São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Editorial de capa
"Fiel ao seu esquema "uma no cravo, outra na ferradura", afirma a Folha em seu editorial "Bom presidente, governo nem tanto" (Primeira Página, 19/12) que o governo FHC "deixou de realizar outras reformas importantes, a previdenciária, a fiscal e a política". A bem da verdade, a Folha deveria escrever que o governo FHC não conseguiu vencer a oposição petista e os interesses corporativos que uniam o partido e seus aliados políticos, nanicos de esquerda e centrais sindicais, que se opunham às reformas política e previdenciária. Essas reformas propiciariam a possibilidade de fazer um governo imbatível nas eleições. A estratégia do "quanto pior, melhor" do PT deu certo, e foi por aí que deu Lula lá. O PT nem tanto. Espero que a Folha cobre da junta civil petista as reformas que o PT inviabilizou. O povo brasileiro agradecerá. E será um bom caminho para a futura reeleição."
Alexandre de Macedo Marques (São Paulo, SP)

"Sou assinante da Folha há muitos anos e estranhei o editorial de capa de quinta-feira. FHC deveria ser considerado o pior brasileiro da década, pois fez o Brasil naufragar no mar da miséria. Sob a égide de inflação baixa, o Plano Real, com a sua desastrada e contínua política de juros altos, provocou a maior desigualdade social. Fome, miséria, corrupção, violência e o maior contingente de pessoas no mercado informal são algumas das heranças que FHC deixou ao nosso país. Qualquer leigo enxerga que o Brasil se encontra destroçado."
Jucemar Geraldo Jorge (Florianópolis, SC)

Educação
"Sinto-me feliz e representada com a nomeação de Cristovam Buarque para o ministério da Educação. O compromisso assumido por Lula foi o da implantação do programa Mova-Brasil, que já existe em muitas secretarias municipais e estaduais e conta com apoio das principais redes de alfabetização, como a Rede de Apoio à Ação Alfabetizadora do Brasil, o Movimento de Educação de Base e os Fóruns Estaduais de Educação de Jovens e Adultos. Sem essas forças organizadas da sociedade dificilmente o novo governo cumprirá a sua meta de "alfabetização dez, fome zero".
Maria Alice de Paula Santos, Instituto Paulo Freire, São Paulo (SP)

BC
"A coluna de Luís Nassif de 19/12 ("O grande vencedor", Dinheiro, pág. B3) traz revelações preocupantes a respeito do currículo de Henrique Meirelles, recém-indicado para a presidência do Banco Central. Pelo que se vê, trata-se de um executivo bancário vitorioso na área comercial do BankBoston, que era um pequeno banco nos Estados Unidos antes da fusão com o Fleet. O processo de fusão já previa a saída de Meirelles, mas, no Brasil, durante algum tempo, ele passou a imagem de presidente do FleetBoston. Ultimamente, vendeu a inacreditável história da aprovação do G-7 (grupo dos sete países mais ricos) à sua ascensão no banco. Vendeu também que teria estudado em Harvard, mas não mencionou o curto período do cursinho de dois meses. O perfil de Meirelles não parece adequado ao BC, já que ele não vai conseguir tomar sozinho a maior parte das decisões técnicas urgentes. De qualquer maneira, isso não parece ser problema para o governo do PT, uma vez que Lula também governará pelos assessores -e Palocci idem."
André Villas (São Paulo, SP)

Terra
"A crise fundiária gerada pela excessiva concentração de terra nos leva a um raciocínio simples sobre a necessidade e a realidade. A necessidade de uma reforma agrária inteligente e pacífica. A realidade de oferta excessiva de terras. É sabido que os latifúndios produtivos são geradores de empregos. Seus donos são ambiciosos e talentosos, o que reflete na criação de novos empregos. Quanto aos latifúndios improdutivos, cabem as negociações. Acho deveria existir uma doação de terras, que premiaria os realmente adaptados à vida rural e expulsaria os aventureiros e os meliantes. Os lavradores novos, depois de cinco anos de vida rural, ganhariam as terras -ou os antigos que tivessem mais de 20 anos. Posso recomendar o "que fazer". Mas o "como fazer" creio que haja gente mais qualificada para fazer as propostas."
Juarez Alvarenga (Coqueiral, MG)

Esmola depreciada
"Se o governo deseja um ensino de qualidade na rede estadual, que pague salários dignos e incentivadores aos seus professores. Com essa política salarial defasada, vergonhosa e humilhante, nenhum professor se sente motivado a bem desempenhar a sua função. Aliás, a categoria já está desestimulada e triste com o total descaso e desrespeito por parte do governo, que fala em "reformas de ensino", mas se esquece de que o professor é o mecanismo fundamental para que a educação no Estado seja de qualidade. Sem aumento há oito anos, o governo estadual teve a ousadia de nos dar esses ridículos 5% -como uma esmola depreciada."
Ana Maria Rodrigues dos Santos (Lorena, SP)

Planos de saúde
"Em relação à reportagem "Planos de saúde têm ranking de reclamações" (Dinheiro, pág. B15, 13/12), sobre reclamações apresentadas à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), informamos que a Blue Life-Assistência Médica São Paulo S.A. tem profundo respeito para com seus associados e cumpre rigorosamente tudo o que foi contratado, até como forma de retribuir a confiança depositada nesta assistência médica. Esse respeito já foi reafirmado em várias oportunidades, tendo sido até consubstanciado pela cobertura de doenças infecto-contagiosas antes mesmo de isso ser determinado por qualquer lei. Nossa empresa é pioneira na cobertura de Aids aos associados portadores do vírus HIV. Quanto às reclamações apresentadas à ANS -que mereceram destaque na imprensa-, do total de 8.994 denúncias, seis delas referem-se à nossa empresa. E todas elas já foram respondidas àquela agência. Existe ainda uma reclamação -apresentada após o fechamento das estatísticas- de um associado em razão de rescisão contratual por inadimplência. Como se vê, a Assistência Médica São Paulo S.A. teve sete reclamações, todas elas devidamente respondidas e justificadas perante a ANS."
Ayres da Cunha Marques, presidente da Blue Life -Assistência Médica São Paulo S/A (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Bremen (São Paulo, SP); Lew, Lara (São Paulo, SP); Vinicius Prianti e Dantes Hurtado Jr., Unilever Brasil Ltda. (São Paulo, SP); DI-CI Logística Armazenagem e Transporte Ltda. (Barueri, SP); Vanderlei Macris, deputado estadual -PSDB-SP (São Paulo, SP); Mauro Ribeiro Viegas Filho, diretor-presidente da Concremat Eng. e Tecnologia S.A. (Rio de Janeiro, RJ); Unisa -Universidade de Santo Amaro (São Paulo, SP); Derick Moyo, cônsul-geral do Consulado Geral da África do Sul (São Paulo, SP).


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