São Paulo, quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Droga, crime, nós
"Na página policial, traficantes abatem um helicóptero da polícia, morrem policiais. Vemos enterros, lágrimas...
No caderno cultural: Pega fogo parte do acervo de Hélio Oiticica, autor da obra "Seja marginal, seja herói".
Página policial: Bandido que comandou ataque tinha sido beneficiado pela lei. No caderno cultural, vemos que Hélio Oiticica, artista de renome internacional, tinha intimidade com drogas e é também autor de "Cosmococa".
Na página policial, diz-se que a operação dos traficantes foi comandada de dentro de presídios. No caderno cultural, lê-se que a obra "Cosmococa" vai ser entronizada em Inhotim, museu-jardim da arte contemporânea.
AFFONSO ROMANO DE SANT'ANA , autor de "Nós, os que Matamos Tim Lopes" (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Gostaria de parabenizar o fotógrafo Felipe Dana e os responsáveis pela seleção de imagens pela publicação da foto do policial em patrulha na favela do Jacarezinho (Primeira Página, ontem). Nenhum ensaio sobre a banalização da violência e sobre a militarização dos espaços públicos seria mais claro do que a imagem de pessoas tomando café ao lado de um militar armado, de vigília.
Os dizeres "volte sempre", estampados no muro, são a metáfora perfeita para a falta de solução desse conflito, cujo número de vítimas não para de crescer.
Sorte do Brasil que imagens como essa não foram incluídas no vídeo promocional que ajudou o Rio a conquistar a Olimpíada de 2016."
PEDRO VALADARES (Brasília, DF)

 

"Estudiosos e políticos afirmam que a questão da violência no Rio pode ser comparada a um problema de "oferta e demanda" de mercado, no qual os traficantes disputam seus clientes a qualquer custo. Se isso é real, pouco se falou dos anônimos consumidores, fundamentais no processo. Ora, há um universo imenso de cidadãos que não dispensam sua cheiradinha ou seu baseado em festinhas chiques, casas de família, reuniões de amigos.
Todos sabem que a droga é "legal" e socialmente aceita em determinadas rodas artísticas, intelectuais, moderninhas... Depois, são estes mesmos que reclamam, indignados, do terrível problema que assola a cidade. É muita hipocrisia."
FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)

Câmara
"Sobre o editorial "A política se renova" (Opinião, 19/10), a Câmara informa que a página da Presidência da Casa é um serviço de prestação de contas e de transparência que passou a ser oferecido em www.camara.gov.br, onde o internauta encontrará informações sobre pauta de votações em plenário, projetos em tramitação e respostas do presidente da Câmara a questionamentos de cidadãos.
A página da Presidência se limita a divulgar as atividades institucionais e parlamentares, sem focar compromissos partidários e políticos fora do Parlamento. Outras páginas também aumentam a transparência da produção legislativa. A principal delas é a transmissão ao vivo de todas as reuniões das 22 comissões permanentes da Casa."
FRANCISCO BRANDÃO , assessor de imprensa da Câmara dos Deputados (Brasília, DF)

Dilma x Lina
"É espantosa a desfaçatez da ministra Dilma diante das provas apresentadas por Lina Vieira. "Deu o caso por encerrado", simples assim. Imagine o que está para vir se é tão fácil para ela negar evidências gritantes."
SILVIA TAKESHITA DE TOLEDO (São Paulo, SP)

Renda mínima
"Estranho Fernando de Barros e Silva (Opinião, 19/10) considerar a renda mínima um brinquedo. Em 8/11/97, a Folha trouxe o editorial "Renda mínima", onde conclamava o Brasil a considerá-la seriamente.
O jornalista conhece a lei 10.835/ 2004, aprovada por todos os partidos no Congresso e sancionada pelo presidente Lula, que institui a Renda Básica de Cidadania para todos no Brasil. Diz a lei que a RBC será instituída por etapas, a critério do Poder Executivo, começando pelos mais necessitados, como faz o Bolsa Família.
Os laureados com o Nobel de Economia James Edward Meade, James Tobin, Robert Solow e Jan Tinbergen estão entre os que recomendam fortemente a todos os países que adotem uma RB Incondicional.
O professor Philippe Van Parijs, da Universidade de Harvard e da Universidade Católica de Louvain, considera que o maior avanço da humanidade no século 19 foi a abolição da escravatura, no século 20, o sufrágio universal e, no século 21, será a RBC.
Sabrina Sato classificou-me de Super-Homem por defender a RBC. Fiquei feliz, sorri, o que faz bem. Admito: não deveria ter vestido o calção sobre o terno. Pedi aos responsáveis pelo "Pânico" para que não transmitissem a cena. Com respeito, me atenderam."
EDUARDO MATARAZZO SUPLICY , senador PT-SP (Brasília, DF)

Banda larga
"O processo de elaboração do decreto que isentou do ICMS os serviços de banda larga popular, anunciado pelo governador José Serra, transcorreu dentro de parâmetros de total transparência, com participação efetiva de operadoras e do governo. Mas a reportagem "Serra anuncia banda larga para baixa renda" (Dinheiro, 16/10) leva o leitor a acreditar que não houve amplo debate e que apenas a Telefônica teve acesso às informações.
Desde abril de 2008, quando o projeto começou a ser elaborado, a Secretaria da Fazenda convidou Telefônica e Net, as únicas que ofereciam internet banda larga a pessoas físicas à época, para tratar do assunto. Num segundo momento (entre maio e junho de 2009), foram realizadas reuniões com todas as operadoras de celulares, incluindo a Acel, entidade que representa o setor. Elas também mantiveram encontros separadamente na Secretaria da Fazenda para definir os últimos detalhes do programa.
A menos de 90 dias da assinatura do decreto, já na fase de detalhamento do modelo, o secretário da Fazenda recebeu representantes da Telefônica (27 de julho) e da Net (3 de agosto). Da reunião da Net participaram quatro executivos, um deles o próprio vice-presidente, Eduardo Aspesi, que à Folha disse desconhecer o decreto. No dia 6 de agosto, o secretário voltou a receber o presidente da Acel e um representante de cada empresa de telefonia celular."
FÁBIO CUNHA , coordenador da assessoria de comunicação da Secretaria da Fazenda (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Elvira Lobato e Julio Wiziack - As informações foram fornecidas pelos presidentes das operadoras. Nas entrevistas, gravadas, os executivos confirmaram as conversas com o governo, mas disseram desconhecer o texto final do decreto. A Net chegou a enviar nota à Redação comunicando o fato.

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