São Paulo, segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Toque de recolher
"É lamentável ver Dalmo Dallari, que me levou a ser defensora dos direitos humanos, retroceder ao código menorista em sua defesa do toque de recolher para crianças e adolescentes (Opinião, 19/9). Então vamos admitir que garantir a segurança para todos no espaço público é deixar de frequentá-lo? O que será de nossa sociedade quando estivermos todos trancados em casa, em nossos condomínios, nos encontrando apenas pela internet e vendo o mundo pela TV? Se o mesmo esforço que o poder público vai dedicar para verificar se os adolescentes estão nas ruas fora do horário permitido fosse destinado à fiscalização do cumprimento da lei que impede a venda de bebidas para menores de 18 anos, à abertura de mais escolas públicas em horário noturno, à melhoria das condições de convivência no espaço público (iluminação das vias públicas, conservação de praças, presença constante de polícia comunitária), avançaríamos na garantia da segurança e, ao mesmo tempo, no exercício da cidadania e da liberdade."
ESTER RIZZI , advogada (São Paulo, SP)

 

"O Brasil todo ano joga no lixo 3 milhões de anos de vida: 100 mil mortes violentas (trânsito e homicídios) multiplicadas por 30 anos, em média, que esses mortos teriam de vida produtiva. A maioria, jovens e pobres. A argumentação de Paula Miraglia contra o toque de recolher para jovens (19/9) insiste no surrado argumento de medidas sociais e políticas idealizadas, mas de eficácia duvidosa, deixando de reconhecer que precisamos de medidas práticas que possam amenizar esse vergonhoso banho de sangue que torna a juventude o principal grupo de risco da sociedade brasileira. A sóbria e sábia aula do professor Dalmo Dallari ilumina uma das saídas pragmáticas para esse problema."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO , ex-secretário Nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)

Gripe suína
"Não li na edição de ontem nenhum comentário sobre a manchete de 19/7 prevendo que, em dois meses, 67 milhões de brasileiros seriam atingidos pela gripe suína."
MARCOS KIRST (São Paulo, SP)

Bulas
"Ruy Castro (19/9) relata que em seu currículo falta-lhe ainda ser um redator de bula de remédio. Ele tem razão, essas bulas são uma lástima e mereceriam um profissional para serem mais bem redigidas. Ruy termina dizendo que talvez ele possa ter um bom futuro como redator de bulas. Não seria mais interessante se ele, com sua inteligência e conhecimento, em vez de bulas de remédio, criasse a "bula do político", para que todo político que se propusesse a um cargo eletivo viesse com uma bula registrando todos os dados que os eleitores deveriam saber para avaliar se ele poderia ser votado com toda a segurança de ser, como um remédio, um bem para o povo."
CARLOS EDUARDO POMPEU (Limeira, SP)

Bingos
"O Estado brasileiro é um Estado bancador de jogos: basta passar em uma casa lotérica e verificar. Sempre achei indecente o Estado fomentar tantos jogos no afã de arrecadar mais dinheiro para os cofres públicos, iludindo a população mais carente, que joga no sonho de ficar rica num piscar de olhos. Se o Congresso aprovar essa excrescência da legalização da jogatina, com que moral o governo poderá vetar o projeto? A vocação do Estado é prestar serviços públicos com eficiência e, para isso, precisa parar de ser um Estado bancador de jogos: um dos princípios basilares da administração pública não é a moralidade?"
WANDER CORTEZZI (São José do Rio Preto, SP)

Cultura
"Mais uma vez artistas como Antonio Fagundes e Lenine reclamam que conseguem fechar as suas contas sem dinheiro público (Ilustrada, 19/9). Em nome da pluralidade, sugiro ao jornal que ouça o lado dos artistas iniciantes que, mesmo sem poder contar com essa estrutura, já que ela é quase toda destinada às celebridades, ainda assim conseguem montar peças e fazer shows. Há algo errado nessa conta."
ALEX FABIANO NOGUEIRA (São Paulo, SP)

 

"Quero parabenizar a reportagem "Cultura refém" (19/9). Gostaria de colocar à disposição do jornal o borderô da peça que produzo no Rio, com direção de José Possi Neto, para tornar público que o borderô não fecha: ao contrário, dá enorme prejuízo ao produtor. A sorte é que tenho patrocinadores que estão segurando os três meses de ensaio mais quatro meses e meio de apresentações. Quero informar também que o custo de locação dos teatros, com raras exceções, é de 25%. É graças às leis de incentivo que o teatro ainda não parou. Atenção, políticos: como dizia Leonel Brizola, "a cultura não dá votos, mas tira"."
LULU LIBRANDI , produtora teatral (São Paulo, SP)

Internet
"Clóvis Rossi e Fernando Rodrigues abordam a questão da liberdade na web (Opinião, 19/9). A web é uma rede de comunicação, como correios, rádio, TV, imprensa e telefonia o são. Não vamos abrir correspondência e tampouco monitorar linhas telefônicas sem autorização judicial. Por isonomia a internet merece o mesmo tratamento. A web deve ser livre, porém o criminoso não. Se a calúnia praticada em outros meios de comunicação é crime, por que na web não o seria? Por que é mais difícil achar o criminoso? A alternativa de escolha entre liberdade ou impunidade na web é típica de país subdesenvolvido.
Bastaria aparelhar a polícia com profissionais de alto nível na área de informática e computação que muito mais crimes praticados na web e fora dela seriam resolvidos."
EDUARDO JOSÉ DAROS (São Paulo, SP)

Reciclagem
"O professor Paulo Roberto Moraes diz em Cotidiano (20/9) que "se você ligar para a prefeitura e pedir uma caçamba especial, eles enviam". Pois bem, sou acadêmico da Faculdade de Medicina da USP e moro na Casa do Estudante de Medicina, em Pinheiros. Solicitei no início do ano o envio da caçamba. Ao telefone me disseram que não havia caçambas disponíveis. Mandei e-mail para o portal da prefeitura, e eles me responderam a mesma coisa, afirmando que, quando houvesse caçamba, eles mandariam. Em julho insisti, mandando um e-mail para a empresa responsável pela coleta, mas esta não me respondeu. Até hoje aguardamos!"
JOHNNY GOMES (São Paulo, SP)

 

"No caderno Cotidiano de 20/9, o professor Paulo Roberto Moraes diz que a procura por caçambas da prefeitura é baixa. A informação está errada. Sou morador de um condomínio na Vila Mariana há um ano. Em casa temos a cultura da reciclagem e separamos nosso lixo habitualmente. Em 13/3, nosso condomínio solicitou à Eco Urbis uma caçamba para coleta de lixo reciclado. Fomos informados de que havia uma fila de espera e que ocupávamos a posição de número 76 dentre os condomínios solicitantes.
Recentemente nossa posição avançou e no momento há só 59 condomínios esperando antes de nós." FERNANDO GOMES (São Paulo, SP)

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