São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Parabenizo a Folha pelo editorial ("Pai e mãe", 19/8).
Sensato e ponderado, como sempre, mesmo assim não deixou de exprimir uma inquietação que vem rondando todos aqueles que não querem ser tratados por tolos nestas eleições.
Durante quatro anos, o que se exigirá de um governo é racionalidade, organização, técnica administrativa e política, proposição de projetos e de políticas públicas. Os cidadãos atentos sabem que não é possível termos quatro anos de bravatas e de fabricação de emoções artificiais.
Mas o que temos visto é este verdadeiro palco da zombaria, da canalhice e de toda sorte de manipulação. É o persuadir por persuadir, o iludir por iludir, e nada mais. Certos candidatos mal sabem do que estão falando.
É neste momento, em que precisamos decidir, que temos o direito de saber quem são eles, verdadeiramente, e não o que escondem os seus marqueteiros.
LUIZ CARLOS NÉSPOLI (São Paulo, SP)

 

O editorial "Pai e mãe" mostrou-se tendencioso em relação à candidatura de Dilma Rousseff ao alegar que ela nunca dirigiu nada. Pois bem, e o PSDB, que está no governo de São Paulo há quase 20 anos, o que fez?
Se o PSDB fosse um "diamante" na arte de governar, não estaríamos escutando tantas promessas dos seus candidatos e São Paulo seria a oitava maravilha do mundo. Mas não é isso o que vemos no dia a dia. O dever da mídia é relatar o noticiário e colocar em seus editoriais a verdade, e não mostrar-se tendencioso.
FRANCISCO DE ALMEIDA FERRAZ (São José dos Campos, SP)

 

Que história é essa de pai e mãe nas eleições presidenciais?
O povo brasileiro precisa de homens e mulheres públicos que honrem os seus cargos, e não de figuras maternas ou paternas a vigiar filhos sem independência nem autonomia.
Como disse o editorial, o viés autoritário e populista mal se disfarça.
HERBERT LUIZ BRAGA FERREIRA (Manaus, AM)

Assassinatos
Há dez anos, no mesmo dia em que Pimenta Neves assassinou sua ex-namorada, perdi um casal de amigos brasileiros da mesma forma no Texas (EUA).
Lá, o assassino foi rapidamente capturado, julgado, condenado e executado.
Não se trata de apologia à pena de morte, até porque sou contra a esse tipo de punição. Mas parece não ser só essa a diferença entre esses dois países.
MARCELO ERGESSE (Osasco, SP)

Metrô
O texto "Expansão do metrô recebe menos verba que obra viária" (Cotidiano, 15/8) induz o leitor a concluir equivocadamente que os investimentos do Estado em obras viárias são maiores que no transporte coletivo.
O governo tem feito investimentos importantes no sistema viário, como o Rodoanel e a Nova Marginal Tietê, mas os investimentos no metrô e na CPTM consumiram quase o triplo dos recursos das obras viárias.
A reportagem ignorou os mais de R$ 9,5 bilhões que estão sendo investidos desde 2000 na ampliação, modernização e aquisição de novos trens da CPTM, sistema que transporta, todos os dias, mais de 2 milhões de pessoas. Nos últimos anos, foram 7 novas estações e 5 reconstruídas com qualidade de metrô. Mesmo os investimentos no próprio metrô não foram contabilizados de forma adequada.
Ficaram de fora as reformas de estações, a aquisição e reforma de 275 novos trens e todo o esforço de integração à rede de transporte da cidade, especialmente com a criação do Bilhete Único Integrado. Se contabilizados, a reportagem concluiria que foram gastos R$ 17,5 bilhões no metrô desde o ano 2000.
Valendo-se de critério duvidoso, a reportagem, ao separar algo que é indissociável -a expansão do metrô e a modernização e ampliação da CPTM-, confundiu o editorial de segunda-feira, que clamou pela necessidade de "aquilatar o investimento em trens" para "torná-lo proporcionalmente maior que os investimentos em novas avenidas".
Ora, é exatamente isso o que o governo de São Paulo vem realizando. Desde o ano 2000, foram investidos R$ 27 bilhões em trilhos e trens, ou R$ 15 bilhões a mais do que o apurado pela reportagem.
EDUARDO PUGNALI , coordenador de imprensa da Secretaria de Comunicação do governo do Estado (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA ALENCAR IZIDORO - A reportagem comparou estimativa de gastos de expansão do metrô (estações e linhas novas) com os das dez grandes obras viárias da década. Não foram incluídos outros tipos de transporte coletivo, assim como também não foram incluídos bilhões gastos em outras obras viárias voltadas ao transporte individual. Melhorar trens é diferente de expandir metrô.

 

Em relação à reportagem "Monotrilho desapropria e ameaça visual do Morumbi" (Cotidiano, 14/8), informo que a demanda estimada pelo Metrô para a linha 17 é de 260 mil passageiros/dia, servindo bairros como Campo Belo e Paraisópolis. É mais do que a metade do que transporta toda a rede de metrô de Washington DC e do Rio de Janeiro.
Em 21 de junho de 2010, a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis enviou carta aberta ao governador Alberto Goldman reivindicando a realização da linha 17 no prazo originalmente estipulado, independentemente da indicação de estádio do Morumbi para a Copa de 2014.
A cidade precisa de mais metrô, o que não se faz sem desapropriações ou sem mudar paisagens, seja nas mansões do Morumbi, seja como acontece e aconteceu em tantas outras casas de outros tantos bairros.
Os dados acima demonstram que a linha 17 do metrô trará para a população um legado importante, que vai além da ligação do aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi.
JOSÉ FRANCISCO C. MANSSUR , comitê Morumbi 2014 - São Paulo Futebol Clube (São Paulo, SP)

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