São Paulo, segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Governo Lula
Não há como discordar do editorial de 19/12: "Saldo favorável". Ao menos Lula tirou muita gente da fome. Contudo, nunca antes se viu um presidente gastar R$ 1 trilhão em oito anos. Nem a construção de Brasília custou tanto! Pobre deste país em que o presidente está pouco se lixando com a dívida que deixa para as futuras gerações.
CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

 

O "saldo favorável" que o editorial da Folha atribui ao governo Lula tem verdades incontestáveis, principalmente por ele não ter desmerecido o trabalho iniciado por seu antecessor Fernando Henrique Cardoso na economia.
Porém não podemos deixar de frisar que esse saldo ainda está muito aquém do aceitável: a educação é muito ruim, a saúde está em frangalhos, o saneamento básico é uma vergonha, a corrupção é uma das maiores do mundo, e a distribuição de renda é obscena.
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Congresso
É um grande equívoco supor que os parlamentares pertençam a uma "carreira" e que, por esse motivo, "necessitem remuneração que os afaste da corrupção".
Os parlamentares deveriam ser indivíduos com projetos de interesse da sociedade. Supor que a atividade parlamentar seja uma carreira é uma afronta à democracia e dificulta a alternância de novas lideranças com projetos de renovação social.
É hora de uma reforma política que restrinja a possibilidade de reeleição e que torne claro que o mandato eletivo não é uma carreira, mas uma função pública de valor inestimável, cujo maior requisito é o idealismo e não a vontade de obter uma sinecura.
AIRTON REIS JR. (Guarulhos, SP)

 

A pergunta de Tiririca parece cada vez mais atual e aplicável aos legisladores brasileiros: para que servem? A que povo servem?
A subserviência do Legislativo ao Executivo é traço característico de vereadores, deputados e senadores. A lei hoje é composta essencialmente de propostas enviadas pelo Executivo, e os legisladores são meros homologadores dos interesses dos governos.
A eles cabe legislar apenas sobre propostas de menor importância, quando tratam do interesse coletivo (nomes de ruas, homenagens), e de maior custo, quando tratam de seus próprios interesses (emendas a entidades fantasmas, aumento de seus proventos e verbas de gabinete).
Pode-se argumentar que aos membros do Legislativo compete a nobre tarefa de fiscalizar o Executivo, punir, cassar. Ora, mas como alguém que se serve dos favores de outrem, como mensalões e cargos comissionados, possui condições de fiscalizá-lo?
De quem é a culpa? Por certo é daqueles que empenham seu voto por favores pessoais, simpatia, parentesco ou amizade. Poucos são os que escolhem seus representantes pela competência ou por seu currículo. A seguir neste processo de deterioração do Legislativo, o país caminha a passos largos para uma ditadura.
ENZO MONTANARI RAMOS LEME (Bragança Paulista, SP)

Pronasci
O Ministério da Justiça esclarece, sobre a reportagem "Balanço superfatura ações da PF contra o crime organizado" (16/12), que o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) foi criado em 2007 com aprovação unânime do Congresso Nacional. O Pronasci articula ações de repressão qualificada com ações preventivas envolvendo União, Estados e municípios.
As UPPs são o projeto de policiamento comunitário mais bem sucedido no país e com maior visibilidade. Mas outros projetos têm tido destaque, todos com resultados muito positivos.
Em Pernambuco, o projeto Ronda nos Bairros conseguiu diminuir consideravelmente a violência na comunidade de Santo Amaro. No Ceará, a Polícia Amiga atinge relevantes números na queda dos índices de violência.
O Território de Paz está sendo implementado em comunidades com altos índices de violência nas maiores regiões metropolitanas. Estima-se que 1.200.000 de pessoas estão sendo beneficiadas nessas comunidades.
RONALDO TEIXEIRA, secretário-executivo do Pronasci (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA MARIO CESAR CARVALHO - A informação de que são 400 mil os beneficiados pelos Territórios da Paz, citada na análise da Folha, está na pág. 404 do balanço divulgado pelo governo.

Ateísmo
Quero parabenizar Vera Guimarães Martins pelo belo e oportuno artigo "Ateu é a mãe" (Opinião, 19/12). É uma síntese crítica que destaca o maniqueísmo demagógico-instrumental da direita (apresentador José Luis Datena) e da pseudoesquerda antirrepublicana de Frei Betto. Oxalá tivéssemos mais manifestações desta qualidade e pertinência.
CARMEN DULCE VIEIRA, professora da UFMG (Belo Horizonte, MG)

Crise no MIS
Impossível ler qualquer coisa sobre Daniela Bousso, o MIS e o Paço das Artes (Ilustrada, 12/12) e não lembrar o quanto Daniela, nessas duas instituições, vem fazendo para divulgar as vertentes mais radicais da arte brasileira e internacional, além de manter abertos esses espaços para a jovem produção artística brasileira.
Comparar o Paço e o MIS com qualquer outra instituição é não levar em conta que, ao assumirem posturas francamente prospectivas no campo da arte, essas instituições jamais terão resultados imediatos de público. O que não retira delas a importância singular que possuem no quadro das instituições de arte no Brasil.
TADEU CHIARELLI, diretor do MAC-USP (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Fernando Girão (São Paulo, SP); Vanderlei Siraque e Elisabete Tonobohn (São Paulo, SP); Avelino P. Vieira (São Paulo, SP); Maria das Graças de Oliveira Ancelmo (Patrocínio, MG); José R. A. de Sant'anna (Salvador, BA); Pedro Fortes (São Paulo, SP); Atelier de Idéia (São Paulo, SP); Suely Rezende Penha (Campinas, SP); e Arnaldo Jardim, deputado federal (São Paulo, SP).

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