São Paulo, terça-feira, 21 de dezembro de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Aborto
"Mais uma vez, Silvia Pimentel e Flávia Piovesan manifestam-se de forma contundente, clara e lúcida ("Tendências/ Debates", 18/12). Os argumentos de várias ordens que elas colocam explicitam e enriquecem o debate que a sociedade vem travando nos últimos meses. Pesquisas de opinião, feitas até mesmo com pessoas religiosas, vêm mostrando a evolução do pensamento da sociedade brasileira em relação a questões que dizem respeito à realização da cidadania de brasileiras e brasileiros. Respeito aos direitos humanos das mulheres e condições dignas de vida são fundamentais para que a sociedade alcance o ideal de justiça e democracia que todos queremos ver realizados em nosso país."
Rosângela Aparecida Talib (São Bernardo do Campo, SP)

Verbas municipais
"Na edição do dia 17/12 (Cotidiano), a Folha publicou uma notícia que me deixou abismada. O vereador Carlos Apolinário (PDT) propôs uma emenda (que foi aceita!) que transfere R$ 4 milhões da limpeza pública para a Marcha para Jesus. Como contribuinte, deixo o meu protesto e peço que o jornal repita essa informação, crie polêmica e não permita que os cidadãos desta cidade sejam cada vez mais desrespeitados. A Marcha para Jesus, além de causar um transtorno absurdo aos moradores de Santana, deixa um rastro de lixo (mais um motivo para não retirar da verba de limpeza) e de destruição."
Eliza Russo (São Paulo, SP)

Estratégicos
"Em benefício dos leitores, gostaria de convidar o jornalista Vinicius Torres Freire a conhecer os trabalhos que o Núcleo de Assuntos Estratégicos já realizou e os projetos ora em andamento, uma vez que seu artigo de ontem ("Tradição, família e impropriedades", Opinião) evidenciou imprecisões e impropriedades facilmente superáveis."
Glauco Arbix, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -Ipea (Brasília, DF)

Prefeitura
"Em relação à reportagem "Funerária de SP faz prédio em área alugada" (Cotidiano, pág. C1, 20/12), o Serviço Funerário do Município de São Paulo tem as seguintes considerações a fazer: A autarquia passa por processo de modernização que prevê a centralização dos setores administrativos. Esse trabalho baseia-se em estudos realizados por vários órgãos técnicos, inclusive pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Um dos itens apontados pelo estudo prevê a descentralização operacional, com a criação de pólos que agilizem a operação funerária, onde ficarão urnas, veículos, flores e paramentos, além de uma agência de contratação de funerais. Não há fundamento para que essas atividades ocorram somente dentro de área cemiterial, como sugere a Folha; basta que ocorram em local de fácil acesso aos contratantes. O pólo de Itaquera localiza-se em área privilegiada, próximo aos hospitais da região. Além disso, a locação do imóvel e a reforma obedeceram a todos os aspectos legais. Além do mais, o serviço funerário tem honrado rigorosamente em dia seus compromissos, inclusive saldando precatórios de gestões anteriores. É importante ressaltar que bens sucateados foram retirados do ativo real através de leilões, o que reduziu o patrimônio líquido. Esses bens não possuíam valor real, apenas contábil."
Simão Zygband, assessor de imprensa do Serviço Funerário do Município de São Paulo (São Paulo, SP)

Robinho
"Venho manifestar minha estranheza pela série de incorreções contidas no texto "Empresário ajuda a pagar resgate de R$ 500 mil" (Esporte, 18/12), a respeito do seqüestro da senhora Marina de Souza, mãe do jogador Robinho, vinculado ao Santos. A Folha diz que apurou informações relacionadas a mim, mas nem sequer fui ouvido a respeito. É incorreta e totalmente improcedente a informação de que eu teria pago "parte" de resgate para a libertação da sra. Marina de Souza. Desconheço qualquer negociação a respeito de pagamento de resgate. Eu, Juan Figer, diferentemente do que escreve a Folha, sou, sim, procurador do jogador Robinho -ao lado de Wagner Ribeiro e de Marcel Figer. Peço, portanto, que a Folha proceda às correções acima relacionadas."
Juan Figer (São Paulo, SP)

Militar
"Excelente o artigo do ex-senador Jarbas Passarinho ("Apogeu e declínio do ciclo militar", "Tendências/Debates", pág. A3, 19/12). O artigo mostra o outro lado desse período da história recente do Brasil, cujo lado negativo a imprensa prefere enfatizar -por tendência ou conveniência de alguns jornalistas. Muito daquilo que o país possui hoje, principalmente em termos de infra-estrutura, se deve ao período em que os militares estiveram no poder. Erros e excessos cometidos não apagam o progresso e o impulso dado ao país."
Humberto Giovine (Santos, SP)

Fraque e bermuda
"Estou lendo, com muito interesse, o quarto volume da extraordinária série de livros de Elio Gaspari sobre a ditadura militar. É obra histórica, de gênio. Por isso mesmo, fiquei perplexo com uma nota trivial e boba publicada em sua coluna de 19/12 em que tenta ridicularizar-me pelo fato de eu ter usado fraque em meu casamento e bermuda na marcha pelo salário mínimo, que terminou no Palácio do Planalto, com audiência presidencial ("O sindicalista do fraque foi de bermuda", Brasil). Ora, usei fraque (alugado) no meu casamento, feito em Igreja Católica pelo cardeal dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, porque é essa a roupa com que as pessoas se casam. Usei bermuda e tênis, assim como o presidente da CUT, Luis Marinho, e todos os nossos companheiros da Força Sindical e da CUT, na caminhada, porque não seria apropriado caminhar centenas de quilômetros usando terno e gravata. Ou fraque. Entramos na audiência com o presidente Lula com a mesma roupa porque seria desnecessário interromper o ato que terminou na porta do palácio para ir a um hotel trocar de roupa. Não é a primeira vez que o senhor Elio Gaspari, um intelectual que admiro, decepciona-nos com essas tentativas toscas de fazer piada. O que queria ele? Que eu fosse de bermuda a meu casamento e de fraque à caminhada pelo salário mínimo? O senhor Elio Gaspari deveria poupar-nos do ridículo de suas ironias, que talvez tenham o único objetivo de tornar mais charmosa -sem conseguir isso- a sua boa coluna dominical. O senhor Elio Gaspari estaria mais à altura de seu talento e seria mais útil a seus leitores se usasse seu precioso tempo escrevendo livros, e não essas bobagens."
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de Ilka e Luiz Antonio Fleury, deputado federal pelo PTB-SP (Brasília, DF); Editora Nova Fronteira S.A. (Rio de Janeiro, RJ); Claudia Fialho, Copacabana Palace (Rio de Janeiro, RJ); Maysa Torres, Air Canada (São Paulo, SP); Associação dos Aposentados e Pensionistas de São José dos Campos (São José dos Campos, SP).


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