São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Medicina
"Na seção "Tendências/Debates" de 19/12, o deputado Doutor Rosinha afirma que as faculdades de medicina caça-níqueis, estruturadas por empresários inescrupulosos que visam só o lucro e não a qualidade da educação, deveriam ser punidas, pois o aluno não teria condições de diferenciar antecipadamente se estaria ou não entrando numa arapuca de baixa qualidade.
Será mesmo que um aluno que se interessa por uma profissão valorizada e ainda rendosa como a medicina, provavelmente proveniente de uma família de bom nível cultural e econômico, pode ser considerado ingênuo, uma vítima da enganação arquitetada por cínicos vendedores de sonhos? Por que apenas o empresário é culpabilizado por tentar vender diplomas, se afinal há quem queira comprar esses diplomas e, com eles, subir de vida?
Se estamos num sistema capitalista, de livre iniciativa, deveria-se não criar problemas a quem quer vender ou comprar diplomas, mas os conselhos e ordens de cada profissão deveriam ter a autonomia de legitimar quem pudesse efetivamente exercer a profissão, com exames que exigissem padrões mínimos de competência e qualificação, que atestassem a diferença entre ser formado e ser profissional."
LEANDRO ALVES RODRIGUES DOS SANTOS (Santo André, SP)

Copenhague
"A ONU anda decadente. Monteiro Lobato conta a fábula da "Assembleia do Ratos': os ratos se reuniram e deliberaram pendurar um sino no pescoço do gato -assim, todos os ratos poderiam fugir a tempo. Houve aplausos fervorosos para todos os discursos. Na hora da ação de colocar o sino, todo mundo pulou fora... Do mesmo jeito fracassou solenemente a reunião ambiental."
MOISÉS MICHEL LEVY (São Paulo, SP)

Aécio
"Mais uma vez Aécio Neves prova não ser turrão, porque, como é habito na política mineira, ele não passa de um traidor, e nós paulistas sabemos muito bem disso. Se José Serra não concorrer e essa cria do Tancredo Neves chegar a disputar a Presidência, nós, paulistas da gema, devemos anular nossos votos."
LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP)

Dirceu
"É sempre oportuno abrir espaço para o debate, e a Folha o mostrou ao publicar (16/12) uma réplica de José Dirceu ao meu artigo (de 9/12) sobre os custos da cumplicidade ostentada pela acolhida do presidente Lula ao representante de um governo marcado pela intolerância religiosa e étnica, acusado de dar apoio a movimentos terroristas e de desenvolver um programa nuclear com objetivos bélicos, e ele mesmo pessoalmente acusado de fraude eleitoral maciça e de repressão sangrenta contra seus oponentes.
Dirceu tem o direito de apoiar o armamento nuclear iraniano, de justificar os movimentos terroristas como o Hamas, que combatem militarmente a própria Autoridade Palestina, de preferir o sanguinário Ahmadinejad a Shimon Peres, um dos dirigentes internacionais que mais se notabilizaram na busca incessante de uma solução negociada na Palestina, de apoiar o líder xiita em sua denegação do holocausto judeu e em sua pregação pela extinção do Estado de Israel, e de preferir a democracia e o respeito aos direitos humanos tal como se praticam no Irã, por oposição a como se praticam nas democracias ocidentais. É uma opção intelectual e moral que pode se manifestar abertamente em países livres, embora não em países de sua predileção, como o regime xiita de Teerã. Só lamento que, para fazê-lo, o autor, em vez de argumentos, lance mão de ofensas pessoais e denúncias que não se deu o trabalho de fundamentar. Reservo-me o direito de só debater em nível elevado de civilidade."
JOSÉ AUGUSTO GUILHON ALBUQUERQUE, professor titular aposentado da FEA-USP (São Paulo, SP)

Desigualdade
"O artigo de Marcio Pochmann (Opinião, 18/12), presidente do Ipea, dá-nos oportunidades para entender várias vertentes de explicações de por que está em vigência a mobilidade social tão falada pelos sociólogos. O ponto central de sua análise se centra na relação "crescimento demográfico" versus "crescimento econômico", já discutida profundamente nos livros de Paul Singer. Embora não aconteça uma distribuição de renda, o crescimento econômico de alguns setores vem revertendo o padrão demográfico preexistente ("piramidal') para a tendência de "U" invertido, como prevalece nos países desenvolvidos. Parabéns pelo excelente artigo."
JOSÉ ROBERTO MEDINA LANDIM, professor de sociologia rural na Unesp (Ribeirão Preto, SP)

Ilustrações
"Aprecio muito as ilustrações de Dora Longo Bahia, por sua coerência, contemporaneidade e precisão (Ilustrada, às sextas-feiras, na coluna de Carlos Heitor Cony). O resultado é belo e diáfano."
NORMA PEREIRA DE ARAÚJO LIMA E SILVA (Guararapes, SP)

Sarney
"Comove o relato do maranhense José Sarney, senador pelo Amapá, sobre a menina Beatriz (Opinião, 18/12). Entretanto, se o senador atentar para seu próprio Estado, verá que lá há muitas pessoas em perfeitas condições físicas, mas que também quase não podem comer."
NIVALDA APARECIDA CAMPOS (São Carlos, SP)

Universal
"É muito grave e preocupante o fato de um ex-vereador do Rio, de 81 anos, ter sido assassinado dias após ter feito denúncias graves de lavagem de dinheiro contra a Igreja Universal. No mínimo, a morte do denunciante, que é ex-membro da referida igreja e que disse ter atuado como "laranja" da mesma, coloca sob sérias suspeitas a igreja. Esse crime precisa ser investigado da maneira mais profunda possível."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Enchentes
"A Secretaria de Saneamento e Energia considera equivocada e de má-fé a informação veiculada por blogs e sites e aceita como verdadeira pelo editorial "Alagados" (18/12) de que a operação da barragem da Penha foi uma das causas do alagamento no Jardim Romano. Já tinha sido informado ao jornal que as seis comportas da barragem da Penha foram fechadas das 3h do dia 8 até 10h do dia 9 para regular o fluxo das águas do Tietê durante as chuvas fortes que caíram na região metropolitana nessa ocasião. Desde então permanecem completamente abertas. Não existe a possibilidade de que essa operação técnica tenha contribuído para a enchente daquele bairro. Primeiro, porque o Jardim Romano está em um nível 10 metros acima do nível máximo da barragem; segundo, porque a água acumulada pela barragem atinge, no máximo, 10 km de distância, e o Jardim Romano fica a 14 km dali; terceiro, porque o fechamento se deu há cerca de 10 dias e por pouco tempo. Jamais poderia causar o acúmulo de água que permanece até hoje, mesmo com o Tietê fluindo normalmente nos últimos dias." HUGO ALMEIDA, assessor de imprensa da Secretaria de Saneamento e Energia (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: cardeal dom Eugenio de Araujo Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ); Yusuke Takahashi, Consulado Geral do Japão em São Paulo (São Paulo, SP); Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP (São Paulo, SP); João Crestana, presidente do Secovi-SP (São Paulo, SP); Marco Marsilli, cônsul-geral da Itália (São Paulo, SP); Hidenari Hayashi, presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil (São Paulo, SP); Milton Seligman e Alexandre Loures, Ambev - Cia. de Bebidas das Américas (São Paulo, SP).

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