São Paulo, quarta-feira, 21 de janeiro de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Controle do Ministério Público
"Simplesmente ridículo o comentário de José Dirceu pressionando o poder público em relação ao caso do prefeito Celso Daniel. O Ministério Público tem, sim, de averiguar o que realmente aconteceu -e sem nenhuma pressão. Quem fez e faz uso político de casos similares é o PT. principalmente com o caso de procuradores federais em relação a integrantes do governo FHC."
Antonio José G. Marques (São Paulo, SP)

 

"Foi para isso que José Dirceu lutou contra a ditadura? Para ficar com o osso e fazer tudo igual?"
Daniel Dalmoro (Campinas, SP)

Energia
"Ao comentar o acordo do BNDES com a AES ("Banco já cedeu e perdoou juros da norte-americana", Dinheiro, 19/1), a Folha afirma que "o banco recuou e aceitou que as ações da AES Tietê -a mais rentável unidade do grupo no Brasil- fossem mantidas como garantia de empréstimo contraído nos EUA". Não houve recuo nenhum do BNDES, como publicou o jornal "Valor", que integra o mesmo grupo da Folha, ao registrar que, para compensar a dívida de US$ 300 milhões da AES Tietê, "o BNDES recebeu cerca de US$ 300 milhões, sendo US$ 50 milhões decorrentes da criação de ações preferenciais da Brasiliana, mais US$ 168,3 milhões (metade do crédito da Uruguaiana, de US$ 336,7 milhões)". Acrescentou o "Valor': "Os restantes US$ 83 milhões foram obtidos da diferença da subscrição de ações da Brasiliana. Enquanto a AES subscreveu as ações ON a R$ 6,46, o BNDES comprou por R$ 5,03". Portanto, não houve nenhum recuo do BNDES."
Carlos Newton, assessor da presidência do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)

Anti-semitismo e sionismo
"O senhor Mateus Soares de Azevedo achou melhor ignorar, em seu artigo "Judaísmo, anti-semitismo, sionismo" ("Tendências/Debates", 20/1), que a maioria da população de Israel é originária de países muçulmanos daquela região mesmo -localizados no Oriente Médio e na África. Também ignorou que os refugiados são conseqüência de guerras empreendidas contra Israel por coalizões de países árabes. Ignorou igualmente que o Estado de Israel é reconhecido por praticamente todos os países, mantendo relações diplomáticas com quase todos, inclusive o Egito, a Jordânia, a Turquia e o Vaticano, sendo reconhecido e aceito pela Autoridade Palestina. A maioria dos judeus apóia o sionismo, mas, como o senhor Mateus Soares de Azevedo é um legítimo anti-sionista, conclui-se que ele se opõe à maioria do povo judeu neste particular."
Sérgio Isaias Yurgel (Osasco, SP)

 

"Parabenizo a Folha pela publicação do excelente artigo "Judaísmo, anti-semitismo, sionismo". No momento da construção do mais novo "muro da vergonha", alguns ainda tentam impugnar qualquer crítica ao Estado de Israel como manifestação de anti-semitismo. Ao distinguir claramente o judaísmo desse nacionalismo expansionista e secular que é o sionismo, o autor nos brinda com a irônica e dolorosa lembrança de que um dos ápices da cultura judaica se deu em terras muçulmanas. Pergunto: o rabino Hirsch, que se opõe vigorosamente ao Estado de Israel e defende a devolução integral da Palestina aos seus legítimos donos, pode ser chamado de anti-semita?"
Sérgio Sampaio (São Paulo, SP)

 

"Mais que oportuna a publicação do artigo "Judaísmo, anti-semitismo, sionismo". É realmente fundamental fazer distinção entre a maravilhosa tradição espiritual judaica, o caráter nitidamente racista do anti-semitismo e a legitimidade de uma oposição política ao fenômeno -também político- do nacionalismo sionista. Muita incompreensão e muito preconceito surgem da confusão dessas diferentes realidades."
Alberto V. Queiroz, diretor da Secretaria de Defesa do Cidadão da Prefeitura de São José dos Campos (São José dos Campos, SP)

 

"O artigo do professor Azevedo, com omissões históricas e falácias óbvias, tenta diferenciar as várias faces da aversão aos judeus -sem dúvida para separar a atual oposição a Israel de sua componente anti-semita. Embora seus argumentos mereçam refutação detalhada, a falsidade de sua conclusão sobre as "três realidades distintas" é facilmente demonstrada: da mesma maneira como o "compreensível" antijudaísmo acaba pregando o extermínio dos judeus (Lutero é apenas um exemplo, as Cruzadas, outro), o "legítimo" anti-sionismo chega ao mesmo ponto (a matança de judeus por suicidas). E ambos encontram-se com o "inaceitável" anti-semitismo, que não precisa de motivos para matá-los. Diferenças semânticas entre os três sem dúvida existem. O ponto em comum é este: chame-se antijudaísmo, anti-semitismo ou anti-sionismo, suas vítimas estarão num cemitério judeu."
Alberto Dwek (São Paulo, SP)

Transportes
"O secretário municipal de Abastecimento e Projetos Especiais da Prefeitura de São Paulo foi injusto ao afirmar, em carta publicada no dia 9, que "o governo do Estado anuncia (futuras estações de metrô) e nunca as entrega". Ao longo dos últimos nove anos, o governo do Estado entregou 21 novas estações, das quais 11 são de metrô. As outras dez são da CPTM, todas no município de São Paulo. Das novas estações de metrô, seis fazem parte da Linha 5. Também foram concluídas e entregues, em 1998, as extensões da Linha 1 e da Linha 2. Na CPTM, foram construídas sete estações na Linha C e três no Expresso Leste. Em breve, serão iniciadas duas obras: o prolongamento da Linha 2 e a Linha 4, que vai ligar a Vila Sônia à estação da Luz. Será a primeira vez que teremos obras em duas linhas de metrô ao mesmo tempo."
Jurandir Fernandes, secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)

Sem mudanças
"Em carta publicada nesta seção em 18/1, o prefeito de Rio Pomba informou que apoiou Lula acreditando em mudanças. Pois o PT de Rio Pomba também apoiou o prefeito na eleição de 2000 acreditando em mudanças de atitude -que também não aconteceram. Sabemos nós que administrar com recursos próprios é louvável, mas a cidade espera muito mais."
Gilberto Quintão, membro do PT de Rio Pomba (Rio Pomba, MG)

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