida e a desconfiança do mercado, conforme publicado no caderno Dinheiro. O cidadão brasileiro está confuso. Afinal de contas, quem está certo? Ou será que somos uma nau sem rumo?"
Paulo Armando da Silva Villela
(São Paulo, SP)

Debates
"De início, achei que Lula deveria participar de todos os debates previstos -até por ele ser bom nisso. Mas, vendo o nível da campanha de Serra (Lula comparado à "Argentina e à Venezuela", "medo", "inflação galopante", "volta da censura", "destruição de tudo o que foi conquistado" etc.), provavelmente o "debate de propostas" teria grande chance de ser reduzido à repetição de cenas vistas em 1989."
Paulo Roberto Neves Costa (Curitiba, PR)

Campanha
"A que triste papel se prestou a atriz Regina Duarte no programa de José Serra. Ela deveria respeitar os milhões de brasileiros que estão descontentes e querem mudanças. Ela não precisa de mudança, pois tem um bom salário e uma vida mais digna do que os 70 milhões de brasileiros que deverão votar em Lula."
Irineu Tamaio (Brasília, DF)

"O PT e seus membros sempre se serviram de formas agressivas -com ou sem artistas- para fazer as suas campanhas. Sempre foram os donos absolutos da verdade. Se Deus viesse à Terra e não votasse no PT, Ele estaria errado. Quando Regina Duarte, uma atriz com poder de persuasão e credibilidade, aparece dando a sua opinião sobre o PT e sobre Lula, parece que mexeu num vespeiro. Agora está claro: Lula e o PT só aceitam quem vota no PT."
Roberto Moreira Da Silva (Cotia, SP)

"Como é bom poder dizer o que se pensa; o repórter poder escrever e o maestro poder responder no mesmo jornal ("Alegrias e amarguras de um maestro", pág. A3, 17/10). O candidato que está com a maioria das intenções de votos e, graças a Deus e à proteção de Nossa Senhora Aparecida, não ganhou no primeiro turno, já está querendo tirar a liberdade das pessoas de se manifestarem, como no caso Regina Duarte. Ainda está em tempo de salvarmos a nossa liberdade e valorizarmos o estudo e o trabalho."
Rosa Maria do Nascimento (São Paulo, SP)

Velha ladainha
"Todos os anos, repete-se a ladainha lamentando a seca dos rios. A seca extrema é produzida pelo homem por meio da destruição das florestas, da caatinga, do cerrado e das capoeiras, pela impermeabilização do solo e pelo assoreamento de brejos e ribeirões, tudo com a cumplicidade das "autoridades", indiferentes e ignorantes. Municípios como São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Ubatuba perdem suas florestas rapidamente. Fazendeiros, sitiantes, loteadores, empresários e prefeituras destroem os mananciais -certos de que ficarão impunes. Somente a conservação das áreas de vegetação natural (todas!) e o reflorestamento urgente poderão garantir a produção de água. Conhecimento científico para assessorar esse processo temos de sobra."
Celso Lago Paiva (Campinas, SP)

Habitação
"Em razão da resposta dada pelo sr. Luiz Salgado Ribeiro, secretário de Comunicação do Estado de São Paulo, nesta seção no último dia 15, sobre reportagem sobre o CDHU que cita o ex-governador Fleury, gostaríamos de esclarecer aspectos importantes do programa Chamamento Empresarial. A maioria dos contratos mencionados foram firmados já no governo Covas, ou seja, após o termino do governo Fleury. Esses contratos, assinados durante o governo Covas, sofreram uma modificação contratual, ou seja, a fórmula original do edital previa que o pagamento pelo terreno e pelas obras seriam feitos conforme o decorrer das obras -de maneira que, ao término da obra, esta e o terrenos já estariam quitados. A alteração feita pelo governo posterior foi para que os terrenos passassem a ser pagos à vista, descaracterizando as normas do edital, esse sim feito no governo Fleury. É importante lembrar que os poucos contratos assinados durante o governo Fleury também foram modificados após o término de sua gestão, em 1994. Portanto não se pode atribuir nenhuma irregularidade ao governo Fleury, já que até mesmo os contratos assinados durante seu governo foram alterados. Se houve irregularidades, ocorreram na gestão subsequente."
Roseli Bernardes, assessora de imprensa do deputado Luiz Antonio Fleury (São Paulo, SP)

Anúncio
"Achei um absurdo o anúncio da Samsung veiculado na Folha em 17/10 (págs. A5, A7 e A9). Já não basta a capa do caderno Ilustrada ser tomada semanalmente por um anúncio de roupa, agora a propaganda não somente tomou o espaço da notícia como ficou junto com ela. O anúncio atrapalhou minha leitura e fez-me pensar sobre qual deveria ser o espaço para cada coisa. Afinal, noticia é noticia, e propaganda é propaganda. Perde a Folha e perde o assinante."
Erico Aires (São Paulo, SP)

Paraná
"Em relação aos artigos publicados em 18/10 (pág. A3) pelos senadores paranaenses Álvaro Dias e Roberto Requião, esclarecemos: 1. A taxa anual de crescimento do PIB do Paraná está em 6,2%, conforme dados de 2000 do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Em 1994, a participação paranaense no PIB brasileiro era de 6,10%. Agora, passou para 6,58%. 2. O superávit da balança comercial do Paraná foi de US$ 720 milhões nos primeiros oito meses de 2002, segundo a Secretaria de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Em 1994, o saldo foi de US$ 1,91 bilhão e representava 18% dos US$ 10,4 bilhões obtidos pelo país no comércio exterior. Em 2001, o saldo paranaense (US$ 390 milhões) representou 15% do superávit nacional -US$ 2,6 bilhões. Como se sabe, as condições de comércio exterior tiveram profundas alterações no Brasil na última década. 3. Está incorreta a informação de que o Paraná perdeu 60 mil postos de trabalho formais. Dados da Relação Anual de Informações Sociais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho apontam a criação de 352.949 novos empregos formais entre 1995 e agosto de 2002 no Estado. A política de desenvolvimento do governo do Paraná criou 700 mil empregos nos últimos anos, suprindo a extinção de postos em setores como o bancário, por exemplo."
Roberto José da Silva, coordenador de imprensa da Secretaria de Estado da Comunicação Social do Paraná (Curitiba, PR)


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