São Paulo, terça-feira, 21 de dezembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Governo Lula
O editorial da Folha de 19/12 na Primeira Página acertou com precisão os bons e os maus resultados do governo Lula; também excelente o caderno sobre "Os Anos Lula" ("Crescimento, avanço social e escândalos"), ambos de teor jornalístico de primeira ordem. Só não concordo com a pesquisa que dá 83% de ótimo/ bom aos oito anos lulistas.
Afinal, tantas restrições, de toda ordem (sociais, econômicas, éticas), jamais poderiam gerar um percentual tão elevado. Oxalá o governo entrante baixe o índice e melhore os resultados reais.
LUIZ ERNESTO KAWALL (São Paulo, SP)

 

O editorial da Folha do último domingo é a meu ver a comprovação da má vontade e do preconceito que os grupos de comunicação ainda mantêm com Lula. Nos últimos oito anos ele foi surrado pela imprensa, que, não mais podendo tergiversar sobre seus êxitos, tece agora elogios recheados de críticas baseadas em uma leitura inexata da história.
É o caso de Cuba, sempre levantado nessas circunstâncias.
Não é uma posição isolada deste governo, mas de nossa tradição diplomática de não se imiscuir na política interna de outros países.
Cabe considerar o exemplo dos EUA: em 1961, o presidente João Goulart foi "demitido" enquanto estava na China comunista porque os países ocidentais, por pressão americana, não se relacionavam com aquele país.
Onze anos depois, o presidente Richard Nixon foi a Pequim e reatou relações com um governo ditatorial e sanguinário, porque era do interesse estratégico americano. Fica a pergunta: por que o que os EUA fazem está sempre certo, e o que nós fazemos por nossos interesses está sempre errado?
GLADSTONE HONORIO DE ALMEIDA FILHO (Rolândia, PR)

Congresso
O aumento dos parlamentares é irreal para a nossa realidade, mas não são eles que ganham muito, e sim os outros que ganham pouco. Em uma grande empresa no Brasil a diferença entre o menor salário e o maior deve girar em torno de 30 vezes, enquanto na Europa ela não chega a sete vezes. A verdadeira desigualdade está aí, e não nos salários dos três Poderes.
GILBERTO ALVARES GIUSEPONE (São Paulo, SP)

OAB
O artigo do desembargador Xavier de Aquino sobre o exame da OAB (Folha, 20/12) só está certo quando aponta a necessidade de o MEC incrementar a fiscalização dos cursos de direito para garantir a qualidade do ensino jurídico. Isso, porém, não afasta a necessidade do exame da Ordem.
Este tem sua legitimação na aferição das condições para o exercício da advocacia. Não são coisas sinônimas. O sujeito pode ter cursado uma boa faculdade, mas pode não estar preparado para o início da profissão. Também é um equívoco afirmar-se que a habilitação do profissional deva se dar por etapas, reservando-se o acesso aos tribunais para os mais experientes. A verdade é que a sorte do cliente está selada na escolha da tese a ser defendida e na colheita da prova. Com o caminho errado na base e sem prova, nenhum advogado experiente salvará o cliente nos tribunais.
ALBERTO ZACHARIAS TORON , advogado, ex-diretor do Conselho Federal da OAB (São Paulo, SP)

TV a cabo
Discordo completamente de Gustavo Leme ("Uma surra no consumidor", Opinião, 19/12). O modelo pasteurizado de broadcasting internacional privilegia e gera empregos nos EUA, que ampliam sua dominação cultural mundo afora, inclusive aqui.
Defendo plenamente a lei, que obriga as grandes geradoras de conteúdo internacional a abrasileirar e gerar novas produções de conteúdo, a exemplo do que a HBO faz em produções especiais para a América Latina. Parabéns ao deputado Paulo Bornhausen.
RODNEY ALBUQUERQUE (São João de Meriti, RJ)

 

A análise parcial do sr. Gustavo Leme preocupa: a TV brasileira, aberta ou paga, tem se mostrado reticente em relação à programação independente. Se é certo que a ingerência do poder público é discutível, mais ainda o é a transferência dos ônus impostos pela lei ao consumidor.
O custo de assistir à programação televisiva já é altíssimo, no bolso e na formação cultural de nossa gente. Como consumidor, desligarei a TV a cabo e investirei os recursos na livraria. Espero fazer boa aplicação. E o mercado que se amolde ao desejo dos consumidores, jamais o contrário.
JOSÉ ANTONIO CORREA FRANCISCO (Manaus, AM)

Seguros
Em relação à carta do leitor Ivo Kuhn (16/12), a Seguradora Líder DPVAT esclarece que para o equilíbrio financeiro do Seguro DPVAT é necessário ter recursos arrecadados suficientes para pagar as indenizações já solicitadas e ainda fazer uma projeção para os pedidos de indenização de vítimas de trânsito que serão efetuados nos próximos três anos.
O valor do seguro é reajustado de acordo com esses critérios, não havendo interferência no teto das indenizações, que é fixado por lei. De 2008 a 2010 houve um aumento em 40% do valor total de pagamento de indenizações, sendo que os recursos do Seguro DPVAT, pagos pelos proprietários de veículo neste período, aumentaram apenas 24%, criando um deficit de 16%. Por isso o Conselho Nacional de Seguros Privados aprovou o reajuste.
AMANDA LOPEZ (Rio de Janeiro, RJ)

Ateísmo
Considero boa notícia a informação dada por Vera Guimarães Martins ("Ateu é a mãe", 19/12) de que a campanha contra a discriminação ao ateísmo foi cancelada. Ela me pareceu agressiva demais. Nós, ateus, devemos continuar na nossa, contribuindo para o progresso da humanidade sem necessidade de usar a mesma intolerância e ódio que os religiosos têm pelos que não creem na mesma coisa que eles.
E, quando algum religioso vier com cara feia para nós, mostremos a eles que, na religião deles, "Deus prega o amor" e, portanto, discriminar quem não tem fé é agir contra sua própria fé.
RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Adelmir Santana, senador (Brasília, DF); Mauro Bragato, deputado estadual (São Paulo, SP); Antônio Pita de Abreu, Luiz Otavio Henriques, Miguel Setas e Miguel Amaro -EDP (São Paulo, SP); e ANJ -Associação Nacional de Jornais (Brasília, DF).

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