São Paulo, domingo, 21 de março de 2010

Texto Anterior | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Judiciário
"O leitor Manoel Lopes Veloso Sobrinho, no "Painel do Leitor" de 20/3/10, defende as férias dos juízes recorrendo a um argumento muito comum, embora claramente contraditório. Segundo ele, os juízes trabalham demais nos fins de semana, após o expediente e "principalmente também durante boa parte do período de férias". Ora, se os juízes de fato não gozam de 60 dias de férias, por que insistem nestas férias "teóricas'? Se, na realidade, eles nunca têm 60 dias de férias, por que não assumir essa realidade?
É mais lógica e coerente a proposta do ministro Cezar Peluso, que tanta reação negativa provocou na corporação dos magistrados. Se já é difícil, num Estado republicano, entender os 60 dias de férias para uma "casta" de servidores, mais difícil ainda é entender o argumento em favor dessas férias, qual seja, o de que eles "trabalham" nas férias!"
CARLOS VICTOR MUZZI FILHO (Belo Horizonte, MG)

 

"O sr. Manoel Lopes Veloso Sobrinho alega que, em sua maioria, os juízes dedicam seu tempo integral após o funcionamento do fórum e nos finais de semana para tornar a Justiça mais célere. Ora, ilustre doutor, informo que nós, advogados, temos sim limitados 20 dias de recesso no final do ano.
Cumprimos prazos exíguos e vemos os processos se arrastarem por longos anos, causando prejuízo às partes, permanecendo "conclusos" por meses e às vezes até mais de ano, sendo certo que os magistrados têm uma retaguarda (cartório) para lhes auxiliar. Portanto, ao contrário do alegado, creio que não podemos falar de uma maioria, e sim de uma minoria. No meu entender, é correta a decisão de reduzir as férias dos magistrados a fim de que a nossa Justiça realmente funcione, pois uma justiça que tarda é falha!"
LUIZ HENRIQUE SOARES NOVAES (Santos, SP)

PSDB
"Na coluna "Painel" (20/3, pág. A4), o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou aos tucanos mais próximos que foi surpreendido pela entrevista de José Serra ao apresentador José Luiz Datena, quando ele confirmou que é candidato à Presidência. Bem pior foi Tasso Jereissati, que em diversas oportunidades deixou claro que preferia Aécio Neves. Ambos são lideranças que pouco significam em termos nacionais, são pouco conhecidos no povão. O que o eleitorado espera é que estas "lideranças" se afastem da campanha presidencial, pois está claro que nada acrescentarão, mas podem atrapalhar muito, com Serra perdendo precioso tempo, se desgastando com pessoas do próprio partido, "amigos" que fornecem munição aos inimigos.Tasso está provocando Serra, esperando que ele reaja, para justificar seu mergulho de cabeça na campanha de Ciro. O PSDB é um amontoado de cobras venenosas, picam até amigos."
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

Oriente Médio
"O que à primeira vista parecia um ponto de inflexão no processo de paz entre Israel e Palestina, agora tende a se revelar apenas retórica, sem alterar o status quo desejado por Israel (Mundo, 20/3). Avigdor Liberman mostrou que Israel não dá a mínima à "condenação" que lhe foi imposta pelo chamado Quarteto quando diz que suas cobranças "danificam as possibilidades de acordo". As construções em Jerusalém Oriental continuarão, demonstrando a impotência dos que defendem justiça e sensatez nas relações entre as partes."
OTTFRIED KELBERT (São Paulo, SP)

Folhateen
"Na edição de 16/3, um leitor pediu, nesta seção, que não lhe fosse mais enviado o suplemento Folhateen, acusando-o de ter conteúdo pornográfico. Fui atrás da reportagem publicada no caderno no dia 15/3. O tema era abuso sexual sofrido por adolescentes -citando o praticado pelo pai ou pelo padrasto.
É uma pena ver pessoas privando os filhos de entrarem em contato com temas tão sérios e de terem opinião própria. Espero que a reportagem tenha servido de incentivo para que os redatores e colaboradores da Folha escrevam cada vez mais, em todos os cadernos."
MARCELO HENRIQUE PEREIRA MARQUES (São Paulo, SP)

Lei do Silêncio
"Quando li o editorial "Capital do Barulho" (Opinião, 19/3), logo concluí que o vereador Carlos Apolinário era evangélico, o que confirmei na internet. A nova Lei do Psiu exige que o dono do estabelecimento denunciado esteja presente no momento da medição do ruído. Ou seja, na hora em que o berreiro de um templo evangélico denunciado estiver no auge, seu dono, também chamado de pastor, deverá estar presente no interior da casa do reclamante acompanhando a fiscalização. Se esta nova lei não tem o claro propósito de intimidar o denunciante, por favor, corrijam-me."
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

 

"O sr. Carlos Apolinário ("Painel do Leitor", 20/3) ou é um mentiroso ou chamou 139.890 eleitores de mentirosos. Ele infere que 99,3% das denúncias não foram convertidas em multas porque eram descabidas. Segundo o raciocínio do referido edil, todos os fiscais são incorruptíveis, não existiu nenhuma propina para que a multa não fosse aplicada, e a fiscalização foi feita imediatamente após a denúncia.
Há alguns anos, eu e todos os moradores do prédio em que morava ligamos para o tal Psiu reclamando do volume da música de uma festa no salão ao lado. O atendente do serviço respondeu com a mesma ladainha para todos nós: em um prazo máximo de 20 dias vamos fazer uma verificação. Piada pronta, diria o Simão. Fizemos uma vigília em frente ao salão e, até as 5h, quando a festa acabou, não apareceu ninguém. Temos ai uma reclamação que não resultou em multa. Precisamos explicar as outras 139.889."
DAGOBERTO VILLAFRANCA (José Bonifácio, SP)

Drogas
"Quero parabenizar Cesar Maia pela simplicidade e clareza de seu artigo (Opinião, 20/3) a respeito da campanha de descriminalização das drogas. O movimento encabeçado por Fernando Henrique Cardoso vai na contramão de alguns países da Europa, que já perceberam que isto não dá certo. Este assunto tão importante carece de ampla discussão, uma vez que o produto final é uma enorme quantidade de gente devastada pela droga."
ELIETE CHULUCK (São Paulo, SP)

 

"É fácil reverter o quadro de problemas e dizer que a descriminalização das drogas estimula o tráfico nas classes mais pobres e, consequentemente, o consumo em geral, quando na realidade é a má distribuição de renda e a falta de perspectivas na educação e no trabalho que incentivam muitos jovens à sobrevivência a qualquer custo. Isso continuará a ser feito de uma ou outra forma -com ou sem repressão. Vale não negar as medidas tomadas pela Holanda quanto ao problema das drogas, o que é infelizmente induzido nesse comentário de Cesar Maia. Checando a página do Instituto Trimbos da Holanda, qualquer um poderá ler (em inglês) sobre a filosofia adotada nesse país. Tendo em vista a falta de resultados positivos da política repressiva às drogas no mundo atual, a Holanda investiu em informação, educação e prevenção do problema, obtendo melhores resultados. E vale não esquecer do setor ilegal que é formado pela criminalização da droga no mundo.
Esse setor, sim, não tem interesse algum na perda desse ganha-pão."
ANAÍS FERREIRA FURTADO (Campinas, SP)

Glauco
"O pai do assassino do cartunista Glauco declarou que sua ex-esposa era portadora de distúrbio psíquico.
Provavelmente ele se referia à esquizofrenia. Que chegava em casa e "via o filho ajoelhado rezando para as plantas alegando ser Jesus". São delírios típicos de portadores tanto de esquizofrenia como de viciados em cocaína ou metanfetamina. A probabilidade de uma pessoa ser portadora de esquizofrenia é de 10% a 15% quando um dos pais tem a doença. Como pai, convivi com meu filho portador de esquizofrenia e conheço as facetas da doença.
Com essa informação não tenho a menor intenção de amenizar a culpa do assassino, mas o portador de esquizofrenia só é violento quando não medicado. E, não medicado, ele vai à procura de drogas ilegais."
MARIO SERGIO LIMBERTE (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman



Texto Anterior: Mark Weisbrot: Irã: Lula não deve ceder à pressão dos EUA

Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.